segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

LEOPOLDINA RAILWAY - Belas fotos relembram momentos históricos da ferrovia em Bicas.

 Na foto acima vemos Jair Baptista Vieira - avô de Marco Aurélio, o terceiro da esquerda para a direita - em pé com a charmosa bengala de época ao lado da imponente Locomotiva 316.




 Sensacional registro fotográfico apresenta a movimentada Rua dos Operários, em frente ao portão das Oficinas da Leopoldina Railway.




 Na foto acima, um dos mais tradicionais registros fotográficos da ferrovia em Bicas datado de 29 de julho de 1930, onde vemos Posidônio - bisavô de Marco Aurélio - em pé no lado direito da foto, bem próximo do limpa-trilhos da Locomotiva 317.



Marco Aurélio fez questão de destacar a foto acima, um dos mais belos registros da cidade num ângulo inédito. 
Registra um evento esportivo no campo de esportes do Liceu Operário (escola para filhos de ferroviários). 
Nela podemos ver o centro antigo de Bicas, destacando a área das oficinas; o belo e imponente prédio da então Câmara Municipal que assim funcionou até sua emancipação, quando o mesmo prédio se tornou sede da Prefeitura de Bicas e o também belo e imponente prédio do Grupo Escolar, vendo-se ao fundo a Igreja Matriz ainda sem sua torre, erguida em 1932.



Quando imaginava que já havia visto todas as fotos possíveis da história da ferrovia em Bicas, eis que nos últimos dias tive a grata surpresa de receber do grande amigo Marco Aurélio Baptista da Silva Matos novas e inéditas fotos que reforçam a tese da fundamental importância da ferrovia para a existência de nossa cidade, bem como alimentam nossos sonhos de reviver um passado de glórias e riquezas.
Trago então aos amigos leitores, belíssimos registros fotográficos de gerações da família de Marco Aurélio, família que traz a ferrovia nas veias, começando por seu bisavô Posidônio, maquinista ferroviário destacado num dos mais belos registros fotográficos da ferrovia em Bicas.
Posidônio, pai de Jair Baptista Vieira e Nilson Baptista Vieira, também ferroviários que fizeram parte da construção desta bela história.
Junto com a primeira foto citada acima vieram outras também belíssimas, onde aparece em destaque o avô de Marco Aurélio, Sr. Jair Baptista Vieira ao lado da imponente Locomotiva 316 e na varanda de um vagão de passageiros acompanhado de amigos.
Tem também fotos do movimentadíssimo portão das oficinas de Bicas; do belíssimo largo em frente à Estação de Bicas, hoje Rua Dr. Vicente Bianco; importantes registros de um acidente ferroviário em São Geraldo-MG e uma foto onde aparece uma Locomotiva toda ornamentada - provavelmente preparada para participar de uma viagem festiva.

Importante registrar a valiosa contribuição dos amigos Douglas e Adelson - “Foto Adelson”, que realizaram o trabalho de reprodução em scanner de alta resolução, permitindo que eu também pudesse realizar um apurado trabalho de restauração fotográfica. O resultado pode ser visto nesta matéria. 

Espero que gostem!

 Mais uma bela foto da imponente Locomotiva 316, com Jair Baptista Vieira - avô de Marco Aurélio - em pé, de colete e calça escura à esquerda na foto. 






 Em outro belo registro fotográfico, na varanda de um vagão da Leopoldina Railway vemos Jair Baptista Vieira - avô de Marco Aurélio - em pé no centro da foto posicionado sobre o engate. 




Junto às fotos veio outro interessante registro de uma Locomotiva ornamentada com bandeiras - foi possível identificar o número 36 escrito no farol - provavelmente preparada para transportar alguma importante comitiva pelos caminhos da Leopoldina Railway.




Um dos mais belos registros fotográficos de Bicas, onde vemos o largo em frente à Estação de Bicas, hoje Rua Dr. Vicente Bianco.



Marco Aurélio também permitiu a reprodução da “Caderneta de Nomeação” de seu avô Jair Baptista Vieira na então “Leopoldina Railway Company” datada de nove de setembro de 1935.
Jair Baptista Vieira nasceu em 30 de junho de 1910, sendo admitido pela Leopoldina Railway em 04 de janeiro de 1923, aos 13 anos incompletos como aprendiz torneiro. 












Junto à caderneta veio também o “Certificado de Inscrição na Caixa de Aposentadorias e Pensões para Empregados da Leopoldina Railway”, onde consta o nome da esposa de Jair, Iara e de sua filha Hely Baptista de Matos – mãe de Marco Aurélio.






Por fim, dois importantes registros de um desastre ferroviário ocorrido em 26 de outubro de 1932, onde uma enchente derrubou a ponte localizada no quilômetro 329, em São Geraldo-MG.





terça-feira, 7 de janeiro de 2020

ESTAÇÃO SÃO PEDRO DOS FERROS - Município entre Rio Casca e Raul Soares.


Acima e abaixo, a Estação de São Pedro dos Ferros sob o olhar de Cláudio Paulon de Carvalho, em abril de 2017.


A antiga e histórica Igreja do Sagrado Coração de Jesus, construída no Século XIX conserva as suas características originais. 




Acima, foto extraída do site da Prefeitura de São Pedro dos Ferros.







Estação SÃO PEDRO DOS FERROS
 oculo-pequeno



Linha de Caratinga: Km 517,343 (1960).
Altitude: 364m.
Estação inaugurada em: 31 de agosto de 1914.
Estive no local em: Ainda não visitei a estação. Registros fotográficos realizados por Cláudio Paulon de Carvalho em 22 de abril de 2017.
Uso atual: Conselho Tutelar e Cooperativa de Produtores de Leite.
Situação Atual – Ramal declarado erradicado, sem trilhos.

E. F. Leopoldina (1914-1975)
RFFSA (1975-1994)





Abrindo as postagens no ano de 2020, trazemos a Estação de São Pedro dos Ferros.


HISTÓRICO:

Recebi do leitor e amigo Cláudio Paulon de Carvalho registros fotográficos da Estação de São Pedro dos Ferros realizados por ele em 22 de abril de 2017 numa viagem nostálgica por várias cidades acompanhado de seu Pai João de Carvalho Neto visitando antigas estações ferroviárias.

No caso de São Pedro dos Ferros, foi uma visita realmente especial, já que a história de sua família teve início lá, onde viveram seus bisavós italianos; onde nasceu sua avó materna, Maria Bratiliere Dias casando-se com seu avô José Geraldo Paulon. Sua mãe Maria das Graças Paulon também nasceu em São Pedro, onde conheceu e se casou com seu pai João de Carvalho. Lá ainda vivem alguns parentes da família Bratiliere e Paulon, bem como parentes de seu pai. Ou seja, uma longa história, recheada de muitas lembranças... Belas lembranças...

Segundo Cláudio, seu pai começou a trabalhar na E. F. Leopoldina em Rio Casca antes de casar com sua mãe. Cláudio conta também que seu pai trabalhou na Rede Ferroviária até se aposentar, já em Viçosa.



A ESTAÇÃO:

A estação de São Pedro dos Ferros fica localizada ao lado da Praça Prefeito Armando Rios, no centro da cidade e foi inaugurada em 31 de agosto de 1914.
Quando da construção da Linha de Caratinga, São Pedro dos Ferros foi ponta desta linha por um ano e meio, até a inauguração do trecho que seguia para Raul Soares, que na época se chamava Matipoó.
Pelo menos até 1980 ainda trafegavam por ali trens mistos, trazendo passageiros para a estação. 
A estação encontra-se em bom estado e nela funciona o Conselho Tutelar da comunidade. Em 2013 servia também como cooperativa de beneficiamento de leite.




 Claudio Paulon acompanhado de seu pai João de Carvalho visitando a cidade e relembrando belas histórias.




 Em 1965 houve uma mudança de percurso na Linha de Caratinga. Inicialmente os trens vinham do Rio de Janeiro passando por Petrópolis e Areal até chegar a Três Rios. 
Posteriormente passaram a utilizar a Linha Auxiliar por Governador Portela e Miguel Pereira para também chegar a Três Rios. Acreditamos que tal fato tenha gerado divergências nas informações de distância das estações encontradas nas placas das mesmas e em manuais técnicos ferroviários.




Acima e abaixo, a velha e histórica igreja onde o Sr. João de Carvalho fez questão de tirar uma foto para recordação.


Belo casario remonta aos tempos da chegada da ferrovia em São Pedro dos Ferros.