Aqui era onde as Locomotivas da E.F. Barão de Araruama
abasteciam suas caldeiras já sedentas desde a Estação de Triunfo ou Leitão da
Cunha, dependendo da direção que viessem. Logo abaixo da Caixa d'água, o antigo leito ferroviário.
Abaixo, o primo Edvar que é morador de Leitão da Cunha-Trajano
de Moraes-RJ que me levou até o local com sua moto.
A estrutura da Caixa d'água é toda revestida de cimento, não se sabe a data ao
certo de sua construção.
Belíssimo corte aberto na rocha para passagem das composições.
Aqui onde estou era o antigo leito ferroviário e o local exato
onde as locomotivas paravam para abastecer.
Parada CAIXA D'ÁGUA-RJ
Município: Santa Maria Madalena-RJ
Ramal Sta. Maria Madalena - Km 319,000 (1960)
Altitude: ?
Estação inaugurada em: ?
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos do amigo Paulo Neiva Pinheiro.
Uso atual: Em ruínas.
Situação Atual – Ramal erradicado, sem trilhos.
Cia E. F. Barão de Araruama (1888-1891)
E. F. Santa Maria Madalena (1891-1907)
E. F. Leopoldina (1907-1963)
HISTÓRICO DA LINHA:
Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht...
“O Ramal que ligava Entroncamento (Conde de Araruama) a Ventania (Trajano de Morais) teve a linha entregue em 1878 até Conceição e no ano seguinte até Triunfo (Itapuá) e Ventania, pela E. F. Barão de Araruama. Somente em 1896, já com as linhas de posse da Leopoldina, foi entregue a continuação até Visconde do Imbé e em 1897 a Manoel de Morais. Antes disso, em 1891, o engenheiro Ambrosino Gomes Calaça havia aberto uma linha entre Ventania e Santa Maria Madalena, estabelecendo outro Ramal. Logo após a inauguração, a linha foi vendida À E. F. Santa Maria Madalena, e em 1907 à Leopoldina. Dependendo da época, a Linha Principal era Conde de Araruama-Madalena, ou Conde de Araruama-Manoel de Morais, com o outro trecho sendo o Ramal, ou seja, passando por baldeação ou espera em Trajano de Morais. Em 31/08/1965, o trecho a partir de Triunfo foi suprimido para trens de passageiros, ou seja, o entroncamento de Trajano de Morais já não era alcançado. Em 1966 ou 1967, o que restava do Ramal acabou de vez. Ficou, entretanto, o trecho entre Conde de Araruama e Conceição de Macabu ainda funcionando para a Usina Victor Sence, até o início dos anos 1990. Com a sua desativação, os trilhos foram arrancados.”
A ESTAÇÃO:
O amigo Paulo Neiva
Pinheiro percorreu o Ramal de Santa Maria Madalena em
viagem de pesquisas pelos caminhos da E. F. Leopoldina chegando ao local onde existiu a Parada
Caixa d’água. Então, vamos ao relato de Paulo Neiva sobre mais uma descoberta...
“No trecho entre a Estação de
Triunfo, distrito de Santa Maria
Madalena-RJ até a Estação de Leitão da Cunha, distrito de Trajano de Moraes-RJ existiam duas Paradas Ferroviárias
que ainda hoje é possível encontrar suas ruínas no local: Parada Carocango e a Parada Caixa d’água (Quilômetro 51,3). Era
nessa Caixa d’água que as Locomotivas da E.F. Barão de Araruama abasteciam suas
caldeiras já sedentas desde a Estação de Triunfo ou Leitão da Cunha, dependendo
da direção que viessem. Ainda é possível encontrar sua estrutura, que é
toda revestida de cimento. Não se sabe a data ao certo de sua construção.
Neste trecho existem ainda muitos
e belos vestígios da passagem da ferrovia pelo local, vestígios esses que cada vez mais vão
desaparecendo com o passar do tempo. Torna-se extremamente
necessário o registro do que sobrou para se poder consultar posteriormente,
pois a cada ano que se passa os remanescentes desta bela história vão sumindo gradativamente.
Entre os espetaculares vestígios dos tempos da ferrovia encontramos um belíssimo corte feito na Rocha para a passagem das composições que aqui trafegaram desde o final do século XIX até metade dos anos 60 do século XX. Pelo antigo leito ferroviário ainda existem outros belos cortes no trajeto. Este é apenas um deles! Muito verde num lindo visual em plena mata atlântica. Cenário simplesmente encantador!”
Na sequência abaixo, mais alguns registros do belíssimo corte aberto na rocha para passagem do Trem.
Um comentário:
Trabalhosa de achar, super escondida, mas achei!
Paulo Neiva Pinheiro
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