sábado, 9 de maio de 2020

ESTAÇÃO RIO DOCE - Hoje um belíssimo Centro Cultural da cidade.


 Uma das mais belas obras já vista em uma antiga Estação Ferroviária da Leopoldina, transformando-a num belíssimo Centro Cultural, realizando também um espetáculo de obra urbanística em todo o seu entorno, cartão postal de Rio Doce.



 Acima, belíssima panorâmica de Rio Doce datada de 1927.
Graças a trabalhos de preservação histórica como o realizado pelo “Jornal Cidade de Dom Silvério”, podemos manter viva a história da ferrovia em Minas Gerais.



 Isso é o que podemos chamar de uma bela obra.



Acima e abaixo,  a estação “ontem & hoje”.



Ainda mais bonita à noite!



Relembrando os velhos tempos...



Pelos trilhos do Ramal de Saúde passava-se por esta bela ponte, situada sobre o encontro do Rio Piranga com o Rio do Carmo, bem na formação do Rio Doce. 










Estação RIO DOCE 




Ramal de Dom Silvério: Km 475,365 (1960).
Altitude: 376m.
Estação inaugurada em: 06 de dezembro de 1886.
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação.
Uso atual: Centro Cultural Municipal. 
Situação Atual – Trecho declarado erradicado, sem trilhos.

E. F. Leopoldina (1887-1973)









HISTÓRIAS:

A página otremexpresso tem me reservado grandes surpresas, não sendo raro o recebimento de mensagens e e-mail’s de leitores trazendo novidades, fotos, dicas de antigas edificações ferroviárias escondidas em áreas rurais e também cobranças positivas da publicação de ramais e estações que não estavam contempladas na página, como foi o caso da Estação de Rio Doce e do Ramal de Dom Silvério.
Quando recebi uma destas mensagens, a mesma veio acompanhada de belíssimas fotos destacando a espetacular reforma na antiga estação de Rio Doce e o pedido que fizesse uma publicação especial sobre ela e o Ramal de Dom Silvério. Nela destaco:

“Amarildo, boa noite!
Sugiro estender sua viagem de Ponte Nova até Rio Doce, que já contempla sua Estação Ferroviária Restaurada, funcionando como centro cultural e teatro, com sala de projeção e aulas de música.
Em Rio Doce também estamos na torcida para que o ramal ferroviário volte a operar.
O município de Rio Doce está ranqueado em 6° lugar no indicador “Qualidade de Vida” dentre os 853 municípios mineiros.”

Confesso que devido a minha alegria e empolgação com o recebimento da mensagem, especialmente com a beleza das fotos, acabei salvando tudo me esquecendo do mais importante: o nome do mensageiro!

Aproveito então a oportunidade para solicitar ao mesmo que, caso leia esta matéria, entre novamente em contato comigo para que possa mencioná-lo aqui. Suas fotos estão aí, sob a marca “Amigos otremexpresso”.


A ESTAÇÃO:

A Estação de Rio Doce foi inaugurada em 1886 pela E. F. Leopoldina. Viveu períodos de grande movimento ferroviário, de extrema importância para o Ramal de Dom Silvério e para a E. F. Leopoldina.
Mas... como aconteceu com a ferrovia por todo o País, um dia o trem parou. O ramal foi extinto, os trilhos arrancados e a estação abandonada.
Uma história triste como a de muitas estações pela zona da mata mineira. Passado algum tempo, transformou-se em moradia, o que de certa forma a salvou do total abandono, da ruína e da conseqüente demolição.
Mas quis o destino que a história da Estação de Rio Doce fosse diferente!
A prefeitura da cidade retomou a posse do antigo prédio ferroviário e realizou uma das mais belas obras já vista, transformando-a num belíssimo Centro Cultural, não se contentando em apenas reformar o prédio, como realizando também um espetáculo de obra urbanística em todo o seu entorno, transformando a Estação de Rio Doce num dos mais belos espaços urbano e cultural da cidade.


HISTÓRICO:

A seguir, parte do belíssimo histórico sobre Rio Doce apresentado por Luiz Augusto de Freitas Santos, que pode ser lido na íntegra na página Estações Ferroviárias, de Ralph Mennucci Giesbrecht :

"Em 1861 o Sr. Antônio da Conceição Saraiva foi contratado pela empreiteira responsável pela construção da estrada de ferro em Minas Gerais, vindo se estabelecer na atual região do município de Rio Doce, próximo à ponte do Soberbo. Nesta região já havia uma pequena ocupação, formada pela capela e algumas residências, em sua maioria pertencente à família Torres. Antônio Saraiva, acompanhado dos engenheiros responsáveis pela estrada de ferro, elaborou uma planta para o povoado.
Traçaram um extenso adro para a capela, uma série de nove lotes de mesmo tamanho, à margem direita do Córrego das Lages; determinaram a localização da futura estação ferroviária e a posição para implantação dos trilhos da estrada de ferro. No núcleo urbano, foi construída a capela de Santo Antônio do Rio Doce, com escritura assinada por Antônio da Conceição Saraiva, em 20 de abril de 1885. Em 21 de dezembro de 1885 é concluída a construção da estação ferroviária de Rio Doce. Em 25 de junho de 1885 foi inaugurada a Estação da Estrada de Ferro Leopoldina em Ponte Nova e no dia 30 do mesmo mês o trecho da estrada Ponte Nova – Chopotó.
Em 20 de setembro de 1886 foi inaugurada a estação de Rio Doce - nome depois dado ao município - e em 6 de dezembro deste mesmo ano foi inaugurado o trecho da ferrovia entre Chopotó e Rio Doce, pertencente ao Ramal de Saúde. Em 30 de junho de 1886 foi inaugurado o trecho da estrada de ferro entre Ponte Nova e Chopotó. Em 06 de dezembro de 1886 iniciou-se o funcionamento do trecho que liga Chopotó a Rio Doce. A abertura da estrada de ferro incentivou e intensificou a ocupação e o desenvolvimento do centro urbano de Rio Doce.

No início de 1887, mais precisamente no dia 20 de fevereiro, passou a funcionar o trecho da estrada de Rio Doce a Saúde, atual Dom Silvério, com cerca de 27 quilômetros de extensão.” ...

Veja o histórico completo no link abaixo:

Agradeço aos amigos da página do facebook Rio Doce-MG pelas belas fotos e destaco também o trabalho de preservação histórica realizado pelo “Jornal Cidade de Dom Silvério” com o filme “O Último Trem para Dom Silvério” postado no you tube, através do qual podemos manter viva a história da ferrovia em Minas Gerais.







Na seqüência abaixo, a grande transformação na antiga estação - hoje um belíssimo Centro Cultural da cidade - e em todo o seu entorno. 










Na seqüência abaixo, alguns registros antes da grande transformação.





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