Acima, belíssimo registro de 1987, época da RFFSA, do acervo de Da Silva Junior. Olha como era a Estação!
Abaixo, o que sobrou da Estação de Soturno - apenas a plataforma e a Caixa d'água.
Abaixo, Paulo Neiva Pinheiro no que sobrou da Estação de Soturno, em 2022.
Abaixo, Da Silva Junior na base da Caixa d'água de Soturno, em 2020.
Estação SOTURNO-ES
salgadinho
Município: Vargem Alta-ES
Linha Do Litoral - Km 501,053 (1960)
Altitude: 346 m
Estação inaugurada em: 31 de agosto de 1917.
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos dos amigos Da Silva Junior e Paulo Neiva Pinheiro.
Uso atual: Demolida e abandonada. Só restaram a Plataforma e a Caixa d'água.
Situação Atual – Tráfego suspenso. Com trilhos.
E. F. Leopoldina (1917-1975)
RFFSA (1975-1996)
FCA (1996 - ...)
HISTÓRICO DA LINHA:
Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht... “O que mais tarde foi chamada "Linha do Litoral" foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia construído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim, foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. No início dos anos 80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória. A partir de 1996 a linha funcionou para cargueiros por mais alguns anos sendo operada pela FCA. ”
A ESTAÇÃO:
Contando mais uma vez com as sempre importantes contribuições de Paulo Neiva Pinheiro e de Da Silva Junior, chegamos à Estação Soturno.
Da Silva Junior esteve na Estação de Soturno em 2020 e traz seu relato...
"Soturno
- Vargem Alta - ES. KM 497 da Estrada de Ferro Leopoldina, Linha do
Litoral RFFSA. FCA Ferrovia Centro
Atlântica - 346 mts de Altura . Fundada
1917 pela Cia Leopoldina Railway, o prédio da Estação Ferroviária Soturno foi
demolido, pois corria o risco de cair na cabeça de alguém quando as composições
passavam pelo local. Isso em 1995, ainda na época da RFFSA. Nesta época, tinham
duas Linhas - a VP e a Aux. Em 1996 o trecho foi concessionado pela FCA e
abandonaram um vagão RFC antigo, que estava no local até 2022. Quando estive lá
em 2020 o local estava tomado de mato e só existia a plataforma e a caixa
d’água."
Paulo Neiva Pinheiro esteve na Estação de Soturno em 2022 e traz seu relato...
“A Estação de Soturno foi inaugurada em
1917. O traçado original da E. F. Sul do
Espirito Santo, que depois foi construído pela Leopoldina, foi modificado
entre as Estações de Soturno e a de Matilde. Segundo moradores da localidade, o
prédio da Estação foi demolido em 1995 pela comunidade, pois estava caindo, ‘pendendo
para o lado dos trilhos’ e ficaram com medo, pois ela tremia com a passagem das
Locomotivas carregadas. O local servia para escoar a produção de café. Segundo
um senhor - dono de uma venda próxima à antiga Estação - me disse que enchiam a
Estação com sacas de café até o teto.”
Abaixo, um histórico registro do Trem na estação de Soturno, do acervo dos "Amigos da Ferrovia ES".
O agente (chefe) na janela da Estação de Soturno em 1982, pai
de Cristiane Pinheiro - Acervo Cristiane Pinheiro.
Interessante
texto de Élvio Antonio Sartório, A Trilha Sagrada, 1996.
“Pedro Bueno Sartório afirmou que existem ainda cortes abandonados na região de Paraíso e de Virgínia nova e que se deparou ainda com remanescentes de pegões de um viaduto no alto da Serra do Rodeio, próximo a Richmond (...) pudemos constatar pegões de pedra argamassada, remanescentes de uma ponte na travessia do rio Novo, em São José, próximo a Canudal/Estação de Soturno; trechos implantados e abandonados nas serras do Alto de Belém, em direção a Concórdia, no município de Vargem Alta; constatamos que a estrada de ferro passava com meia ferradura no local da igreja de Concórdia, cujo trecho percorremos a pé até a divisa Concórdia/Paraíso, ainda no mesmo município, em terras de Evaristo Mengal; no limite deste último trecho encontramos um corte em rocha inacabado, em cuja rocha de montante ainda permanecem algumas inscrições legíveis e outras que mereceriam estudo mais cuidadoso. Nesta rocha lê-se facilmente: ‘à esquerda, Glídio (parte superior), Franco A (parte intermediária) e Franco Angelo (parte inferior)'. À direita, na mesma rocha, ENZEBRO, CASA 110, BAS 95 e um desenho de uma santa, entre outras inscrições; próximo a esse corte, encontramos várias inscrições ilegíveis, bem como '1895, E. C. ADEOS'. Entendemos como crepúsculo do século passado (XIX) com a imigração dos italianos para trabalharem na construção da estrada de ferro, os mais saudosos provavelmente deixaram nas pedras o seu endereço na Itália. No limite desse trecho existe uma construção que os moradores chamam de armazém da Leopoldina, que pelas inscrições da rocha deveria denominar-se armazém da Estrada de Ferro Sul do Espírito Santo (...)”
Na sequência abaixo, olhem a situação da Parada em 2020! Toda tomada pelo mato. Lá se vai mais um
Patrimônio Ferroviário - por Da Silva Junior.
Abaixo, Soturno em dois registros de feitos por Decio Marques em 2015.
Abaixo, três registros do acervo de Da Silva Junior onde vemos o que sobrou da antiga Estação: a Plataforma e a Caixa d'água.
Abaixo, como estava em 2022 o Vagão abandonado. Registros de Paulo Neiva Pinheiro.
Abaixo, o mesmo Vagão em 2020, por Da Silva Junior.
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