sexta-feira, 8 de maio de 2020

ESTAÇÃO DOM SILVÉRIO - Estação terminal do primitivo Ramal de Saúde.


 Acima, belíssimo registro da primeira estação de Dom Silvério, ainda com o nome "Saúde" no dístico. 
Graças a trabalhos de preservação histórica como o realizado pelo “Jornal Cidade de Dom Silvério”, podemos manter viva a história da ferrovia em Minas Gerais.



Acima, o segundo prédio da Estação de Dom Silvério.
Fonte: página Estações Ferroviárias – foto de Júlio Alves.



 Acima, belíssimo registro do Trem sobre a Ponte localizada na entrada da cidade. Hoje - abaixo - a ponte construída pela Leopoldina em 1887 é cartão postal e "Patrimônio Histórico e Cultural" de Dom Silvério. 





Belíssima panorâmica da cidade de Dom Silvério, ainda sob o nome “Saúde”.








Estação DOM SILVÉRIO
Antiga SAÚDE 



Ramal de Dom Silvério: Km 502,350 (1960).
Altitude: 492m.
Estação inaugurada em: 20 de fevereiro de 1887.
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação.
Uso atual: Abandonada. 
Situação Atual – Trecho declarado erradicado, sem trilhos.

E. F. Leopoldina (1887-1973)







HISTÓRICO:

Conforme sita Ralph Mennucci Giesbrecht no site Estações Ferroviárias, o Ramal de Saúde - depois Ramal de Dom Silvério foi entregue ao tráfego nos anos de 1886 e 1887, com ponto terminal em Saúde (Dom Silvério). Era a continuação da linha que vinha de Ubá e Ponte Nova, mas com a entrega, em 1916, da linha Ponte Nova-Matipoó (Raul Soares), o trecho Ponte Nova-Saúde passou a ser considerado um ramal. Ele foi suprimido em 30 de junho de 1973.


A ESTAÇÃO:

A estação de Dom Silvério teria sido inaugurada em 1886 pela E. F. Leopoldina, com o nome de Saúde, de acordo com alguns registros. Entretanto, historiadores da cidade dão a inauguração da estação e a chegada do primeiro trem como tendo sido em 20 de fevereiro de 1887.
As mercadorias que eram levadas por tropeiros em lombo de burro levando no máximo dois sacos de 60 quilos, percorrendo poucos quilômetros por dia, passaram a atingir o Rio de Janeiro em 24 horas, a 500 km de distância.
O nome da estação e da cidade foi alterado em 12 de dezembro de 1938 para o atual, que homenageia Dom Silvério Gomes Pimenta, primeiro arcebispo de Mariana e do Brasil, nascido em Congonhas do Campo, MG.

Segundo Pedro Paulo Resende, “a estação primitiva da Leopoldina foi demolida, no inicio da dieselização. A então RFFSA construiu um novo pátio e uma nova estação, com estilo arquitetônico da época (inicio dos anos 1960) em outro local, afastado do centro da cidade. Hoje tudo está abandonado e sem trilhos.”

A estação e o ramal foram fechados "em caráter provisório" em 08 de setembro de 1971, de acordo com o relatório da Leopoldina desse ano. Teriam ela e o ramal sido reabertos?
De qualquer forma, o ramal fechou definitivamente em 30 de junho de 1973.

Saiba mais sobre a estação e sobre o Ramal de Dom Silvério na página Estações ferroviárias no link abaixo: http://www.estacoesferroviarias.com.br/efl_ramais_1/domsilverio.htm

Destaco também o trabalho de preservação histórica realizado pelo “Jornal Cidade de Dom Silvério” com o filme “O Último Trem para Dom Silvério” postado no you tube, através do qual podemos manter viva a história da ferrovia em Minas Gerais.



A espetacular estrutura da ponte em alvenaria e grandes pedras.



Na seqüência abaixo, registros dos bons e românticos tempos dos trens da Leopoldina no Ramal de Dom Silvério.







Acima, outro belo registro da Ponte localizada na entrada da cidade, por Jair Barreiros.



Acima, uma singela contribuição de Teresinha Santos, registro da chegada festiva de uma viagem familiar a Dom Silvério.  








Um comentário:

Anônimo disse...

Belíssima pesquisa e publicação.
Penso que se nosso país preservasse a malha ferroviária que já tivemos, seríamos bem mais fortes economicamente e socialmente.