Acima, chegamos à Estação Ferroviária de Leitão da Cunha, distrito de Trajano de Moraes-RJ.
Abaixo, a mesma Estação nos áureos tempos da ferrovia em belíssimo registro de nosso acervo.
Na sequência abaixo, a Estação de Leitão da Cunha nos dias de hoje. Bate uma enorme tristeza ver Patrimônios Históricos como
este nesse estado deplorável de conservação, completamente abandonada. Será que vão esperar ela cair?
Abaixo, mais um belo registro da Estação datado de 1940. Passageiros felizes aguardando a chegada do Trem - da página "Eu Amo Trajano de Moraes RJ".
A antiga Casa de Turma que fica bem em frente à Estação, mais um Patrimônio Histórico em ruínas. Triste de ver...
No caminho entre a Parada Caixa d’água e Leitão da Cunha, Paulo Neiva encontrou essa antiga Casa de Turma, mais um prédio histórico também em ruínas.
Paulo Neiva em sua primeira visita a Leitão da Cunha.
Parada LEITÃO DA CUNHA-RJ
Município: Trajano de Moraes-RJ
Ramal Sta. Maria Madalena - Km 324,337 (1960)
Altitude: 440 m
Estação inaugurada em: 17 de setembro de 1891
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos do amigo Paulo Neiva Pinheiro.
Uso atual: Abandonada em ruínas, mas ainda em condições de uma bela restauração.
Situação Atual – Ramal erradicado, sem trilhos.
Cia E. F. Barão de Araruama (1888-1891)
E. F. Santa Maria Madalena (1891-1907)
E. F. Leopoldina (1907-1963)
HISTÓRICO DA LINHA:
Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht...
“O Ramal que ligava Entroncamento (Conde de Araruama) a Ventania (Trajano de Moraes) teve a linha entregue em 1878 até Conceição e no ano seguinte até Triunfo (Itapuá) e Ventania, pela E. F. Barão de Araruama. Somente em 1896, já com as linhas de posse da Leopoldina, foi entregue a continuação até Visconde do Imbé e em 1897 a Manoel de Morais. Antes disso, em 1891, o engenheiro Ambrosino Gomes Calaça havia aberto uma linha entre Ventania e Santa Maria Madalena, estabelecendo outro Ramal. Logo após a inauguração, a linha foi vendida À E. F. Santa Maria Madalena, e em 1907 à Leopoldina. Dependendo da época, a Linha Principal era Conde de Araruama-Madalena, ou Conde de Araruama-Manoel de Morais, com o outro trecho sendo o Ramal, ou seja, passando por baldeação ou espera em Trajano de Moraes. Em 31/08/1965, o trecho a partir de Triunfo foi suprimido para trens de passageiros, ou seja, o entroncamento de Trajano de Moraes já não era alcançado. Em 1966 ou 1967, o que restava do Ramal acabou de vez. Ficou, entretanto, o trecho entre Conde de Araruama e Conceição de Macabu ainda funcionando para a Usina Victor Sence, até o início dos anos 1990. Com a sua desativação, os trilhos foram arrancados.”
A
ESTAÇÃO:
Em viagem de pesquisas pelos
caminhos da E. F. Leopoldina
o amigo Paulo Neiva Pinheiro percorreu o Ramal de
Santa Maria Madalena chegando à Estação
LEITÃO DA CUNHA. Então, vamos ao relato de Paulo Neiva sobre mais uma importante
visita...
“Estive
várias vezes na Estação de Leitão da
Cunha e a cada vez que vou a encontro mais deteriorada, bem como a antiga Casa do Chefe da Estação, também completamente
abandonada e em ruínas, localizada praticamente em frente à Estação.
Bate uma
enorme tristeza de ver Patrimônios Históricos como estes nesse estado
deplorável de conservação. Especialmente a ainda bela Estação, apesar do
completo abandono. Será que irão reformar, ou vão esperar ela cair de vez? Às
vezes é o que me parece…
Ambas as
construções de 1891 estão em precário estado de conservação, ameaçadas de
ruírem a qualquer momento e assim perdermos um enorme pedaço de nossa história
ferroviária.
Levando em
conta o isolamento do local - a Estação foi criada para atender uma grande
fazenda existente na localidade, hoje já demolida – fez-se necessário a
construção da casa do ‘Chefe da Estação’ para que pudesse residir com a sua
família e eu tenho quase certeza que era essa casa hoje completamente
abandonada localizada praticamente em frente à Estação.”
Sobre a Casa do Chefe da Estação acima, temos o seguinte relato:
"Papai,
Jacob Everlan da Costa Martins, foi o agente-chefe de Estação. Fomos a última
família a morar na casa da ferrovia ao lado da Estação de Leitão da Cunha.
Nossa mudança seguiu com o último trem a circular por ali. Isso ocorreu por
volta de 1963. Com a extinção da ferrovia todo o lugarejo perdeu a função de
reunir pessoas que pudessem ali viver. O êxodo rural ocorreu e hoje é isso:
abandono e solidão" (Deborah Areias, 08/2008).
Enfim, após os relatos de Paulo Neiva e Deborah; após termos a oportunidade de conhecer este Prédio de Valor Histórico Incalculável que
é a bela Estação de Leitão da Cunha
e todo o belíssimo cenário da região que um dia foi cortada pela Ferrovia
através de todas as belíssimas fotos apresentadas, resta-nos as seguintes
perguntas: até quando as autoridades de Trajano de Moraes – município onde existia um importante entroncamento ferroviário e que já perdeu sua antiga Estação – será tão insensível a ponto de não enxergar o potencial
turístico e o valor histórico da antiga Estação Ferroviária de Leitão da Cunha?
O que estão esperando para resgatarem este importantíssimo Patrimônio Histórico
com uma bela restauração?
Fica o meu sonho de ainda poder
postar aqui uma bela atualização desta matéria com a Estação restaurada e bela.
Restauração digna da “dimensão incalculável
da importância histórica da Estação e da Ferrovia para Trajano de Moraes e toda
aquela região”. Dos inúmeros projetos turísticos que podem ser
desenvolvidos ali. Enfim... que meu sonho possa um dia virar realidade...
Amarildo Mayrink - Editor da página otremexpresso.

6 comentários:
Show de bola aí é no meio do NADA Amarildo! Só vendo pra crer! Bela matéria! Parabéns!
Paulo Neiva Pinheiro
Paulo Neiva, só foi possível graças às suas fotos. Se não fossem as suas contribuições jamais chegaria ao Estado do Rio. Vlw mesmo!
Amarildo José Mayrink segue a parceria! 👍🏽
Paulo Neiva Pinheiro
Outrora estação apinhadas de gente simples, mas honestas.
Só restou lembranças de um passado não muito distante.
João Batista Angelin
É ótimo ver essas imagens e informações, mas também uma certa tristeza por ter acabado.
Alcimar Corrêa
RESTAURAÇÃO FERROVIÁRIA JÁ!!!
Bernardo Baethgen
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