Belo registro de José Roberto Vieira em 1989, ele mesmo a Bordo do
Trem Cachoeiro x Vitoria passando pela Estação na época da RFFSA.
Abaixo, o que sobrou da Estação, triste retrato do completo abandono. Foto de Raí Buzatto Vago.
Abaixo, o que sobrou da Estação, por Adriano Pires.
Abaixo, o que sobrou da Estação, por Da Silva Junior.
Abaixo, o que sobrou da Estação, por Paulo Neiva Pinheiro.
Abaixo, belo registro de José Sergio Xavier de 1983, durante o Trem de Cachoeiro x Vitoria na época da RFFSA.
Acima e abaixo, mais dois registros da Estação, de Raí Buzatto Vago.
Da Silva Junior no que sobrou da Estação de Ipê-Açú.
Estação IPÊ-AÇÚ-ES
guiomar
Município: Alfredo Chaves-ES
Linha Do Litoral - Km 535,626 (1960)
Altitude: 783 m
Estação inaugurada em: 1910.
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos dos amigos Paulo Neiva Pinheiro e Da Silva Junior.
Uso atual: Abandonada, em ruína.
Situação Atual – Tráfego suspenso. Com trilhos.
E. F. Leopoldina (1910-1975)
RFFSA (1975-1996)
FCA (1996 - ...)
HISTÓRICO DA LINHA:
Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht... “O que mais tarde foi chamada "Linha do Litoral" foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia construído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim, foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. No início dos anos 80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória. A partir de 1996 a linha funcionou para cargueiros por mais alguns anos sendo operada pela FCA. ”
A ESTAÇÃO:
“Fiz meus registros em 05 de maio de 2018 durante um Ferrotrekking meu na FCA - Linha Ativa, sem tráfego e abandonada pela Concessionária atual.
Fundada em 1910, segundo consta seu nome foi devido ao entorno da Estação ser cheio de Ipês. É o ponto mais alto da ferrovia, com 783 metros de altura em relação ao nível do mar. Segundo um morador das imediações da Estação, existia uma “Pêra” Ferroviária sentido a Guiomar. Hoje essa Estação se encontra totalmente abandonada. O transporte de passageiros na Linha do Litoral teve fim em 1983. Em 1996 a ferrovia foi concessionada pela FCA - Ferrovia Centro Atlântica e depois de 2011, em outra concessão, veio a VLI que abandonou de vez a ferrovia.”
“Em minha
visita em 2022 a Estação de Ipê-Açú ainda
estava lá, abandonada no meio do mato. Foi preciso pedir permissão aos
moradores de uma casa na beira da estrada para adentrar na propriedade e
acessar as ruínas da Estação para fotografar e filmar. O mato infelizmente está
tomando conta de tudo e o prédio histórico está bem deteriorado se perdendo
assim como a Estação de Cobiça da Leopoldina, em Cachoeiro de Itapemirim-ES, bem
parecida com essa por sinal.”
“A Estação
- Posto Telegráfico, na verdade - de Ipê-Açu deve ter sido construída na década
de 1940, pois ela realmente não aparece no Guia Levi de 1935. Chamou-se
inicialmente Quilômetro 536. É o
ponto mais alto de toda a Linha do Litoral com 783 metros de altura. No auge de
seu funcionamento, passavam diariamente pela Estação cerca de 4 Trens - dois
com destino a Niterói-RJ e dois com destino a Vitória-ES - transportando
passageiros e cargas.” (GIESBRETCH, 2013)
“Existem
algumas caminhadas que acontecem nos trilhos de Trem, muitas vezes, saindo de
Matilde até Vargem Alta. É nessas caminhadas que as pessoas acabam conhecendo a
Estação Ipê-Açú se deparando com o estado avançado de degradação que ela se
encontra, pois passam nos trilhos bem em frente à Estação. A Estação era de
pequeno porte - ou de 3ª classe tipo 1 - por estar localizada em uma pequena
cidade do interior, próximo à aglomeração urbana e com plataforma. Apresentava
dependências para os responsáveis (quartos, cozinha e banheiro), bilheteria e
armazém para as mercadorias.“ (LIMA e SILVEIRA, 2004).
Também, de acordo com Perdonnet
(1856 – APUD MOREIRA 2007)... “era uma Estação
de entroncamento de passagem, onde os Trens pararam para embarque e desembarque
de passageiros ou mercadorias, não partindo Trens exclusivos dessa Estação. Ainda
estava de pé em 2011, abandonada, pequenino prédio à beira da linha.”
Acima e abaixo, o que sobrou da Estação em mais dois registros de Da Silva Junior.
Na sequência abaixo, tristes retratos do completo abandono da antiga Estação de Ipê-Açú que comprovam a irresponsabilidade de empresas que deveriam zelar pelo Patrimônio Público e seguem impunes. Uma Linha que ainda consta como "Ativa" nos mapas ferroviários, completamente abandonada em toda a sua extensão.