Paulo Neiva Pinheiro seguiu a quilometragem do livro G1 - Guia Geral das Estradas
de Ferro do Brasil de 1960 pelo antigo leito da ferrovia: "Por aqui, em algum
lugar, ficava a Parada Ferroviária Patos."
Parada PATOS-RJ
Município: Conceição
de Macabu-RJ
Ramal Sta. Maria Madalena - Km 274,689 (1960)
Altitude: 16
m
Estação inaugurada em: ?
Estive no local em: Ainda não visitei a Parada. Fotos do
amigo Paulo Neiva Pinheiro que visitou o local em 2022.
Uso atual: Demolida.
Situação Atual – Ramal erradicado, sem
trilhos.
Cia E. F. Barão de Araruama (1879-1890)
E. F. Leopoldina (1890-1966/67)
HISTÓRICO
DA LINHA:
Conforme
cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht...
“O Ramal que ligava Entroncamento
(Conde de Araruama) a Ventania (Trajano de Morais) teve a linha entregue em
1878 até Conceição e no ano seguinte até Triunfo (Itapuá) e Ventania, pela E.
F. Barão de Araruama. Somente em 1896, já com as linhas de posse da Leopoldina,
foi entregue a continuação até Visconde do Imbé e em 1897 a Manoel de Morais.
Antes disso, em 1891, o engenheiro Ambrosino Gomes Calaça havia aberto uma
linha entre Ventania e Santa Maria Madalena, estabelecendo outro Ramal. Logo
após a inauguração, a linha foi vendida À E. F. Santa Maria Madalena, e em 1907
à Leopoldina. Dependendo da época, a Linha Principal era Conde de
Araruama-Madalena, ou Conde de Araruama-Manoel de Morais, com o outro trecho
sendo o Ramal, ou seja, passando por baldeação ou espera em Trajano de Morais.
Em 31/08/1965, o trecho a partir de Triunfo foi suprimido para trens de
passageiros, ou seja, o entroncamento de Trajano de Morais já não era
alcançado. Em 1966 ou 1967, o que restava do Ramal acabou de vez. Ficou,
entretanto, o trecho entre Conde de Araruama e Conceição de Macabu ainda
funcionando para a Usina Victor Sence, até o início dos anos 1990. Com a sua
desativação, os trilhos foram arrancados.”
A
ESTAÇÃO:
O amigo Paulo Neiva Pinheiro percorreu o Ramal de Santa Maria Madalena em mais uma viagem de pesquisas pelos caminhos da E. F. Leopoldina. Num trabalho de verdadeira “investigação” chegou ao local da primeira Parada: Parada Patos. Segue seu relato...
“Seguindo
a quilometragem do livro G1 - Guia Geral
das Estradas de Ferro do Brasil de 1960 pelo antigo leito da ferrovia,
cheguei ao local onde existia uma Parada Ferroviária simples - PE, a Parada Patos, já demolida e sem data de
inauguração. Aconteceu que, com a construção da BR-101 e a remodelação do trevo
que liga Quissamã-RJ à Conceição de Macabú-RJ, os vestígios dessa parada
ferroviária foram destruídos. Sumiram mesmo! Até pouco tempo antes da
remodelação do trevo Quissamã x Conceição, ainda dava para ver parte dos
trilhos do antigo Ramal sob o asfalto (ver as fotos baixadas do Google Maps em 2011). Dá para ver parte dos trilhos cruzando o
antigo trevo existente nas fotos de 2011 do Google Maps. A Linha existiu aqui até o início dos anos 90, pois a Usina Victor Sence, em Conceição de
Macabu-RJ, utilizava a cana de açúcar proveniente das plantações de Conde de
Araruama - Quissamã-RJ, Macabuzinho e etc....portanto o Trem da Usina percorria
constantemente entre Conde de Araruama x Usina Victor Sence com vagões
carregados de cana, o que acabou quando a Usina decretou falência, terminando
assim o tráfego. Estive no local recentemente e não achei simplesmente “NADA” que
possa lembrar a passagem do Trem pelo local…impressionante!
Nas
últimas fotos desta postagem aparecem fotos de um acidente ocorrido em fins de 1967 no
local onde aparece um prédio que pode ter sido o prédio da Parada.”
Nas três fotos abaixo, segundo Paulo Neiva, as remodelações feitas no trevo devem ter destruído todos os
vestígios existentes da Parada Patos.
Na sequência abaixo, o antigo trevo em fotos extraídas do Google Maps em 2011, antes da remodelação do trevo. Podemos ver vestígios dos trilhos da E.F. Barão de Araruama
cruzando a BR-101 indo sentido Conde de Araruama - Quissamã-RJ.
Acidente ocorrido próximo da Parada Patos/Barro Vermelho em
fins de 1967. Teria sido esse prédio da direita o prédio da parada? (sobre as
fotos de Manoel Monachesi).
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