terça-feira, 26 de maio de 2020

ESTAÇÃO CORNÉLIO ALVES - A 3ª parada na zona rural de Raul Soares.


Matéria atualizada em 31 de dezembro de 2021.

Acima e abaixo, a bela Estação de Cornélio Alves renascendo com a participação ativa da comunidade.



Dos tempos da ferrovia... passageiros aguardam pelo trem na então movimentada Estação de Cornélio Alves. Foto do acervo de João Carlos da Silva.



Abaixo, o belíssimo trabalho do SENAR em parceria com a Associação Comunitária de Cornélio Alves. Registros que nos motivam a acreditar em coisas realmente boas.





Nas quatro fotos abaixo, belos registros de Cristina Martins, que desenvolve o trabalho com plantio de mudas frutíferas e de flores.






Nas fotos abaixo, registros das reuniões da Associação Comunitária na antiga estação antes das reformas, mostrando que uma comunidade unida é capaz de realizar grandes transformações. 





Com o auxílio do Google Maps, a localização exata da antiga Estação de Cornélio Alves e da comunidade rural bem próxima a ela.



Acima, a estação de Cornélio Alves antes das reformas, por Israel Zinho.









Estação CORNÉLIO ALVES
monsenhor-horta



Município: Raul Soares
Linha de Caratinga: Km 545,007 (1960).
Altitude: 295m.
Estação inaugurada em: 14 de dezembro de 1930.
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação.
Uso atual: Sede da Associação Comunitária de Cornélio Alves. 
Situação Atual – Trecho declarado erradicado, sem trilhos.

E. F. Leopoldina (1930-1975)
RFFSA (1975-1994)








HISTÓRICO:  

 

Por ainda não ter acontecido a oportunidade de viagens de pesquisa pela região de Raul Soares, inicialmente contei com a especial contribuição dos amigos da página “Raul Soares – Sua Historia em Fotos” e com Israel Zinho - mais um amigo da página .

Mas grandes e belas notícias sobre a Estação Cornélio Alves motivaram a atualização desta matéria, graças aos novos amigos da página do facebook “Cornélio Alves (ACCA)”.

 


 Abaixo, novos registros do belíssimo trabalho do SENAR em parceria com a Associação Comunitária de Cornélio Alves. 

 

A ESTAÇÃO:

 

Localizada bem próxima à comunidade de mesmo nome, também situada na área rural de Raul Soares, a Estação Cornélio Alves era a terceira parada dentro da área do município, onde grande parte do antigo leito ferroviário foi transformado em estrada rural, fato muito comum na região e por toda a antiga linha da E. F. Leopoldina na zona da mata mineira.

Diferente das estações de Capitão Martins e Vermelho Velho, a antiga estação de Cornélio Alves tem apenas um prédio compondo o pequeno complexo ferroviário. Quando fizemos a primeira publicação sobre a antiga estação em maio de 2020, fotos e informações davam conta de um prédio fechado e com sinais de abandono. Foi então que conheci os mais novos amigos do grupo “Cornélio Alves (ACCA)” trazendo belas e motivadoras notícias:

O prédio resistiu bravamente ao tempo e hoje foi transformado em sede da ACCA – Associação Comunitária de Cornélio Alves. Graças à força e à união da comunidade a antiga estação passou por grandes reformas, se encontra belíssima e renovada; transformada em ponto de encontro social comunitário onde são ministrados cursos pelo SENAR, ensino e promoção do plantio de mudas frutíferas, floriculturas e artesanato, além de uma grande área de lazer com campo de futebol e espaço para realização das festas da comunidade.

Confesso que foi realmente gratificante conhecer este trabalho e principalmente ver a antiga estação bela e útil novamente.

Que sirva de exemplo para tantas outras comunidades que têm antigas estações ferroviárias totalmente abandonadas; valiosos “patrimônios históricos” que poderiam estar sendo muito bem aproveitados.





Nas cinco fotos abaixo, a antiga estação antes das reformas e na última foto, o visual encantador da localidade vendo-se a Estação "novinha em folha"em destaque.








Acima e abaixo, mais dois belos registros da estação de Cornélio Alves antes das reformas, por Israel Zinho.



A estação de Cornélio Alves em mais uma valiosa contribuição da página do facebook “Raul Soares – Sua História em Fotos”. 



Na foto acima, também extraída do Google Maps, vemos a antiga Estação Cornélio Alves em destaque.


Acima e abaixo, próxima à estação, um pequeno pontilhão ferroviário.




sábado, 16 de maio de 2020

ESTAÇÃO CHOPOTÓ - A segunda parada do Ramal de Dom Silvério, na zona rural de Ponte Nova.










Estação CHOPOTÓ



Município: Ponte Nova 
Ramal de Dom Silvério: Km 461,863 (1960).
Altitude: 356m.
Estação inaugurada em: 06 de dezembro de 1886.
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação.
Uso atual: Segundo informações, moradia. 
Situação Atual – Trecho declarado erradicado, sem trilhos.

E. F. Leopoldina (1886-1973)








HISTÓRICO:

Conforme sita Ralph Mennucci Giesbrecht no site Estações Ferroviárias, o Ramal de Saúde - depois Ramal de Dom Silvério – do qual a estação de Chopotó fazia parte, foi entregue ao tráfego nos anos de 1886 e 1887, com ponto terminal em Saúde (Dom Silvério). Era a continuação da linha que vinha de Ubá e Ponte Nova, mas com a entrega, em 1916, da linha Ponte Nova-Matipoó (Raul Soares), o trecho Ponte Nova-Saúde passou a ser considerado um ramal. Ele foi suprimido em 30 de junho de 1973.


A ESTAÇÃO:

A Estação de Chopotó era a segunda parada de quem ia de Ponte Nova para Dom Silvério, tendo sido inaugurada em 1886 pela E. F. Leopoldina e fica localizada ainda na área rural de Ponte Nova. Com o encerramento do ramal em 30 de junho de 1973, a estação foi fechada.
A página Estações Ferroviárias traz uma interessante história sobre a passagem do Imperador Dom Pedro II acompanhado da Imperatriz Tereza Cristina por Chopotó.
A antiga estação foi transformada em moradia familiar e se encontra em estado precário, tendo próxima a ela uma pequena igreja e outra casa antiga.


Destaco mais uma vez o trabalho de preservação histórica realizado pelo “Jornal Cidade de Dom Silvério” com o filme “O Último Trem para Dom Silvério” postado no you tube, através do qual podemos manter viva a história da ferrovia em Minas Gerais.






quinta-feira, 14 de maio de 2020

ESTAÇÃO PONTAL - Na saída de Ponte Nova com destino a Rio Doce e Dom Silvério.


Acima, passageiros aguardam o trem na pequena estação de Pontal.


Nas fotos abaixo - extraídas do Google Maps - hoje a antiga estação é moradia familiar.










Estação PONTAL


Município: Ponte Nova
Ramal de Dom Silvério: Km 452,054 (1960).
Altitude: 373m.
Estação inaugurada em: 06 de dezembro de 1886.
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação.
Uso atual: Moradia familiar. 
Situação Atual – Trecho declarado erradicado, sem trilhos.

E. F. Leopoldina (1886-1973)






HISTÓRICO:

Conforme sita Ralph Mennucci Giesbrecht no site Estações Ferroviárias, o Ramal de Saúde - depois Ramal de Dom Silvério – do qual a estação de Pontal fazia parte, foi entregue ao tráfego nos anos de 1886 e 1887, com ponto terminal em Saúde (Dom Silvério). Era a continuação da linha que vinha de Ubá e Ponte Nova, mas com a entrega, em 1916, da linha Ponte Nova-Matipoó (Raul Soares), o trecho Ponte Nova-Saúde passou a ser considerado um ramal. Ele foi suprimido em 30 de junho de 1973.


 A ESTAÇÃO:

A Estação de Pontal está localizada ainda na área urbana de Ponte Nova e pertencia ao ramal de Saúde - depois Ramal de Dom Silvério. Foi inaugurada em 1886 pela E. F. Leopoldina e fechada com o ramal, em 30 de junho de 1973.
A estação ficava ao lado de uma já desativada usina de açúcar.
Hoje a antiga estação é utilizada como moradia familiar. Apesar de já ter sofrido várias modificações, ainda conserva algumas de suas características originais, como pode ser observado nas fotos atuais extraídas do Google Maps que muito acrescentou a esta matéria.


Destaco o trabalho de preservação histórica realizado pelo “Jornal Cidade de Dom Silvério” com o filme “O Último Trem para Dom Silvério” postado no you tube, através do qual podemos manter viva a história da ferrovia em Minas Gerais.



 Acima e abaixo, hoje a antiga estação serve de moradia familiar - fotos extraídas do Google Maps. 



quarta-feira, 13 de maio de 2020

ESTAÇÃO ENGENHO - Próxima ao ponto de formação do Rio Doce.


Na bela foto acima, de Marco Antônio Francisco, as ruínas da antiga Estação Engenho.












Estação ENGENHO



Município: Rio Doce
Ramal de Dom Silvério: Km 469,393 (1960).
Altitude: não informado.
Estação inaugurada em: 06 de dezembro de 1886.
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação.
Uso atual: Em ruínas. 
Situação Atual – Trecho declarado erradicado, sem trilhos.

E. F. Leopoldina (1886-1973)






HISTÓRICO:

Ramal de Saúde - depois Ramal Dom Silvério - inicialmente era uma continuação da linha que chegava a Ponte Nova. Com a abertura do trecho de Ponte Nova a Matipoó (Raul Soares), passou então a ser considerado um ramal.
A Estação Engenho era a terceira parada, localizada na zona Rural de Rio Doce.


A ESTAÇÃO:

A Estação de Engenho ficava localizada às margens do Rio Doce, na zona rural do Município que adotou o nome do rio e foi inaugurada em 1886 pela E. F. Leopoldina, sendo fechada com o ramal em 30 de junho de 1973.
Como ainda não tive a oportunidade de visitá-la, tenho poucas informações a respeito dela. Sei apenas que hoje a antiga estação se encontra em ruínas e que havia a possibilidade dela desaparecer submersa pela represa "Candonga 2". 
Também segundo informações, como a inundação foi suspensa existe inclusive a possibilidade de sua restauração pela prefeitura de Rio Doce.

Penso que, estando a mesma localizada entre a sede do Município de Rio Doce e a antiga ponte ferroviária sobre a união do Rio do Carmo com o Rio Piranga que formam o Rio Doce, seria bastante interessante estudarem a possibilidade de uso para fins turísticos, sendo a união dos rios que formam o Rio Doce e a história da ferrovia dois belos temas a serem trabalhados.



Na foto acima, extraída do google maps, a localização da antiga estação Engenho. 







sábado, 9 de maio de 2020

ESTAÇÃO RIO DOCE - Hoje um belíssimo Centro Cultural da cidade.


 Uma das mais belas obras já vista em uma antiga Estação Ferroviária da Leopoldina, transformando-a num belíssimo Centro Cultural, realizando também um espetáculo de obra urbanística em todo o seu entorno, cartão postal de Rio Doce.



 Acima, belíssima panorâmica de Rio Doce datada de 1927.
Graças a trabalhos de preservação histórica como o realizado pelo “Jornal Cidade de Dom Silvério”, podemos manter viva a história da ferrovia em Minas Gerais.



 Isso é o que podemos chamar de uma bela obra.



Acima e abaixo,  a estação “ontem & hoje”.



Ainda mais bonita à noite!



Relembrando os velhos tempos...



Pelos trilhos do Ramal de Saúde passava-se por esta bela ponte, situada sobre o encontro do Rio Piranga com o Rio do Carmo, bem na formação do Rio Doce. 










Estação RIO DOCE 




Ramal de Dom Silvério: Km 475,365 (1960).
Altitude: 376m.
Estação inaugurada em: 06 de dezembro de 1886.
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação.
Uso atual: Centro Cultural Municipal. 
Situação Atual – Trecho declarado erradicado, sem trilhos.

E. F. Leopoldina (1887-1973)









HISTÓRIAS:

A página otremexpresso tem me reservado grandes surpresas, não sendo raro o recebimento de mensagens e e-mail’s de leitores trazendo novidades, fotos, dicas de antigas edificações ferroviárias escondidas em áreas rurais e também cobranças positivas da publicação de ramais e estações que não estavam contempladas na página, como foi o caso da Estação de Rio Doce e do Ramal de Dom Silvério.
Quando recebi uma destas mensagens, a mesma veio acompanhada de belíssimas fotos destacando a espetacular reforma na antiga estação de Rio Doce e o pedido que fizesse uma publicação especial sobre ela e o Ramal de Dom Silvério. Nela destaco:

“Amarildo, boa noite!
Sugiro estender sua viagem de Ponte Nova até Rio Doce, que já contempla sua Estação Ferroviária Restaurada, funcionando como centro cultural e teatro, com sala de projeção e aulas de música.
Em Rio Doce também estamos na torcida para que o ramal ferroviário volte a operar.
O município de Rio Doce está ranqueado em 6° lugar no indicador “Qualidade de Vida” dentre os 853 municípios mineiros.”

Confesso que devido a minha alegria e empolgação com o recebimento da mensagem, especialmente com a beleza das fotos, acabei salvando tudo me esquecendo do mais importante: o nome do mensageiro!

Aproveito então a oportunidade para solicitar ao mesmo que, caso leia esta matéria, entre novamente em contato comigo para que possa mencioná-lo aqui. Suas fotos estão aí, sob a marca “Amigos otremexpresso”.


A ESTAÇÃO:

A Estação de Rio Doce foi inaugurada em 1886 pela E. F. Leopoldina. Viveu períodos de grande movimento ferroviário, de extrema importância para o Ramal de Dom Silvério e para a E. F. Leopoldina.
Mas... como aconteceu com a ferrovia por todo o País, um dia o trem parou. O ramal foi extinto, os trilhos arrancados e a estação abandonada.
Uma história triste como a de muitas estações pela zona da mata mineira. Passado algum tempo, transformou-se em moradia, o que de certa forma a salvou do total abandono, da ruína e da conseqüente demolição.
Mas quis o destino que a história da Estação de Rio Doce fosse diferente!
A prefeitura da cidade retomou a posse do antigo prédio ferroviário e realizou uma das mais belas obras já vista, transformando-a num belíssimo Centro Cultural, não se contentando em apenas reformar o prédio, como realizando também um espetáculo de obra urbanística em todo o seu entorno, transformando a Estação de Rio Doce num dos mais belos espaços urbano e cultural da cidade.


HISTÓRICO:

A seguir, parte do belíssimo histórico sobre Rio Doce apresentado por Luiz Augusto de Freitas Santos, que pode ser lido na íntegra na página Estações Ferroviárias, de Ralph Mennucci Giesbrecht :

"Em 1861 o Sr. Antônio da Conceição Saraiva foi contratado pela empreiteira responsável pela construção da estrada de ferro em Minas Gerais, vindo se estabelecer na atual região do município de Rio Doce, próximo à ponte do Soberbo. Nesta região já havia uma pequena ocupação, formada pela capela e algumas residências, em sua maioria pertencente à família Torres. Antônio Saraiva, acompanhado dos engenheiros responsáveis pela estrada de ferro, elaborou uma planta para o povoado.
Traçaram um extenso adro para a capela, uma série de nove lotes de mesmo tamanho, à margem direita do Córrego das Lages; determinaram a localização da futura estação ferroviária e a posição para implantação dos trilhos da estrada de ferro. No núcleo urbano, foi construída a capela de Santo Antônio do Rio Doce, com escritura assinada por Antônio da Conceição Saraiva, em 20 de abril de 1885. Em 21 de dezembro de 1885 é concluída a construção da estação ferroviária de Rio Doce. Em 25 de junho de 1885 foi inaugurada a Estação da Estrada de Ferro Leopoldina em Ponte Nova e no dia 30 do mesmo mês o trecho da estrada Ponte Nova – Chopotó.
Em 20 de setembro de 1886 foi inaugurada a estação de Rio Doce - nome depois dado ao município - e em 6 de dezembro deste mesmo ano foi inaugurado o trecho da ferrovia entre Chopotó e Rio Doce, pertencente ao Ramal de Saúde. Em 30 de junho de 1886 foi inaugurado o trecho da estrada de ferro entre Ponte Nova e Chopotó. Em 06 de dezembro de 1886 iniciou-se o funcionamento do trecho que liga Chopotó a Rio Doce. A abertura da estrada de ferro incentivou e intensificou a ocupação e o desenvolvimento do centro urbano de Rio Doce.

No início de 1887, mais precisamente no dia 20 de fevereiro, passou a funcionar o trecho da estrada de Rio Doce a Saúde, atual Dom Silvério, com cerca de 27 quilômetros de extensão.” ...

Veja o histórico completo no link abaixo:

Agradeço aos amigos da página do facebook Rio Doce-MG pelas belas fotos e destaco também o trabalho de preservação histórica realizado pelo “Jornal Cidade de Dom Silvério” com o filme “O Último Trem para Dom Silvério” postado no you tube, através do qual podemos manter viva a história da ferrovia em Minas Gerais.







Na seqüência abaixo, a grande transformação na antiga estação - hoje um belíssimo Centro Cultural da cidade - e em todo o seu entorno. 










Na seqüência abaixo, alguns registros antes da grande transformação.