Acima e nas duas fotos abaixo, ainda podemos ler o nome da Estação no dístico: "Cupim".
Belíssima obra de arte retratando a antiga Estação de Ururahy. Não consegui ler o nome do autor.
Nas três fotos abaixo, a outra cabeceira da Estação, onde ainda é possível ver o antigo dístico onde podemos ler escrito o nome "Ururahy". Construíram este muro nas proximidades da Estação. 
Abaixo, belíssimos registros da Estação de Cupim, ano e autores desconhecidos.
As janelas originais já não existem mais. Foram fechadas com
tijolos de alvenaria.
Da cobertura da plataforma só sobrou o escoramento do telhado
feito com trilhos.
A Estação provavelmente recebeu uma reforma no período da
RFFSA, onde o seu telhado foi aparentemente substituído.
A Estação está aparentemente servindo como moradia.
A Caixa d'água da Estação de Cupim.
Próximo à Estação, belíssimo Pontilhão Ferroviário sobre o Rio Ururaí.
Paulo Neiva Pinheiro e a Estação de Cupim.
Estação
CUPIM
Antiga URURAHY
lusitano
Município: Campos dos Goitacazes–RJ
Linha do Litoral – Km 306,381
Altitude: 10m
Estação inaugurada em: 1875
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos de Paulo Neiva Pinheiro.
Uso atual: Aparentemente servindo como moradia.
Situação Atual – Tráfego suspenso. Com trilhos.
E. F. Macaé a Campos (1875-1887)
E. F. Leopoldina (1887-1975)
RFFSA (1975-1996)
FCA (1996 - ...)
HISTÓRICO DA LINHA:
Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht... “O que mais tarde foi chamada "Linha do Litoral" foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia constrtuído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim, foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. A linha funciona até hoje para cargueiros e é operada pela FCA desde 1996. No início dos anos 80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória.”
A ESTAÇÃO:
O amigo Paulo Neiva Pinheiro visitou a Estação CUPIM em dezembro de 2021, quando fez as fotos aqui apresentadas. Segue seu relato...
“A Estação de Ururahy foi inaugurada em 1875; de acordo com o relatório do Presidente da Província do Rio de Janeiro, de 1876. Apesar disto, o relatório da empresa em 1877 diz que ainda neste ano a Estação estava sendo construída. A Estação foi muito provavelmente construída no local para atender ao transporte de passageiros e nessa época se chamava Ururahy. Mas com a construção da usina do Cupim, que está bem próxima a ela, passou a atender mais à Usina. Foi aí que ela teve o seu nome mudado para Cupim. A Usina atualmente está desativada e pertence ao grupo de usinas Othon. Essa Estação foi construída pela Cia. Estrada de Ferro Macahé a Campos e é umas das poucas originárias dessa antiga ferrovia ainda de pé mantendo-se relativamente original, embora esteja em avançado processo de descaracterização. Em junho de 1884, foi aberto um Ramal da Estação de Ururahy até a Fazenda das Frecheiras, com o objetivo de transportar a cana da Usina do Cupim, ali localizada. Tendo mudado de nome para Estação do Cupim, fica no hoje chamado distrito de Ururaí - o nome do distrito se manteve - à margem do rio com o mesmo nome. Até os anos 1940 a Estação se chamava Ururaí, mas depois, e até pelo menos o final dos Trens de passageiros que por ali passavam, seu nome - pelo menos o oficial - foi Cupim mesmo. Ainda é possível ver os dois nomes - um sobre o outro, Cupim e Ururaí - na parede da Estação. O local estava cheio de sujeira quando visitei a Estação em 2021, mato e lixo: até a passagem do Trem de carga era um fato raríssimo ali. A Estação parece estar servindo de moradia. Estava murada e foi adicionado alguns “puxadinhos” a ela. O telhado da cobertura da plataforma já não existe mais, ficando somente a base do telhado feita de trilhos exposta.”
Entre os anos de 1941 e 1945,
ocorreu um acidente que marcou a história da Estação. Veja o depoimento de Geni
Quinteiro de Mattos, filha do ferroviário Dilermando Lacerda Quinteiro, de uma
família de cinco irmãos ferroviários:
"Os
manobreiros da Leopoldina, ao terminarem uma manobra de um Trem de carga,
subiam no último vagão e vinham por cima do vagão até a Locomotiva, para não
atrasar a composição. O meu tio Djalma Lacerda Quinteiro era um manobrista que
estava em um cargueiro, quando atuava em uma manobra para a passagem de um Trem
de passageiros na Estação de Ururay. Depois de terminada a manobra ele vinha
voltando para a Locomotiva, quando ao pular de um vagão para o outro, caiu e
veio a falecer, sem que nenhum colega tivesse percebido. Ele foi encontrado
pelos moradores do local, algum tempo depois, mas já era tarde".
Na sequência abaixo, o belíssimo Pontilhão Ferroviário sobre o Rio Ururaí também localizado próximo à estação de Cupim.





















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