quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

PARADA CAIXA D'ÁGUA - Ficava entre Triunfo e Leitão da Cunha.

Aqui era onde as Locomotivas da E.F. Barão de Araruama abasteciam suas caldeiras já sedentas desde a Estação de Triunfo ou Leitão da Cunha, dependendo da direção que viessem. Logo abaixo da Caixa d'água, o antigo leito ferroviário.

Abaixo, o primo Edvar que é morador de Leitão da Cunha-Trajano de Moraes-RJ que me levou até o local com sua moto.


A estrutura da Caixa d'água é toda revestida de cimento, não se sabe a data ao certo de sua construção.


Belíssimo corte aberto na rocha para passagem das composições. Uma verdadeira obra de arte da engenharia do início dos tempos da ferrovia no Brasil.



Acima e abaixo, uma árvore com raízes expostas cresceu no lugar, a natureza é realmente incrível.

A “viatura desbravadora” na entrada do majestoso corte ferroviário.


Aqui onde estou era o antigo leito ferroviário e o local exato onde as locomotivas paravam para abastecer.




leitao-da-cunha

 

Parada CAIXA D'ÁGUA-RJ


parada-carocango


    

Município: Santa Maria Madalena-RJ

Ramal Sta. Maria Madalena - Km 319,000 (1960)

Altitude:  ?

Estação inaugurada em:  ?

Estive no local em:  Ainda não visitei a Estação. Fotos do amigo Paulo Neiva Pinheiro.

Uso atual: Em ruínas.

Situação Atual – Ramal erradicado, sem trilhos. 

 

Cia E. F. Barão de Araruama (1888-1891)

E. F. Santa Maria Madalena (1891-1907)

E. F. Leopoldina (1907-1963)



HISTÓRICO DA LINHA: 

Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht...

“O Ramal que ligava Entroncamento (Conde de Araruama) a Ventania (Trajano de Morais) teve a linha entregue em 1878 até Conceição e no ano seguinte até Triunfo (Itapuá) e Ventania, pela E. F. Barão de Araruama. Somente em 1896, já com as linhas de posse da Leopoldina, foi entregue a continuação até Visconde do Imbé e em 1897 a Manoel de Morais. Antes disso, em 1891, o engenheiro Ambrosino Gomes Calaça havia aberto uma linha entre Ventania e Santa Maria Madalena, estabelecendo outro Ramal. Logo após a inauguração, a linha foi vendida À E. F. Santa Maria Madalena, e em 1907 à Leopoldina. Dependendo da época, a Linha Principal era Conde de Araruama-Madalena, ou Conde de Araruama-Manoel de Morais, com o outro trecho sendo o Ramal, ou seja, passando por baldeação ou espera em Trajano de Morais. Em 31/08/1965, o trecho a partir de Triunfo foi suprimido para trens de passageiros, ou seja, o entroncamento de Trajano de Morais já não era alcançado. Em 1966 ou 1967, o que restava do Ramal acabou de vez. Ficou, entretanto, o trecho entre Conde de Araruama e Conceição de Macabu ainda funcionando para a Usina Victor Sence, até o início dos anos 1990. Com a sua desativação, os trilhos foram arrancados.”

 

A ESTAÇÃO:

O amigo Paulo Neiva Pinheiro percorreu o Ramal de Santa Maria Madalena em viagem de pesquisas pelos caminhos da E. F. Leopoldina chegando ao local onde existiu a Parada Caixa d’água. Então, vamos ao relato de Paulo Neiva sobre mais uma descoberta... 

“No trecho entre a Estação de Triunfo, distrito de Santa Maria Madalena-RJ até a Estação de Leitão da Cunha, distrito de Trajano de Moraes-RJ existiam duas Paradas Ferroviárias que ainda hoje é possível encontrar suas ruínas no local: Parada Carocango e a Parada Caixa d’água (Quilômetro 51,3). Era nessa Caixa d’água que as Locomotivas da E.F. Barão de Araruama abasteciam suas caldeiras já sedentas desde a Estação de Triunfo ou Leitão da Cunha, dependendo da direção que viessem. Ainda é possível encontrar sua estrutura, que é toda revestida de cimento. Não se sabe a data ao certo de sua construção. Foi o primo Edvar, que é morador de Leitão da Cunha, que me levou até o local com sua moto.

Neste trecho existem ainda muitos e belos vestígios da passagem da ferrovia pelo local, vestígios esses que cada vez mais vão desaparecendo com o passar do tempo. Torna-se extremamente necessário o registro do que sobrou para se poder consultar posteriormente, pois a cada ano que se passa os remanescentes desta bela história vão sumindo gradativamente.

Entre os espetaculares vestígios dos tempos da ferrovia encontramos um belíssimo corte feito na Rocha para a passagem das composições que aqui trafegaram desde o final do século XIX até metade dos anos 60 do século XX. Pelo antigo leito ferroviário ainda existem outros belos cortes no trajeto. Este é apenas um deles! Muito verde num lindo visual em plena mata atlântica. Cenário simplesmente encantador!”


Na sequência abaixo, mais alguns registros do belíssimo corte aberto na rocha para passagem do Trem.





A Caixa d’água aparece listada no livro G1 - Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960. 



A estrutura da Caixa d'água é toda revestida de cimento. Não se sabe ao certo a data de sua construção.


O interior da Caixa d’água, hoje cheia de terra e vegetação dentro.


A tubulação de saída da Caixa d’água, provavelmente serrada aqui nesse ponto para venderem como sucata.


Aqui nesse suporte ficava a tubulação que levava água para as Locomotivas, os tubos de ferro... já levaram.



Acima e abaixo, o antigo leito ferroviário visto nos dois sentido do local da Caixa d'água.


O suporte da tubulação ainda está no lugar. Ao fundo podemos ver a Caixa d’água, de onde descia a água para a caldeira das Locomotivas.


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

PARADA CAROCANGO - Mais uma grande descoberta no Ramal de Sta. Maria Madalena.

A Parada Carocango: Paulo Neiva já havia passado 2 vezes por ela e não tinha percebido.

Plataforma feita com blocos de pedras com mais de 100 anos de existência facilmente.


Paulo Neiva ficou radiante ao encontrar esse verdadeiro tesouro que até aqui, não tinha nenhum registro na internet.



Nasceram árvores nas brechas entre um bloco de pedra e outro.


Enfim! Depois de várias tentativas, Paulo Neiva encontrou a Parada Carocango.




parada-caixa-dagua

 

Parada CAROCANGO-RJ

 Antiga BERNARDINO ALVES e FUMAÇA


triunfo

 

   

Município: Santa Maria Madalena-RJ

Ramal Sta. Maria Madalena - Km 312,591 (1960)

Altitude: 164 m

Estação inaugurada em:  ?

Estive no local em:  Ainda não visitei a Estação. Fotos do amigo Paulo Neiva Pinheiro.

Uso atual: Demolida.

Situação Atual – Ramal erradicado, sem trilhos. 

 

Cia E. F. Barão de Araruama (1888-1891)

E. F. Santa Maria Madalena (1891-1907)

E. F. Leopoldina (1907-1963)




HISTÓRICO DA LINHA: 

Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht...

“O Ramal que ligava Entroncamento (Conde de Araruama) a Ventania (Trajano de Morais) teve a linha entregue em 1878 até Conceição e no ano seguinte até Triunfo (Itapuá) e Ventania, pela E. F. Barão de Araruama. Somente em 1896, já com as linhas de posse da Leopoldina, foi entregue a continuação até Visconde do Imbé e em 1897 a Manoel de Morais. Antes disso, em 1891, o engenheiro Ambrosino Gomes Calaça havia aberto uma linha entre Ventania e Santa Maria Madalena, estabelecendo outro Ramal. Logo após a inauguração, a linha foi vendida À E. F. Santa Maria Madalena, e em 1907 à Leopoldina. Dependendo da época, a Linha Principal era Conde de Araruama-Madalena, ou Conde de Araruama-Manoel de Morais, com o outro trecho sendo o Ramal, ou seja, passando por baldeação ou espera em Trajano de Morais. Em 31/08/1965, o trecho a partir de Triunfo foi suprimido para trens de passageiros, ou seja, o entroncamento de Trajano de Morais já não era alcançado. Em 1966 ou 1967, o que restava do Ramal acabou de vez. Ficou, entretanto, o trecho entre Conde de Araruama e Conceição de Macabu ainda funcionando para a Usina Victor Sence, até o início dos anos 1990. Com a sua desativação, os trilhos foram arrancados.”

 

A ESTAÇÃO:

O amigo Paulo Neiva Pinheiro percorreu o Ramal de Santa Maria Madalena em viagem de pesquisas pelos caminhos da E. F. Leopoldina chegando ao local onde existiu a Parada CarocangoEntão, vamos ao relato de Paulo Neiva sobre mais uma visita... 

"A Parada Carocango era uma parada ferroviária simples, praticamente no meio do nada. Era uma plataforma feita de blocos de pedras e provavelmente com uma cobertura nos padrões das pequenas paradas.

Não se tem a data de abertura da Parada. O que eu suponho é que era para atender uma fazenda que havia um pouco mais abaixo de onde passava a linha, que até hoje existe uma porteira e algumas construções lá embaixo, embora mais modernas.

Teria pertencido ela ao proprietário Bernardino Alves, que chegou dar nome a Parada segundo um mapa do estado do Rio de 1922?

Na verdade, a falta de literatura sobre o tema nos leva a fazer certas suposições. O certo é que a Parada teve três nomes diferentes:

'Bernardino Alves', que creio ter sido o proprietário da fazenda que existia próximo a ela e que a aproveitava para escoar seu café ali produzido. 

'Parada Fumaça', que é o nome hoje da trilha existente no local. O nome Fumaça, creio que se deu pela proximidade da Parada com a Cachoeira da Fumaça que está logo abaixo, no Rio Macabu.  

- E, por último, 'Parada Carocango', por ela estar bem próxima da pedra do Carocango, local onde se suspeita ter sido o 2º maior Quilombo do Brasil, só perdendo para o Quilombo dos Palmares, em Alagoas. Em alguns pontos do local pode se avistar essa pedra.

Cheguei a esta localização me baseando na quilometragem existente no livro G1 - Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960, onde a parada aparece listada. No livro diz que a Parada está há 6 km da Estação de Triunfo - Santa Maria Madalena-RJ. Em minha primeira tentativa não consegui achar o local exato, o que só ocorreu mesmo na segunda tentativa.

O nome da Parada Carocango homenageia um escravo rebelde de Macaé que fugiu do seu proprietário e fundou um quilombo (o 2º maior quilombo do Brasil) nas montanhas aqui dessa região.

O local exato desse quilombo ainda é um mistério para os pesquisadores do assunto, mas estudos indicam que não devia ser muito distante do local da Parada que, por isso, recebeu este nome. E o nome do antigo escravo também foi dado a um Rio; a uma Montanha e a uma Fazenda nas proximidades.

Em 1907 a Ferrovia foi encampada pela Estrada de Ferro Leopoldina Railway.

Dá para se chegar até a Parada Carocango de carro, de preferência um 4x4, muito embora não precisei acionar em momento algum a tração.

Trata-se de um verdadeiro “ACHADO”, pois não existem registros dela disponível na internet e poucas pessoas sabem da sua existência." 











A Parada aparece listada no livro G1 - Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960. 


A porteira que desce para a propriedade que fica mais abaixo e que no passado Paulo Neiva suspeita ter pertencido ao Sr. Bernardino Alves. Essa grande pedra no meio é a pedra do Carocango situada em Conceição de Macabú-RJ, local onde suspeitam ter sido o Quilombo do escravo foragido Carocango, que dá nome à Parada.


Na sequência abaixo, belíssimo cenário pelo antigo leito ferroviário.



Na sequência abaixo, o antigo leito ferroviário da também antiga E.F. Barão de Araruama.






Antigo bueiro de água proveniente de nascente próxima da Parada Carocango.



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

ESTAÇÃO TRIUNFO - Prédio hoje transformado em Pousada/Restaurante.

 Acima, foto de Paulo Neiva Pinheiro onde vemos o prédio da antiga Estação de Triunfo com segundo pavimento, funcionando como Pousada/Restaurante nos dias atuais.

Abaixo, belo registro de Luiz Antônio Mathias Netto, onde vemos a Estação de Triunfo em sua configuração original.



Na sequência abaixo, a antiga Estação em belos registros de Paulo Neiva Pinheiro feitos em 2022. 








parada-carocango

 

TRIUNFO-RJ

 Antiga ITAPUÁ


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Município: Santa Maria Madalena-RJ

Ramal Sta. Maria Madalena - Km 306,661 (1960)

Altitude: 44 m

Estação inaugurada em:  23 de março de 1879.

Estive no local em:  Ainda não visitei a Estação. Fotos dos amigos da página Paulo Neiva Pinheiro e Marco Antônio Francisco.

Uso atual: Pousada e Restaurante.

Situação Atual – Ramal erradicado, sem trilhos. 

 

Cia E. F. Barão de Araruama (1879-1891)

E. F. Santa Maria Madalena (1891-1907)

E. F. Leopoldina (1907-1966/7)





HISTÓRICO DA LINHA: 

Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht...

“O Ramal que ligava Entroncamento (Conde de Araruama) a Ventania (Trajano de Morais) teve a linha entregue em 1878 até Conceição e no ano seguinte até Triunfo (Itapuá) e Ventania, pela E. F. Barão de Araruama. Somente em 1896, já com as linhas de posse da Leopoldina, foi entregue a continuação até Visconde do Imbé e em 1897 a Manoel de Morais. Antes disso, em 1891, o engenheiro Ambrosino Gomes Calaça havia aberto uma linha entre Ventania e Santa Maria Madalena, estabelecendo outro Ramal. Logo após a inauguração, a linha foi vendida À E. F. Santa Maria Madalena, e em 1907 à Leopoldina. Dependendo da época, a Linha Principal era Conde de Araruama-Madalena, ou Conde de Araruama-Manoel de Morais, com o outro trecho sendo o Ramal, ou seja, passando por baldeação ou espera em Trajano de Morais. Em 31/08/1965, o trecho a partir de Triunfo foi suprimido para trens de passageiros, ou seja, o entroncamento de Trajano de Morais já não era alcançado. Em 1966 ou 1967, o que restava do Ramal acabou de vez. Ficou, entretanto, o trecho entre Conde de Araruama e Conceição de Macabu ainda funcionando para a Usina Victor Sence, até o início dos anos 1990. Com a sua desativação, os trilhos foram arrancados.”

 

A ESTAÇÃO:

Com importantes contribuições de Paulo Neiva Pinheiro e Marco Antônio Francisco chegamos à Estação de Triunfo. 

A Estação já foi chamada "ITAPUÁ" por um tempo, como também chegou a ter seu nome escrito "TRIUNPHO". 

A Estação de Triunfo chegou a ser - mesmo que por curto período - o ponto final do Ramal Ferroviário, que foi estendido em seguida até o entroncamento de Trajano de Morais. Os Trens passaram pela Estação de 1879 até 1965, ano em que voltou a ser ponto final, já que em 31 de agosto de 1965, o trecho a partir de Triunfo foi suprimido para trens de passageiros até o entroncamento de Trajano de Morais; Santa Maria Madalena e Manoel de Morais. Em 1966 ou 1967, o que restava do Ramal acabou de vez.

Nos dia de hoje, a antiga Estação passou por reformas e adaptações ficando descaracterizada, mas ainda é possível identificar a antiga plataforma de embarque/desembarque. Foi construído um segundo pavimento e transformada em Pousada/Restaurante. 


Nos quatro registros abaixo de Marco Antônio Francisco feitos em 2021, a antiga Estação  passava por reformas e já estava com segundo pavimento e já funcionava como Pousada/Restaurante. 





Na sequência abaixo, a antiga Estação em detalhes - registros de Paulo Neiva Pinheiro feitos em 2022. Neles, é possível identificar a antiga plataforma de embarque/desembarque. 







A caixa d’água, próxima à antiga Estação. Difícil afirmar que seja dos tempos da ferrovia, mas parece estar no mesmo local em que existiu a caixa d'água original de ferro.