domingo, 25 de novembro de 2012

TRÊS RIOS-RJ - Escolhida como ponto de partida e referência para as pesquisas do site.


Matéria atualizada em 18 de fevereiro de 2020.

Desde a elaboração do projeto da montagem deste site, optei focar todas as atenções na história da Estrada de Ferro Leopoldina na Zona da Mata Mineira, tendo como objetivo principal fazer um resgate fotográfico das estações, casas de turma, pontes, pontilhões, ruínas e tudo mais que lembrasse os áureos tempos da ferrovia em nossa região. 

Tendo dois importantes ramais como fonte de pesquisa - Caratinga (passando por Bicas) e Manhuaçú (passando por Além Paraíba), escolhi como ponto de partida o Município de Três Rios, localizado bem próximo da divisa do Estado do Rio de Janeiro com Minas Gerais. 

Cinco estações que fazem parte dos ramais sitados acima também estão localizadas no Estado do Rio de Janeiro, são elas: Triângulo, Anta, Sapucaia, Dona Emília e Porciúncula. 

Traremos também as estações da Linha do Norte - Rio/Petrópolis/Três Rios. Além delas, esporadicamente aparecerão outras, vindas da contribuição de amigos da nossa página, mas o objetivo central será realmente a Zona da Mata mineira.


Graças à imprescindível atenção ao nosso trabalho por parte do grande amigo Edson Honorato, falaremos hoje de Três Rios, com fotos e relatos de José A. de Vasconcelos, grande pesquisador ferroviário possuidor de belíssimo acervo fotográfico que nos permitirá viajar no tempo e relembrar importantes histórias da ferrovia.


Veja matéria completa sobre a Casa de Pedra - Estação Três Rios da E. F. Leopoldina no link abaixo:





A seguir, belíssimas e importantes fotos acompanhadas de relatos que mantem viva a história da estrada de Ferro Leopoldina em Três Rios.


A primeira Estação da antiga THE LEOPOLDINA RAILWAY em Três Rios era também chamada de “Casa de Pedra” devido à utilização de pedras “marruadas” em sua construção, bem destacadas na sua aparência externa. Os trens naquela época procediam do Rio de Janeiro, depois Petrópolis, e quando chegava à estação chamada Triângulo - que recebeu este nome por possuir um triângulo de manobras - localizada em bairro de mesmo nome próximo ao centro de Três Rios, entravam na perna de linha que seguia em direção ao interior, retornando de ré até à plataforma da "Casa de Pedra"Após o embarque/desembarque do pessoal e das mercadorias, seguia de frente para Caratinga e/ou Manhuaçú. 
Com o passar do anos, a antiga estação, considerada uma importante obra da arquitetura ferroviária e tombada como Patrimônio Histórico da cidade, deixou de ser utilizada depois de acordo com os dirigentes da Central do Brasil, quando os trens da Leopoldina passaram a sair da antiga estação da Central, localizada no "centro nervoso” de Três Rios.  
A antiga Estação de Pedra passou a ser usada apenas para despachos e recepção de mercadorias durante mais algum tempo. Mais tarde, seu movimento se prendeu apenas ao movimento das oficinas de manutenção e conservação de carros de passageiros e vagões de carga. Essas oficinas ainda existiam na década de 90 a título precário.  
Hoje, os galpões da antiga oficina foram transformados em um grande depósito e centro de distribuição de mercadorias da rede de supermercados Bramil. 





Abaixo, a mesma estação, mostrando parte do pátio das oficinas em processo de erradicação.






Nas fotos acima e abaixo, alguns carros de passageiros sucateados nas oficinas. Vê-se um "Trajano de Medeiros", oriundo da Central do Brasil, chamados na época de “BC” -  Bagagem-Correio entre outros materiais espalhados pelo pátio da dita oficina. Vemos também alguns carros “raridades”, como o carro dormitório e o “aço carbono”, uma gôndola, e outros  veículos se desintegrando sob as intempéries. Uma lástima. A  A.B.P.F. recebeu alguns carros em piores condições e hoje representam orgulho daquela entidade preservacionista. Os materiais rodantes estavam em boas condições.




terça-feira, 20 de novembro de 2012

LOCOMOTIVAS A VAPOR N° 1 e N° 7 - Um dia elas estiveram em Bicas.





Em mais uma visita ao Museu Ferroviário de Juiz de Fora, aproveitei para uma seção de fotos com as belíssimas Locomotivas a Vapor N° 1 e N° 7.
Todo cidadão biquense que viveu o período de atividades de nossas oficinas ferroviárias, em especial os próprios ferroviários da época, lembram-se bem das “meninas”.
A N° 1 apenas passou por reformas, mas a N° 7 foi totalmente reconstruída em nossas oficinas e ficaram belíssimas. A N° 7 foi a que mais nos marcou, pois aqui ficou por muitos anos exposta próxima ao portão de entrada das antigas oficinas  estacionada ao lado de uma pequena estação - aquela pequena estação bem próxima do prédio da prefeitura - construída exclusivamente para compor o belo cenário. Infelizmente, com a decisão de acabarem com nossas oficinas, as locomotivas foram removidas de Bicas e hoje estão expostas no Museu Ferroviário de Juiz de Fora.
Como lembrança, apenas fotos da época e uma placa afixada na traseira da 07 onde se lê: RFFSA – Reconstruída na Oficina de Bicas em 1984.
A pequena estação construída para abrigá-la ainda está lá, mas ficou um enorme vazio, que se completa de forma extremamente melancólica quando vemos a imensa área que um dia foi uma das mais importantes oficinas da Estrada de Ferro Leopoldina.











A N° 7 compunha um belo cenário. 

Não... ela não poderia ter saído daqui...




Em mais um triste momento que marcou o fim da ferrovia em Bicas, o embarque das Locomotivas N° 1 e N° 7.

Levaram tudo! Levaram as mais belas páginas da história de nossa cidade.




quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Trenzinho Caipira, de Heitor Villa-Lobos, com os alunos do Centro Educacional Aquarela, Bicas-MG.


Belíssima interpretação de "O Trenzinho do Caipira" apresentada pelos alunos do Centro Educacional Aquarela, Bicas – MG conduzidos pela criatividade e sensibilidade da Professora Flávia Barbosa Borges na VI EXPOARTE com o tema "Bicas de outrora, Bicas de agora...", uma singela homenagem à memória histórica da ferrovia para a cidade de Bicas e seus ferroviários, para o Estado de Minas Gerais e para o Brasil.





“O TRENZINHO DO CAIPIRA”
Heitor Villa-Lobos, compositor, maestro e músico brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro em 1887 e faleceu em 1959.
Durante sua infância, veio com sua família para Minas Gerais e morou durante algum tempo em nossa querida cidade BICAS e aqui se encantou com as sonoridades do trem de ferro.
Dessa época ganhou o apelido de “TU-HU” porque tinha mania de ficar imitando o barulho do apito do trem (“tu-huuuu”).
Era incrível como tudo o que Villa-Lobos ouvia, mais cedo ou mais tarde, se transformava em música.
E foi assim que compôs “O Trenzinho do Caipira”: das lembranças sonoras guardadas em sua memória.

 


“O Trenzinho do Caipira”
Música: Heitor Villa-Lobos           
Letra: Ferreira Gullar

Lá vai o trem com o menino  
 
Lá vai a vida a rodar 

Lá vai ciranda e destino  

Cidade noite a girar   

Lá vai o trem sem destino   

Pro dia novo encontrar     

Correndo vai pela terra

Vai pela serra, vai pelo mar       

Cantando pela serra do luar

Correndo entre as estrelas a voar

No ar, no ar, no ar...


                           



domingo, 4 de novembro de 2012

ESTAÇÃO RIBEIRO JUNQUEIRA - Distrito de Leopoldina.


Matéria atualizada em 07 de novembro de 2019.















Estação RIBEIRO JUNQUEIRA
Antiga Campo Limpo


  

Município: Leopoldina
Linha do Centro – Km 321,095
Altitude: 163m.
Estação inaugurada em: julho de 1874.
Estive no local em: maio de 2012.
Uso atual: Telecentro e Biblioteca Municipal; Destacamento Policial e Posto dos Corrêios. 
Situação Atual – A linha era utilizada pela FCA no transporte de bauxita. Aguardando autorização para o funcionamento do Trem Turístico Rio-Minas.













HISTÓRICO:

Distrito de Leopoldina, Ribeiro Junqueira possui bela Estação Ferroviária ao lado da linha por onde passavam os trens de minério da FCA transportando a bauxita vinda de Barão de Camargo, em Cataguases.
Os antigos trens da E. F. Leopoldina – posteriormente RFFSA – passaram por ali até o início da década de 1990, quando tiveram seu tráfego suspenso.
Posteriormente teve início o transporte de bauxita pela FCA vindo de Cataguases, sistema que foi suprimido em agosto de 2015 e desde então, a comunidade e toda a região aguarda a liberação para o início de operação do Trem Turístico Rio-Minas.



A ESTAÇÃO:

A estação de Ribeiro Junqueira foi inaugurada em 1874 com o nome de Campo Limpo.
Quando de minha visita, em maio de 2012, foi uma emoção especial ver os trens circulando pelas antigas linhas da Leopoldina, mesmo que trens de minério.
Hoje, a região aguarda ansiosa a liberação pela ANTT do trem turístico Rio-Minas. 
Em minha visita, em maio de 2012 pude observar que no prédio da estação funcionavam um Destacamento Policial da comunidade, um Telecentro Municipal, um posto dos Correios e uma Biblioteca Municipal.

O prédio se encontrava em perfeitas condições, com sinais claros de que passava por constantes obras de manutenção que a deixavam sempre muito bonita.


















Abaixo, ontem/hoje em Ribeiro Junqueira.