sábado, 25 de fevereiro de 2017

DOCUMENTO HISTÓRICO - Mais um registro de grande valor histórico sobre a ferrovia e os ferroviários.


O dia 21 de fevereiro marcou mais uma vez a grande conquista da FEB – Força Expedicionária Brasileira: a tomada de Monte Castelo, na Itália pela 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária, em 21 de fevereiro de 1945.

Também aqui os ferroviários tiveram importante participação!
Como forma de contribuir com os pracinhas da FEB – entre eles, biquenses – foi criada uma campanha denominada Esforço de Guerra, onde era descontado na folha de pagamento dos ferroviários duas vezes ao ano – março e setembro - a contribuição aos pracinhas brasileiros.

Dentre as belas e históricas fotos recebidas da amiga biquense Vera Ranna, parte do acervo de seu Pai, o ferroviário Dercyr Ranna, está um destes Títulos - aqui o do Sr. Dercyr - com seus respectivos selos de contribuição, mais um importante registro para a história dos ferroviários biquense e de nossa cidade. 



segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

ESTAÇÃO PEDRO DO RIO - Hoje um belo Centro Cultural à serviço da comunidade.








cedro
granja

Estação PEDRO DO RIO


Município: Petrópolis.
Linha do Norte – Km 84,200 (1960).
Altitude: 645m.
Estação inaugurada em:  1886.
Estive no local em:  06 de janeiro de 2017.
Uso atual: Centro Cultural.

Situação Atual – Desativado em 1964, o Ramal está erradicado e sem trilhos.






A ESTAÇÃO:

Inaugurada em 1886, inicialmente a Estação Pedro do Rio fazia parte da Estrada de Ferro Grão Pará, que construiu o prolongamento de Petrópolis a Areal entre 1883 e 1886, indo até São José do Vale do Rio Preto em seguida. 

Posteriormente, a partir de 1900, a estação de Areal foi unida a Três Rios já pela Leopoldina e dali enveredando-se pelo Estado de Minas Gerais.

Em 05 de novembro de 1964 o trecho entre Vila Inhomirim e Três Rios foi suprimido e a Estação de Pedro do Rio fechada.






MINHA VISITA:

Encerrando minha “expedição” na região serrana do Rio de Janeiro pelos caminhos da Grão Pará, cheguei à Estação Pedro do Rio por volta de 17h30.
Diferente de tristes destinos de muitas estações da E. F. Leopoldina marcadas pelo abandono e destruição, a antiga estação de trem de Pedro do Rio foi transformada em belo espaço cultural comunitário - o Centro Cultural Celina de Oliveira Barbosa.
O prédio acabou de passar por grande reforma, mas infelizmente não pude conhecer melhor o Centro Cultural, pois devido ao avançar da hora já estava fechado para visitação. 

Em conversa com moradores das imediações, soube que foi reaberta à comunidade recentemente e nela funcionam uma biblioteca, uma sala de informática e a Sala de Artes Lan - em homenagem ao cartunista Lan – onde acontecem exposições de arte, shows e sessões de cinema. O espaço também está aberto às demais atividades de interesse da comunidade.

O que dizer? Já estava no final do dia quando cheguei ao local e fiquei extremamente feliz ao encontrar a Estação de Pedro do Rio bela, BELÍSSIMA!

Devido estar no horário de verão ainda foi possível fazer belas fotos. 








domingo, 12 de fevereiro de 2017

ESTAÇÃO ITAIPAVA - Ela não existe mais. Relembrando a ferrovia, um belo restaurante temático foi criado.

A primitiva Parada Itaipava nos primeiros tempos da ferrovia, por volta de 1918 - Fonte: Jorge A. Ferreira Jr. 
Restauração: Amarildo Mayrink



O Beer & Food Vagão.



Em mais uma valiosíssima contribuição de Marcio Cardoso, outro raro registro fotográfico da Estação Itaipava. Pouco tempo depois ela foi demolida - foto de Tereza Serpa. 








Um dos poucos registros fotográficos conhecidos da Estação Itaipava em 1936 - Fonte: Jorge A. Ferreira Jr. e site www.estacoesferroviarias.com.br









Estação ITAIPAVA



Município: Petrópolis
Linha do Norte – Km 77,789 (1960)
Altitude: 681m.
Estação inaugurada em:  1890 (?).
Estive no local em:  06 de janeiro de 2017.
Uso atual: Demolida.

Situação Atual – Desativado em 1964, o Ramal está erradicado e sem trilhos.








A ESTAÇÃO:

Inaugurada ainda pela Estrada de Ferro Príncipe Grão Pará inicialmente como parada em 1890, Itaipava fazia parte do Ramal de São José do Vale do Rio Preto.
Após a Leopoldina resolver suprimir o trecho que vinha do Rio de Janeiro passando por Petrópolis em 05 de novembro de 1964, encerrou-se assim as atividades da ferrovia pelos municípios cortados por ela.
Segundo informações de moradores da localidade, a antiga estação teria sido onde hoje funciona o Shopping Center Itaipava.

Mas o amigo Márcio Cardoso, pesquisador e colaborador de nossa página, informa que na verdade a Estação Itaipava não ficava onde está o shopping e sim no segundo trevo de Itaipava, na BR-040.
O shopping está localizado ao lado da antiga rodovia União Indústria, enquanto a Estação Itaipava ficava do outro lado do rio piabanha, como pode ser observado no antigo mapa abaixo. 




MINHA VISITA:

Após minha gratificante visita ao Centro Cultural Estação Nogueira, parti em busca do local onde teria funcionado a antiga Estação Itaipava
Chegando em Itaipava, tomei conhecimento da existência e um bar/restaurante: o Beer & Food Vagão.
Trata-se e um bem idealizado estabelecimento comercial localizado no pátio de estacionamento do próprio Shopping, um autêntico Beer & Food temático, tendo como destaque um belíssimo vagão de trem estático que teve seu interior adaptado e transformado em um aconchegante bar-restaurante.
Confesso que minha frustração inicial por saber que a velha estação não mais existia foi substituída pelo encanto e beleza do local, pela feliz e bem elaborada idéia de um espaço temático de visual aconchegante e descontraído tendo o trem como protagonista.
O que dizer: vale à pena conhecer e visitar!


Outro belo registro da primitiva Parada Itaipava por volta de 1918 - Fonte: Jorge A. Ferreira Jr. 
Restauração: Amarildo Mayrink



Na seqüência abaixo, o bem idealizado Beer & Food Vagão.








sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

ESTAÇÃO PAQUEQUER: Partindo de Melo Barreto - MG, era a primeira parada do Ramal de Sumidouro, no Estado do Rio.

Matéria atualizada em 10 de janeiro de 2023.


Acima, a antiga Estação Paquequer sentido Melo Barreto-MG, em setembro de 2022.

Abaixo, a mesma Estação sentido a Carmo-RJ.


Acima e abaixo, a bela e imponente "Ponte Preta", vista pelo lado da Estação de Paquequer-RJ. Do outro lado ficava a Estação de Melo Barreto-MG.


A "Ponte dos Arcos" de alvenaria e pedras, em belo registro de Paulo Neiva Pinheiro.


(Registro fotográfico de 1930, por W. Cyril Williams: The Leopoldina Railway, A Narrow Gauge Railroad of Exceptional Interest, 1/1931. Acervo de Luciano Pavloski) do site www.estacoesferroviarias.com.br, de Ralph Mennucci Giesbrecht.




Acima, três belos registros da Estação de Paquequer sob o olhar de Paulo Neiva Pinheiro, feitos em setembro de 2022. 






Estação PAQUEQUER




Município: Carmo – RJ
Ramal de Sumidouro: Km 241,818 (1960)
Altitude: 142m.
Estação inaugurada em: 1º de agosto de 1885.
Estive no local em: 25 de janeiro de 2017. Além das minhas fotos, contei também com a contribuição dos amigos Paulo Neiva Pinheiro e Jaqueline Asth Mentora.
Uso atual: Moradia.
Situação Atual – Ramal erradicado, sem trilhos.


C. E. F. Sumidouro (1885)

E. F. Leopoldina (1885-1967)






Para facilitar a localização dos prédios e obras ferroviárias aqui apresentadas, uma ilustração através de imagem do Google Maps. 



HISTÓRICO:

Em minha “expedição” pelos caminhos da Estrada de Ferro Leopoldina no Ramal de Sumidouro, realizada em janeiro de 2017, iniciei exatamente pela primeira parada no Estado do Rio de Janeiro.
Partindo de Melo Barreto, em Minas Gerais às margens do Rio Paraíba do Sul, o trem atravessava a famosa e bela Ponte Preta para fazer a primeira parada já no Estado do Rio de Janeiro - a Estação Paquequer, localizada às margens da RJ-158 próxima à extremidade das terras que dividem o Rio Paraíba do Sul e o Rio Paquequer, rio este que ali começa e avança pelo interior do Estado do Rio, muitas das vezes tendo às suas margens o antigo leito da ferrovia.
Além das fotos que fiz neste dia, esta matéria conta também com os belíssimos registros feitos com extrema sensibilidade por Jaqueline Asth Mentora e Paulo Neiva Pinheiro.


Abaixo, o famoso "Túnel que Chora" sob o olhar de Jaqueline Asth Mentora. 






Detalhes da Estação, por Paulo Neiva Pinheiro.




Seguindo para Carmo, logo após o túnel, a grande Caixa d'água.




A ESTAÇÃO:

Sendo hoje propriedade particular com residências em seu entorno, cheguei aos portões da propriedade - às margem da RJ-158 – e ao entrar já encontrei a bela ponte em arcos de alvenaria e pedras sobre o início do Rio Paquequer, para em seguida ser bem recebido pelo atual proprietário, que não só autorizou as fotos da estação e de todo o antigo complexo ferroviário aqui apresentadas, como também trouxe importantes informações sobre a existência e distância para o famoso “Túnel que Chora” e a "Caixa d’água" existente logo depois do túnel, há uns 500 metros dali, atravessando a rodovia em direção à cidade de Carmo-RJ.

Iniciando a seção de fotos encontrei a Estação Paquequer ainda conservando suas principais características. 
Caminhando uns 200 metros em direção ao Rio Paraíba do Sul, cheguei à cabeceira da imponente "Ponte Preta".

Visitar estes lugares nos faz voltar no tempo e imaginar o grande movimento que existiu ali - especialmente no transporte de produtos e mercadorias por ser a divisa de estados – como também de passageiros que iam e vinham de Nova Friburgo e região.


Como encontrei a Estação de Paquequer em janeiro de 2017: Acima, a antiga Estação, sentido Melo Barreto-MG.
Abaixo, a mesma Estação sentido a Carmo-RJ.


Na seqüência abaixo, a Estação de Paquequer em janeiro de 2017, sentido a Melo Barreto-MG.




Em outra seqüência de janeiro de 2017, a Estação de Paquequer sentido Carmo – RJ.






Seguindo em direção à bela e imponente "Ponte Preta".




 Na seqüência abaixo, a imponente "Ponte Preta" compondo o belíssimo cenário de Paquequer.







  E bem próxima à Estação de Paquequer, a não memos bela "Ponte dos Arcos" sob o olhar de Jaqueline Asth Mentora. 













O TÚNEL QUE CHORA E A CAIXA D'ÁGUA:

Após minha bem sucedida visita a estação de Paquequer em janeiro de 2017, segui o antigo leito da ferrovia em busca do famoso “Túnel que Chora”. E as informações que recebi foram corretas. Fica localizado bem próximo da Estação de Paquequer seguindo aproximadamente 500 metros em direção a cidade de Carmo pelo antigo caminho da ferrovia que margeia o rio Paquequer.
E logo após o túnel, encontrei também a grande "Caixa d’água".

O que dizer: Foi um excelente início de expedição pelo Ramal de Sumidouro!














Em sua visita, Jaqueline Asth Mentora seguiu em direção a Carmo-RJ pelo antigo leito da ferrovia encontrando estruturas de um pequeno pontilhão.



Por fim, toda a beleza da "Ponte dos Arcos" sob o olhar de Paulo Neiva Pinheiro - registros de setembro de 2022.