sexta-feira, 17 de junho de 2016

ESTAÇÃO GUIA DE PACOBAÍBA - O Porto da Estrela, no "fundo" da Baía de Guanabara.

Matéria atualizada em 12 de maio de 2020.

Na belíssima tela de Daniel Aiello, a Locomotiva 51 estacionada em Guia de Pacobaíba. Abaixo, a foto que inspirou o artista.



Foto de Migdon Alexandre - a Locomotiva 51 estacionada em Guia de Pacobaíba.
Hoje a 51 se encontra totalmente restaurada num belíssimo trabalho realizado pela equipe da ABPF-PN - "Movimento Além nos Trilhos", de Porto Novo-MG. 




Na foto do acervo de Alfredo R. Rodrigues, uma composição estacionada  em Guia de Pacobaíba. 



Belíssimo registro fotográfico da integração barca-trem.


No belíssimo, mas triste e valioso registro fotográfico de Oto Luiz Vieira, o antigo píer/plataforma da Estação de Guia de Pacobaíba nos dias atuais. E a história vai se perdendo...


Na foto vemos o novo píer de aço e o desembarque de passageiros do trem.


Trilhos em direção ao mar, vendo-se ao fundo o que sobrou do píer/plataforma, em um dos mais recentes registros fotográficos, por Oto Luiz Vieira.


Registro fotográfico do Lançamento da Pedra Fundamental.


A Estação de Guia de Pacobaíba retratada na bela arte de Wilson PS.






Estação GUIA DE PACOBAÍBA
Antiga Mauá


Município: Magé - RJ
Ramal de Guia de Pacobaíba: Km 56,811 (1960).
Altitude: 02m.
Estação inaugurada em: 30 de abril de 1854.
Data da construção do prédio atual: 1896.
Estive no local em: Ainda não visitei a estação.
Uso atual: Apenas como ponto turístico popular, mas sem o cuidado que este Patrimônio Histórico merece.
Situação Atual – Tráfego suprimido em meados da década de 60. Com trilhos, mas abandonada.

E. F. Mauá (1854-1888)
E. F. Príncipe do Grão Pará (1888-1890)
E. F. Leopoldina (1890-1962)





A Estação de Guia de Pacobaíba retratada em mais uma bela arte de Wilson PS.




Em evento comemorativo realizado em 30 de abril de 1954, os 100 anos da Estação de Guia de Pacobaíba registrada em placa afixada na estação.




O principal objetivo desta página era resgatar e preservar uma das mais importantes passagens da história da zona da mata mineira – a história da Estrada de Ferro Leopoldina. 
Mas como falar de um dos primeiros ramais ferroviários do Brasil sem falar de uma das mais belas serras brasileiras – a Serra de Petrópolis – de como os trens da Leopoldina subiram por ela? Como falar da história da ferrovia e não falar da primeira Estação Ferroviária do Brasil?
Então aproveito este novo momento da página “otremexpresso” para trazer aos amigos leitores mais uma bela parte da história da nossa ferrovia. 
Na verdade, a origem de tudo! 
A primeira estação ferroviária do Brasil, o Porto de Mauá ou Porto da Estrela, no “fundo” da baía de Guanabara, hoje denominada Guia de Pacobaíba.





Na foto vemos o píer atual da estação de Guia de Pacobaíba nas finalizações de sua construção, ou passando por reformas. 



Outro registro fotográfico da Estação, do acervo de Moisés Rodrigues Mano.

A Estação em recente registro de Oto Luiz Vieira.

A Locomotiva Baroneza, vinda de Machester, Inglaterra, para inaugurar a estrada de Ferro Mauá, em 1854.

Na foto de Luiz Eduardo - ano de 2014 - uma réplica da Locomotiva Baroneza estacionada ao lado da Estação.

Nesta foto o píer de madeira da primitiva Estação de Porto de Mauá - Porto da Estrela.

Guia de Pacobaíba, por Ricardo Quinteiros.


A Estrada de Ferro Mauá foi a primeira ferrovia construída no Brasil por iniciativa de Irineu Evangelista de Souza - o Barão e Visconde de Mauá - que em 1852 obteve o privilégio para a navegação a vapor entre a Corte e um píer no ponto da praia no Município de Estrella – hoje Magé. 
Ali começaria a construção da Estrada de Ferro que iria construir até a Raiz da Serra de Petrópolis sob o nome Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro Petrópolis.
A viagem do Rio de janeiro até a Raiz da Serra de Petrópolis começava com o trajeto marítimo entre a Prainha (atual Praça Mauá) e o Porto de Mauá, onde acontecia a conexão com o trem. Ao chegar, as barcas atracavam-se ao píer - inicialmente em estrutura de madeira, depois em estrutura metálica - onde se encontrava a Estação inicial, de onde os passageiros e as cargas passavam diretamente das barcas para os trens e vice-versa.

A inauguração do primeiro trecho, de 14,5 km, do Porto de Mauá - atual localidade de Guia de Pacobaíba - à Estação Fragoso aconteceu em 30 de abril de 1854.
“O trem inaugural, com o carro imperial e mais quatro carros, atingiu a velocidade jamais vista de 46 km/h, com grande admiração de toda a comitiva. A viagem durou 20 minutos e os imperadores, ministros, técnicos e convidados viram maravilhados a paisagem desfilar celeremente pelas janelinhas envidraçadas dos carros. O Jornal do Commercio noticiava no dia seguinte que a máquina devorava o espaço através dos campos e entre os animais espantados.”  
Livro História da Engenharia Ferroviária no Brasil, de Pedro Carlos da Silva Telles.

Em 1879 teve início às obras de prolongamento da ferrovia até Petrópolis, de onde ela se prolongaria até chegar à Zona da Mata mineira.

Outro belo registro da Estação, ainda com a Locomotiva 51 estacionada. Autor desconhecido.

A primitiva Estação - Fonte: Os meios de transporte no Brasil antigo - Charles Dunlop.

Trilhos em direção a Raiz da Serra. por Oto Luiz Veira.


Recorte de jornal conta a história do telegrafista Walter Ferreira da Silva, que trabalhou na Estação de Guia de Pacobaíba - Grupo Trilhos do Rio.


Em 02 de novembro 1926, após a inauguração da Estação Terminal de Barão de Mauá , a Leopoldina desativa a integração barco-trem em Guia de Pacobaíba para a ligação do Rio de Janeiro a Petrópolis. 

A E. F. Mauá foi incorporada a E. F. Leopoldina e em 19 de dezembro de 1962 o serviço de transporte de passageiros em Guia de Pacobaíba foi extinto.
Tendo sido a primeira ferrovia do Brasil, sendo um grande marco na história de nosso desenvolvimento, seria realmente interessante se conseguissem reativá-la a título de preservação da história, além do que, seria sem dúvida uma das mais belas viagens em trens turísticos culturais de nosso País.



Na sequência acima, registros da réplica da Baroneza em estado de abandono - Fotos de Décio Júnior, de fevereiro de 2016. 





Abaixo, novos registros da réplica da Baroneza, por Oto Luiz Vieira.





Outro registro fotográfico da Estação - Foto: Dado.

O que sobrou de uma chave de desvio, por Oto Luiz Vieira.

Sede dos antigos escritórios da "The Leopoldina Railway em 1912, no Bairro da Glória, Rio de Janeiro - Aquarela in "The Beautiful Rio de Janeiro".