sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

PARADA SÃO LOURENÇO - Outra Parada Ferroviária que desapareceu com a construção da rodovia.

 Acima e abaixo, por aqui em algum local ficava a Parada São Lourenço.


A atual RJ-196, rodovia de Quissamã-RJ para Conceição de Macabu-RJ, era onde passava o Ramal. A Parada deve ter sido destruída para a sua construção.

Os dormentes jogados próximo ao local onde possivelmente ficava a Parada Ferroviária. Teriam pertencido à linha do Ramal? Boas chances!




macabuzinho

 

Parada SÃO LOURENÇO-RJ 

 

parada-patos

 

  

Município: Conceição de Macabu-RJ

Ramal Sta. Maria Madalena - Km 278,185 (1960)

Altitude: 18 m

Estação inaugurada em:  ?

Estive no local em:  Ainda não visitei a Parada. Fotos do amigo Paulo Neiva Pinheiro que visitou o local em 2022.

Uso atual: Demolida.

Situação Atual – Ramal erradicado, sem trilhos. 

 

Cia E. F. Barão de Araruama (1879-1890)

E. F. Leopoldina (1890-1966/67)




HISTÓRICO DA LINHA: 

Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht...

“O Ramal que ligava Entroncamento (Conde de Araruama) a Ventania (Trajano de Morais) teve a linha entregue em 1878 até Conceição e no ano seguinte até Triunfo (Itapuá) e Ventania, pela E. F. Barão de Araruama. Somente em 1896, já com as linhas de posse da Leopoldina, foi entregue a continuação até Visconde do Imbé e em 1897 a Manoel de Morais. Antes disso, em 1891, o engenheiro Ambrosino Gomes Calaça havia aberto uma linha entre Ventania e Santa Maria Madalena, estabelecendo outro Ramal. Logo após a inauguração, a linha foi vendida À E. F. Santa Maria Madalena, e em 1907 à Leopoldina. Dependendo da época, a Linha Principal era Conde de Araruama-Madalena, ou Conde de Araruama-Manoel de Morais, com o outro trecho sendo o Ramal, ou seja, passando por baldeação ou espera em Trajano de Morais. Em 31/08/1965, o trecho a partir de Triunfo foi suprimido para trens de passageiros, ou seja, o entroncamento de Trajano de Morais já não era alcançado. Em 1966 ou 1967, o que restava do Ramal acabou de vez. Ficou, entretanto, o trecho entre Conde de Araruama e Conceição de Macabu ainda funcionando para a Usina Victor Sence, até o início dos anos 1990. Com a sua desativação, os trilhos foram arrancados.”


A ESTAÇÃO:

O amigo Paulo Neiva Pinheiro percorreu o Ramal de Santa Maria Madalena em mais uma viagem de pesquisas pelos caminhos da E. F. Leopoldina. Num trabalho de verdadeira “investigação” chegou ao local da segunda Parada: Parada São Lourenço. Segue seu relato... 

“Segundo o livro G1 - Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960  aqui nesse local existiu uma Parada Ferroviária simples (PE), a Parada São Lourenço, que não sei a data de inauguração. Não encontrei e não conheço fotos antigas dessa parada. Ela ficava próxima a uma fazenda hoje chamada Fazenda São Luiz, onde muito provavelmente ocorria a Parada do Trem. Não sei se esta fazenda se chamava São Lourenço antes da construção da Parada, que parece ter sido construída para atender e escoar a sua produção. A Linha existiu aqui até o início dos anos 90, pois a Usina Victor Sence, em Conceição de Macabu-RJ, utilizava a cana de açúcar proveniente das plantações de Conde de Araruama - Quissamã-RJ, Macabuzinho, etc.... portanto o Trem da Usina percorria o trecho entre Conde de Araruama x Usina Victor Sence periodicamente com vagões carregados de cana para moagem, o que acabou parando quando a Usina Victor Sence decretou falência, terminando assim o tráfego ferroviário pelo local. Estive no local da Parada recentemente e não achei simplesmente ‘NADA’ que pudesse lembrar a passagem do Trem por ali. Para não falar ‘nada’, encontrei alguns dormentes jogados no chão que talvez tenham pertencido ao Ramal, algo realmente impressionante.”

Fonte: Livro G1 - Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960.


Paulo Neiva no local da antiga Parada Ferroviária São Lourenço.


A atual fazenda São Luiz teria sido a antiga fazenda São Lourenço que dava nome a parada?


Porteira da fazenda São Luiz, como é chamada hoje em dia.


Acima e abaixo, a escola abandonada. Teria sido ela testemunha ocular da passagem dos Trens pelo local?


Acima e abaixo, a principal referência e fonte de pesquisas de Paulo Neiva: Livro G1 - Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960.



Um comentário:

Anônimo disse...

Nunca imaginei que aquela região um dia teve trem. Porque nem vestígios tem. Morei perto e andava de moto para conhecer a região e nunca passou pela minha cabeça que já teve trem para esses lados.
Frederick C. Matos