sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

ESTAÇÃO PIRACEMA - Partindo de Três Rios, a primeira parada de quem seguia pela Linha de Caratinga.

A Estação Piracema em belíssimo registro de Leandro d'Ornellas, escolhido como "Foto Destaque" pela TV Rio Sul.








Abaixo, a belíssima Ponte dos Ingleses.






Estação PIRACEMA



Município: Três Rios
Linha de Caratinga – Km 131,537 (1960)
Altitude: 272m.
Estação inaugurada em:  1° de outubro de 1904.
Estive no local em:  Ainda não visitei a estação.
Uso atual: Abandonada. 

Situação Atual – Ramal erradicado e sem trilhos.

E.F.Leopoldina - (1904-1975)
RFFSA - (1975-1994)









Graças ao amigo e colaborador Leandro d’Ornellas, trago hoje a Estação Piracema, localizada na fazenda de mesmo nome. Leandro esteve no local em 30 de novembro de 2017 e fez os belíssimos registros que passamos a apresentar.

Em Três Rios existia um grande entroncamento ferroviário onde a Central do Brasil se encontrava com a Estrada de Ferro Leopoldina.
Seguindo pela linha da Leopoldina chegava-se ao triângulo onde ela se dividia em dois ramais: a Linha de Caratinga, à esquerda e a Linha de Manhuassú seguindo-se pela direita. Partindo em direção à Zona da Mata mineira pela linha de Caratinga, a primeira parada acontecia na Estação Piracema.

Localizada na área rural de Três Rios, a Estação de Piracema ainda está lá, mesmo que abandonada, mantendo viva a história e as lembranças de que o Trem de Ferro passou um dia por ali.
Situada às margens do Rio Paraibuna, que marca a divisa dos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, a antiga estação – como muitas estações e paradas pelos caminhos rurais da Leopoldina – era o ponto de escoamento da produção rural - nos primeiros tempos com o café, em seguida com os demais gêneros produzidos naquela região.

Os últimos trens com passageiros passaram pela Estação de Piracema no final da década de 1970. Após a suspensão definitiva do tráfego de trens, tudo foi abandonado e os trilhos arrancados, ficando apenas o triste silêncio. Mas é impossível chegarmos a lugares como este e não sentir uma “energia” diferente. Basta fecharmos os olhos para deixar a imaginação fluir, trazendo lembranças do trem de ferro apitando por entre as montanhas...

Abaixo, o relato da "expedição" a Piracema realizada por Leandro d'Ornellas:
“O desejo de procurar a Estação de Piracema nasceu depois de visitar este blog, que ainda não tinha fotos da construção. Também serviu de motivação o fato de que esta é possivelmente a única estação ferroviária que ainda resiste no município de Três Rios, mesmo que precariamente.
No mês de agosto de 2017, fiz a primeira visita à estação. O acesso não foi fácil, pois ela se situa dentro da área de uma fazenda, que tem o mesmo nome da estação. O caseiro não permite a entrada de ciclistas. Usei, então, uma trilha que se inicia no Bairro Vila Paraíso, que só dá passagem a pé ou de bicicleta. Essa trilha é exatamente o antigo caminho que o trem fazia. Depois de alguns quilômetros, cheguei à casa de força da Usina de Santa Fé. Logo depois, cerca de 500 metros, encontrei a estação.
O prédio já não tinha telhado. Restaram somente as paredes. Embora esteja totalmente cercada por arame farpado, não havia nenhum sinal de conservação. Ao lado dele, existem duas construções, em estado um pouco melhor. Uma delas aparenta ter sido um armazém. Não há sinais de que tenha existido um povoado no entorno da estação.
Na mesma ocasião, minha intenção era chegar até a Estação Praia Perdida que era a última dentro do Estado do Rio antes da divisa com Minas. No entanto, o antigo leito da ferrovia - desativada há quatro décadas - foi tomado de volta pela natureza e virou uma floresta densa, que não permitiu que eu seguisse adiante.”

Click no link abaixo e saiba mais sobre a Estação Piracema na belíssima matéria com fotos de Jean Ferreira Cerqueira:

https://otremexpresso.blogspot.com/2018/01/estacao-piracema.html



Pelos caminhos da Estrada de Ferro Leopoldina, a porteira da "Fazenda Piracema", próxima à estação de mesmo nome.











Abaixo, mais dois registros da Ponte dos Ingleses.


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Revivendo Grandes Histórias.



Recebi do amigo José Maria Machado Veiga, belos e históricos registros para restauração.
Trata-se de fotos de nossas oficinas nos seus melhores tempos, onde vemos Locomotivas e Vagões.
Dr. Renato Trigo Alves, engenheiro que chefiou as oficinas de Bicas por vários anos, acompanhado de sua filha Renata Leonel Trigo e de seu sobrinho Ronald, além de grandes festas de fim de ano para os ferroviários e seus familiares.
Momentos que resgatam um passado de desenvolvimento e pujança que só a ferrovia proporcionou à cidade de Bicas.
Tivemos os melhores e reconhecidamente mais competentes trabalhadores. 
Aqui tínhamos sediada a Equipe de Socorro; uma completa e bem equipada Oficina de Manutenção de Locomotivas e Vagões; o SENAI - uma bem estruturada Escola Profissionalizante, formadora de grandes profissionais, enfim... fica sempre a indagação: como deixaram tudo isso acabar?
A verdade é que, com o fim da ferrovia, a cidade de Bicas-MG estagnou-se. Como na maioria das cidades por onde a Estrada de Ferro Leopoldina passou, Bicas vive um vácuo à procura de uma nova vocação.
Com este trabalho quero pelo menos manter vivo este passado de glórias, resgatando e preservando a mais importante página de nossa história.






Equipe de professores do SENAI e do Liceu – Escola Primária mantida pela Leopoldina.


terça-feira, 22 de agosto de 2017

Um grande presente! Certeza de que as pesquisas pelos caminhos da E.F.L. precisam continuar.


Recebi hoje e-mail do amigo leitor Frederico Freire e neste e-mail um maravilhoso presente: uma aquarela tendo como tema a “Ponte Seca”, verdadeiro monumento histórico de Sumidouro – RJ.
Segue a gratificante mensagem e a belíssima aquarela, que vieram a fortalecer ainda mais o desejo de continuar minhas pesquisas ferroviárias pelos caminhos da Estrada de Ferro Leopoldina.

“Prezado Amarildo
Apesar de nascido em Teresópolis em 1945, portanto um dinossauro, nunca havia visitado Sumidouro. Lá estive ontem, 20 de agosto, e fiquei encantado visitando a ponte seca, os túneis e pesquisando o trajeto da antiga ferrovia.
Pretendo voltar mais vezes, mas hoje já produzi uma aquarela da ponte seca, não resisti ao impulso de tentar visualizar como teria sido.
Estou anexando a imagem, parabéns pelo trabalho.
Frederico Freire
Arquiteto”



terça-feira, 6 de junho de 2017

Belos registros fotográficos do Ferroviário Biquense Dercyr Ranna.

 Em belo registro do acervo de Dercyr Ranna datado de 1937, a majestosa Locomotiva a Vapor 305 estacionada no pátio das antigas oficinas da  Leopoldina Railway, em Bicas.



Locomotiva 154 tendo o Sr. Dercyr Ranna acompanhado de amigos no pátio de manobras da CIMAF, em Cruzeiro – SP.




Voltando ao belíssimo acervo que recebi da amiga Vera Ranna resgatando a bela história de vida ferroviária de seu Pai, Dercyr Ranna, trazemos hoje lembranças de sua passagem pela CIMAF – Comércio e Indústria de Material Ferroviário S.A. localizada em Cruzeiro – SP, tendo como destaque a Locomotiva a Vapor 154, utilizada nas manobras no interior da CIMAF, além das fotos dos vagões ali construídos. Em outra bela foto, reuniram-se os colegas de trabalho para um registro histórico.
Além das belas fotos deste período, apresentamos também o registro da participação de Dercyr Ranna em um desfile cívico de 7 de setembro e mais uma belíssima foto de seu acervo: vários ferroviários da época perfilados ao lado da majestosa Locomotiva a Vapor 305 estacionada no pátio das antigas oficinas de Bicas.
Par nós que buscamos preservar uma das mais belas e importantes páginas da história de nosso País – a Ferrovia – receber este acervo para restauração é para mim um grande presente, trabalho que realizo com grande prazer.
Fica aqui registrado meu sincero agradecimento a amiga Vera Ranna.

Seguimos resgatando nossa história...




 Registro de um momento de confraternização dos funcionários da CIMAF. Sem dúvida, uma foto para a história.



Por fim, outro belo registro do acervo de Dercyr Ranna. Sua participação em um desfile cívico de 7 de setembro, vendo-se no fundo, à esquerda da foto, a cobertura da estação ferroviária de Bicas.


quarta-feira, 24 de maio de 2017

Conhecendo a LOCOMOTIVA 20 no antigo Centro Administrativo da RFFSA, hoje do IPHAN.











Após a gratificante visita ao IPHAN localizado na Rua Januária, Bairro Floresta, segui a sugestão da funcionária da segurança daquele local e parti em busca do antigo prédio em reforma localizado nas proximidades da Estação Central de Belo Horizonte. Bastou atravessar a passagem subterrânea que liga à estação de trens urbanos para me deparar com um belíssimo prédio em reformas, tendo em seus jardins não apenas uma Locomotiva, como também um vagão de passageiros em madeira.
Encontrei funcionários trabalhando na reforma da edificação, que após meu pedido entraram em contato com os responsáveis pela obra. Era o início de mais uma empolgante visita! 
Fui recebido por Eduardo Faleiro, a quem me apresentei falando do trabalho à frente do blog otremexpresso. Qual foi minha surpresa ao saber de Eduardo que estava diante do antigo Centro Administrativo da RFFSA – SR-2. 
Mais ainda! 
Que o local também passou para a responsabilidade do IPHAN, devendo se tornar em breve o “Centro de Memória Ferroviária”.
Acompanhado por Eduardo, pude visitar algumas salas e conhecer alguns objetos da época da RFFSA. Não foi possível ver muito diante da ampla reforma que vem sendo realizada, mas pude fazer alguns registros importantes mesmo sabendo por Eduardo que há muito a ser visto, quem sabe numa próxima visita quando tudo estiver pronto.
Em seguida, Eduardo me falou do grande evento organizado pela CASACOR Minas Gerais, que acontecerá no belo prédio de 12 de agosto a 17 de setembro deste ano.
Apresentou também todo o cronograma de restauração do belo vagão de passageiros estacionado nos jardins, provavelmente um carro do Chefe do Trem. O vagão realmente necessita e merece uma bela e grandiosa reforma, como pode se observado nas fotos.
Além do vagão, não poderia faltar a grande estrela: a belíssima Locomotiva 20, uma Baldwin fabricada em 1912, ainda como a pintura e o símbolo da EFOM.
Como se trata de um jardim suspenso, a Locomotiva fica estacionada numa posição destacada e bem visível. A grande estrela daquele que será o "Centro de Memória Ferroviária". 
Nas fotos abaixo, alguns registros, gravuras e equipamentos usados na antiga administração da RFFSA.
Para mim, esta visita foi o fechamento com chave de ouro de um grande fim de semana: grande viagem, grandes visitas e grandes descobertas!

O futuro Centro de Memória Ferroviária fica na Rua Sapucai, 383, junto à Estação Central de trens urbanos.























Nas fotos abaixo, o belo vagão que passará por restauração em breve.










Nas fotos abaixo, algumas da fotos, gravura e equipamentos usados na antiga administração da RFFSA.









O futuro Centro de Memória Ferroviária fica na Rua Sapucai, 383, junto à Estação Central de trens urbanos.