terça-feira, 18 de maio de 2021

ESTAÇÃO PARAOQUENA - Antiga estação da Barra, atendia à Linha de Campos a Miracema e ao pequeno Ramal de Paraoquena.


Matéria atualizada em 28 de dezembro de 2022.


Dois belos registros de Laura Mansur feitos em sua visita em 2018. Acima, a Estação de Paraoquena em destaque.

Abaixo, a Estação vista em sentido contrário, destacando a Caixa d'água que abastecia as Locomotivas.



Acima e abaixo, mais dois belos registros de Laura Mansur, vendo-se a Estação e a Praça Central de Paraoquena em 2018.



A Estação de Paraoquena, do acervo de Manoel Monachesi.


Acima, a Estação de Paraoquena em 1982, do acervo de Hugo Caramuru.








Estação PARAOQUENA

Antiga Barra

santo-antonio-de-padua


baltazar


 

 

Município: Santo Antônio de Pádua-RJ

Linha de Campos a Miracema: Km 447,414 (1960).

Altitude:  ?

 Estação inaugurada em: 1883.

Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos dos amigos Manoel Monachesi, Fabrício e Laura Mansur, Hugo Caramuru e Rodolfo.

Uso atual: Moradia. 

Situação Atual – Com trilhos. Tráfego de trens suspenso.

 

E. F. Santo Antônio de Pádua (1883-1884)

E. F. Macaé a Campos (1884-1887)

E. F. Leopoldina (1887-1975)

RFFSA (1975-1996)



De Paraoquena para Cisneiros, no pequeno RAMAL DE PARAOQUENA.


celidonio

tapirussu










HISTÓRICO:

Ainda não visitei a Estação de Paraoquena, localizada bem próxima à divisa dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. 

Para apresentar esta matéria contei mais uma vez com a valiosa contribuição dos amigos da página Manoel Monachesi, Fabrício e Laura Mansur, Hugo Caramuru e Rodolfo, de Sto. Antônio de Pádua, que cederam as belíssimas fotos aqui apresentadas.

 

Belo registro de Fabrício Mansur feito em 2013.


A ESTAÇÃO:

A Estação foi inaugurada em 1883 com o nome de Barra. Inicialmente construída em madeira de lei, a Estação de Paraoquena posteriormente foi reconstruída em alvenaria e fica em distrito de mesmo nome, no Município de Santo Antônio de Pádua-RJ.

A sua localização é muito próxima à fronteira com o Estado de Minas Gerais, para onde se dirige o Ramal de Paraoquena, curto trecho de linha que une a Linha Campos-Miracema à estação de Cisneiros, esta já em Minas, na Linha do Manhuaçu, da Leopoldina. Com a extinção do trecho Paraoquena-Miracema, no início dos anos 1970, a ferrovia passou a ser contínua entre Recreio (esta na antiga Linha do Centro da Leopoldina), Cisneiros e Campos, e passou a ser chamada de Campos-Recreio.  

O logotipo da EFL ainda pode ser visto abaixo do nome no dístico. 

Após a suspensão do tráfego de trens, ficou fechada por um tempo e hoje é utilizada como moradia familiar.  



Nas três fotos abaixo, a Estação de Paraoquena em imagens do Google Maps.




Abaixo, dois registros da Estação de Paraoquena feitos por Rodolfo, de Pádua-RJ, sem data informada.



A Estação de Paraoquena, do acervo de Manoel Monachesi.


quinta-feira, 6 de maio de 2021

Uma Viagem de TRÊS RIOS a CATAGUASES, com Claudio Gil Rocha nos tempos da FCA.


Belíssimo visual do amanhecer passando pela ponte de Aracaty.


Conduzindo a composição passando por Sapucaia.


Na seqüência acima, belíssimos visuais pelos caminhos da ferrovia. Vale lembrar que tudo isso poderá ser visto no tão aguardado Trem Rio-Minas, da ONG Amigos do Trem.



Acima, o percurso percorrido por Claudio Gil.



Há algum tempo atrás, época dos Trens de Bauxita que partiam de Barão de Camargos rumo a Três Rios, recebi do amigo Claudio Gil Rocha, então maquinista da FCA, belíssimos registros feitos por ele em algumas das muitas viagens que realizou.

Esta semana decidi que tinha que encontrar aquelas fotos em meus arquivos. Aí foi aquele trabalhão!

Mas valeu a procura! Sabia que eram belas fotos, mas confesso que me empolguei quando abri a pasta e me deparei com aqueles belíssimos registros pelos caminhos do antigo “Trem da Bauxita”, da FCA, uma pequena amostra do que nos espera no Trem Rio-Minas, da ONG Amigos do Trem, que aguarda a tanto tempo pela liberação para o início de seu funcionamento.


De Pai para Filho - a ferrovia no sangue:

Abaixo, à esquerda, o maquinista José Vieira da Rocha, pai de Claudio Gil, em 1986. À direita, o maquinista Claudio Gil embarcando em Casimiro de Abreu-RJ por volta de 1998/99.

Nas históricas e simbólicas fotos acima vemos o Sr. José Vieira da Rocha, Pai de Claudio Gil em 1986 na inauguração do Trem Turístico da RFFSA que fazia o percurso Conrado/Miguel Pereira, depois transformado no Turístico Trem Azul, que em suas últimas viagens foi tracionado por Locomotivas Diesel. José Vieira da Rocha entrou na Leopoldina em 1951, saindo em 1987 após 36 anos e 9 meses de trabalho. Começou em Porto Novo; foi transferido para o Ramal de Pirapetinga; retornou para Porto Novo e encerrou sua carreira em Três Rios.


Na foto ao lado, Claudio Gil em Casimiro de Abreu-RJ por volta de 1998/1999, assumindo o comando da composição que vinha carregada de Campos. A troca de maquinistas acontecia em Casimiro de Abreu.


Na seqüência abaixo, convido a todos para viajar conosco nos belíssimos registros de Claudio Gil no comando do antigo Trem da Bauxita, da FCA.










Abaixo, os trilhos rumo ao infinito...



domingo, 2 de maio de 2021

ESTAÇÃO MANHUAÇU - Ponto final da Linha de Manhuaçu.

 

Acima e abaixo, românticas fotos da Estação de Manhuaçu, registros do triste momento da retirada dos trilhos, extraídas da página do facebook “Manhuaçu em arquivos de fotos e vídeos”.




Acima, a movimentada e festiva Estação de Manhuaçu, publicada por Neilor Paixão na página do facebook “Manhuaçu em arquivos de fotos e vídeos”.

Abaixo, no mesmo local da antiga Estação hoje funciona a rodoviária municipal. 











Estação MANHUAÇU

 

reducto


manhumirim


 

 

Linha de Manhuaçu: Km 574,142 (1960).

Altitude: 612m.

Estação inaugurada em: 11 de dezembro de 1912.

Estive no local em: Ainda não visitei a Estação.

Uso atual: Demolida. No mesmo local foi construída a rodoviária municipal. 

Situação Atual – Trecho declarado erradicado, sem trilhos.

 

E. F. Leopoldina (1915-1975)










HISTÓRICO:

Conforme cita Ralph Mennucci Giesbrecht no site Estações Ferroviárias, ..."a linha que ligava a Estação de Recreio a Santa Luzia (Carangola) teve a sua concessão e construção a cargo da Companhia Alto Muriaé, estabelecida em 1880. Em 02/05/1883, a empresa foi incorporada pela E. F. Leopoldina. Uma alteração de traçado da linha original para Muriaé levou a Leopoldina a passar por uma pequena extensão dentro de território fluminense, onde estava Santo Antonio (Porciúncula), retornando para Minas, seguindo para Carangola, onde chegou em 1887. De 1911 a 1915, a Leopoldina prosseguiu a linha até Manhuaçu, seu ponto final. O trecho Manhuaçu-Carangola foi fechado em 23/07/1975 e o trecho Porciúncula-Carangola foi fechado em 1977. Em 1979, fechou-se a linha entre Cisneiros e Porciúncula. O pequeno trecho Recreio-Cisneiros nunca foi oficialmente suprimido." 

 

A ESTAÇÃO:

A Linha de Manhuaçu da E. F. Leopoldina tinha como ponto terminal a Estação de Manhuaçu, inaugurada em 1915.

Nos anos 1920 a ferrovia no Brasil vivia seu auge e havia um projeto para se ligar a Linha de Manhuaçu à Linha de Caratinga pela Estação de Matipoó (Raul Soares), situada não muito longe a oeste, projeto este que nunca saiu do papel.

No ano de 1970 ainda havia trens de passageiros fazendo as linhas entre o Rio de Janeiro e Recreio passando por Três Rios. De Recreio partia o trem da Linha de Manhuaçu. Nesta época, o trem de passageiros partia da Estação de Recreio todos os dias às 6 da manhã, chegando em Manhuaçu às 20:10, saindo de volta para Recreio e Rio de Janeiro às 5:50 da manhã do dia seguinte.

Nas décadas de 1960 e 1970 o completo desinteresse dos governantes pelo transporte ferroviário no Brasil levou a uma decadência fatal, período em que E. F. Leopoldina/RFFSA extinguiram quilômetros e quilômetros de ferrovia, especialmente na Zona da Mata mineira. Num curto espaço de tempo destruíram toda a história ferroviária na região.

O trecho entre Manhuaçu e Carangola foi suprimido pela RFFSA em 23/07/1975, fechando definitivamente a Estação final da linha, condenando o antigo prédio da Estação de Manhuaçu ao abandono e à conseqüente demolição, mesmo destino de inúmeros prédios ferroviários.

No local da antiga Estação funciona hoje a rodoviária da cidade.

Por fim, é importante ressaltar que esta matéria não seria possível sem a valiosa colaboração da página do facebook "Manhuaçu em arquivos de fotos e vídeos", de onde pude compartilhar as fotos aqui apresentadas realizando trabalhos de restauração fotográfica.


Na seqüência abaixo, registros da passagem da ferrovia por Manhuaçu, extraída da página do facebook “Manhuaçu em arquivos de fotos e vídeos”.









Abaixo, histórico registro da chegada da ferrovia e da inauguração da Estação de Manhuaçu, extraída da página do facebook “Manhuaçu em arquivos de fotos e vídeos”.







Acima, uma belíssima tomada da cidade de Manhuaçu.