sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

ESTAÇÃO CONCEIÇÃO DE MACABU - Já foi a Estação final da E. F. Barão de Araruama.

Acima e na sequência abaixo, a Estação de Conceição de Macabu em registros de Paulo Neiva Pinheiro feitos em 2022.








Acima e abaixo, lembranças da ferrovia em duas belas obras de arte publicadas na página “Conceição de Macabu” do facebook.

Antigo registro do centro de Conceição de Macabu vendo-se a grande reta da Av. Victor Sence, por onde também passava o leito ferroviário.


A Estação e a Igreja Matriz em belo registro da década de 1980.


Abaixo, vista do lado oposto ao da plataforma da Estação.


 O dístico em destaque e a torre da Igreja Matriz ao lado da Estação.


 O dístico novamente em destaque e a plataforma da Estação.




usina-conceicao

 

Estação CONCEIÇÃO DE MACABU-RJ

 

parada-ponto-do-pinheiro

 

   

Município: Conceição de Macabu-RJ

Ramal Sta. Maria Madalena - Km 296,088 (1960)

Altitude: 39 m

Estação inaugurada em: Primeiro prédio em madeira, em 23 de janeiro de 1879. Prédio em alvenaria, 1891.

Estive no local em:  Ainda não visitei a Estação. Fotos dos amigos da página Paulo Neiva Pinheiro; Jaqueline Asth Mentora e da página do facebook "Conceição de Macabu".

Uso atual: Prédio em bom estado de conservação. Uso desconhecido.

Situação Atual – Ramal erradicado, sem trilhos. 

 

Cia E. F. Barão de Araruama (1879-1891)

E. F. Santa Maria Madalena (1891-1907)

E. F. Leopoldina (1907-1966/7)




HISTÓRICO DA LINHA: 

Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht...

“O Ramal que ligava Entroncamento (Conde de Araruama) a Ventania (Trajano de Morais) teve a linha entregue em 1878 até Conceição e no ano seguinte até Triunfo (Itapuá) e Ventania, pela E. F. Barão de Araruama. Somente em 1896, já com as linhas de posse da Leopoldina, foi entregue a continuação até Visconde do Imbé e em 1897 a Manoel de Morais. Antes disso, em 1891, o engenheiro Ambrosino Gomes Calaça havia aberto uma linha entre Ventania e Santa Maria Madalena, estabelecendo outro Ramal. Logo após a inauguração, a linha foi vendida À E. F. Santa Maria Madalena, e em 1907 à Leopoldina. Dependendo da época, a Linha Principal era Conde de Araruama-Madalena, ou Conde de Araruama-Manoel de Morais, com o outro trecho sendo o Ramal, ou seja, passando por baldeação ou espera em Trajano de Morais. Em 31/08/1965, o trecho a partir de Triunfo foi suprimido para trens de passageiros, ou seja, o entroncamento de Trajano de Morais já não era alcançado. Em 1966 ou 1967, o que restava do Ramal acabou de vez. Ficou, entretanto, o trecho entre Conde de Araruama e Conceição de Macabu ainda funcionando para a Usina Victor Sence, até o início dos anos 1990. Com a sua desativação, os trilhos foram arrancados.”


A ESTAÇÃO:

Contando mais uma vez com a contribuição dos amigos da página Paulo Neiva Pinheiro, Jaqueline Asth Mentora e da página do facebook "Conceição de Macabu", chegamos à Estação de Conceição de Macabu. 

A Estação atual é, na verdade, o segundo prédio. A primeira Estação era de madeira, tendo sido construída em 1878. Ela ficava em frente à atual Estação, que foi construída em 1891, prédio realmente belo e histórico que existe até os dias de hoje chamando a atenção de todos que visitam a cidade. A Estação ainda mantém suas portas e janelas originais.

Após o Ramal deixar de funcionar para o transporte de passageiros, o tráfego de Trens de carga continuou até 1990, ano da última safra de cana colhida pela Usina Victor Sence, quando o Trem de carga ainda passava pela Estação.


Abaixo, planta da reconstrução da Estação em alvenaria, da época da Leopoldina Railway.


A CONSTRUÇÃO DO RAMAL FERROVIÁRIO DE CONDE DE ARARUAMA A CONCEIÇÃO DE MACABU – Por Haroldo Pereira da Silva Porto Jr.

“No dia 5 de dezembro de 1877, um evento reunindo alguns dos políticos mais importantes da região como o Barão de Macabu, o Conde de Araruama e o coronel Luiz Amado de Aguiar, deu início, na localidade de Entroncamento (hoje Conde de Araruama), as obras que deveriam estender o ramal ferroviário da Estrada de Ferro Barão de Araruama até a região serrana, interligando-a com a estrada de ferro que unia a Central do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, a mesma região Serrana. O projeto, ousado, jamais foi concluído em sua totalidade, porém, foi concluído em suas etapas.

A primeira etapa era unir o Entroncamento, onde já passavam os trilhos da E.F. Niterói-Campos a Conceição de Macabu, seguindo o curso do rio Macabu, que era navegável e facilitaria o transporte de materiais e trabalhadores. O trajeto seguindo o rio incluía Paciência do Macabu (Macabuzinho), excluindo o Curato de Santa Catarina.

O ímpeto dos empreendedores, a abundância de recursos e a facilidade de navegação entre dezembro de 1877 e março de 1878 aceleraram as obras, de tal maneira que num tempo recorde, em 18 de julho daquele ano os 31 Km de trilhos já estavam postos, assentados, inclusive em Conceição de Macabu, onde uma estação provisória (de madeira, em frente a atual), recebia as locomotivas e os responsáveis, que festejaram o ocorrido.

As obras seguiram aceleradas na segunda etapa, que consistia em unir Macabu a Itapuá (Triunfo). Com as estiagens de julho-agosto, as obras seguiram em ritmo lento, acelerando-se a partir de setembro-outubro. Em janeiro de 1879 uma festa marcou a inauguração da segunda etapa do ramal, que tinha 10 Km e havia excluído São João de Macabu.

Os ramais ferroviários tornaram-se um marco regional, definindo Macabu, Macabuzinho e Triunfo como povoados que sobreviveriam com mais êxito, enquanto o Curato de Santa Catarina declinou e São João de Macabu desapareceu.”


Abaixo, mais alguns registros de Paulo Neiva Pinheiro. A Estação de Conceição de Macabu em detalhes.






Abaixo, lembrança da ferrovia em mais duas belas obras de arte publicadas na página “Conceição de Macabu” do facebook.


Na sequência abaixo, belíssimos e históricos registros publicados na página “Conceição de Macabu” do facebook que resgatam a história da ferrovia na cidade.













 Acima, belo registro de Jaqueline Asth Mentora, que também visitou Conceição de Macabu.

Abaixo, mais um registro de Paulo Neiva Pinheiro.


Um comentário:

Anônimo disse...

A mais bonita do Ramal na minha opinião.
Paulo Neiva Pinheiro