quarta-feira, 9 de maio de 2012

ESTAÇÃO GUARANI - Dali partia outro Ramal da EFL para Rio Pomba.


Matéria atualizada em 14 de novembro de 2024.

Acima e abaixo, a bela Estação de Guarani em registros feitos em minha última visita à cidade em setembro de 2024. A Estação teve sua estrutura arquitetônica e urbanística tombada por decreto municipal em 2010.

Trem estacionado em frente ao Hotel Gomes, sem data definida.


Acima e abaixo, registros feitos em junho de 2022.


Abaixo, belíssima panorâmica de Guarani, onde vemos a divisão da linha logo que o Trem partia da Estação: saindo à esquerda, seguia para o Ramal de Rio Pomba e à direita, para Piarúba na linha principal para Caratinga - Foto do acervo de Clair Rodrigues.


Logo que o Trem partia da Estação de Guarani para Piraúba, passava por esta ponte. Na foto abaixo podemos observar que já estavam retirando os trilhos após a desativação da ferrovia. Nas outras duas fotos, a mesma ponte hoje, transformada em passagem rodoviária, vista nos dois sentidos.



Livro “Guarany em preto e branco”, de Luciane de Mendonça Faquini, um belíssimo resgate histórico da cidade, destacando também a importância da Ferrovia para a cidade, como os belíssimos e históricos registros fotográficos apresentados abaixo.

A Estação de Guarany antes de 1900.

Obras para melhoria da plataforma, sem data definida.

Moradores fazem recepção para Irineu Machado, que visitou a cidade em campanha para a eleição de Rui Barbosa à Presidência em 1910.

Trem chega à Estação de Guarani depois de deixar Furtado de Campos com destino a Piraúba.


Abaixo, duas belas contribuições do amigo Leandro D’Ornellas, nascido em Guarani.









Estação GUARANI




De Guarani para o Ramal de Rio Pomba




Linha de Caratinga – Km 252,984 (1960).
Altitude: 400m.
Estação inaugurada em: 15 de junho de 1883.
Estive no local em: Junho de 2012; agosto de 2013; maio de 2018; junho de 2022 e em setembro de 2024.
Uso atual:  Centro Cultural e Agência da Caixa.

Situação Atual – Trecho declarado erradicado e sem trilhos.

Cia. União Mineira (1879-1884)
Cia. E. F. Leopoldina/Leopoldina Railway (1884-1950)
E. F. Leopoldina (1950-1975)
RFFSA (1975-1994)




HISTÓRICO:

Depois de deixarmos para traz o triângulo de Furtado de Campos e o que sobrou da Estação de Tupi, chegamos a Estação de Guarani, na cidade de mesmo nome, onde encontramos um novo triângulo, pois Guarani era o ponto de partida para o Ramal de Rio Pomba.

Em Guarani, podemos perceber que a linha férrea passava às margens da cidade quando a mesma foi inaugurada em 1883 pela antiga Cia. União Mineira, sendo incorporada, com a linha à E. F. Leopoldina em 1884.
Hoje, apesar de a área urbana ter avançado em direção e além da Estação, esta fica à parte da área central e mais populosa da cidade, diferente de São João Nepomuceno, Bicas e Pequeri, por exemplo, onde a ferrovia cortava toda a extensão da cidade e tinham suas Estações localizadas bem no centro.

Em 1886, foi aberto ao tráfego o Ramal de Rio Pomba, que saía da Estação de Guarani tendo entre as duas Estações a Parada Passa Cinco, ramal este suprimido em maio de 1965. 



Abaixo, a Estação de Guarani em 1908, belíssima foto extraída do Livro "Município de Guarani - Esboço Histórico e Cronológico", de Pedro de Abreu.

Acima e abaixo, a Estação de Guarani "ontem & hoje", vendo-se a Casa Três Irmãos na extremidade direita das fotos.



A ESTAÇÃO:

A antiga Estação de Guarani - tombada como Patrimônio Histórico Municipal em 2010 - mantém suas características originais e já foi utilizada como rodoviária municipal, transferida para outro local. 
Hoje foi transformada em um belo Centro Cultural com destacado espaço destinado a eventos que resgatam a história e a cultura da cidade. Em minha visita a este espaço cultural em 2022 fui muito bem recebido por Márcia Góes, que trouxe boas notícias sobre as novas atividades que vem ocorrendo por lá. 

Em meu retorno a Guarani em 2024, tive a grata oportunidade de visitar a Secretaria de Educação e Cultura, sendo mais uma vez muito bem recebido. Na oportunidade, foi-me apresentado o belíssimo Livro “Guarany em preto e branco”, de Luciane de Mendonça Faquini, um belíssimo resgate histórico da cidade, destacando também a importância da Ferrovia para a cidade, como os belíssimos e históricos registros fotográficos. Minha empolgação foi tanta que acabei me esquecendo de anotar o nome da atenciosa funcionária, que me recebeu com extrema atenção e carinho. Fica aqui o meu pedido de desculpas. Caso a mesma leia esta matéria, peço que entre em contato comigo pelo e-mail da página para acrescentar seu nome aqui. 

Na antiga Estação também funciona uma agência da CAIXA. 

Logo que o Trem partia da Estação existia uma saída à esquerda onde tinha início o Ramal de Rio Pomba. Seguindo à direita o Trem ia direção a Piraúba pelo tronco principal - Linha de Caratinga - passando por uma bela ponte, hoje transformada em passagem rodoviária. 
Como a ponte, o antigo leito foi pavimentado e aproveitado como via de acesso à rodovia que liga Guarani a Piraúba.


Abaixo, mais uma belíssima panorâmica da Estação de Guarani, do acervo de Clair Rodrigues - restauração fotográfica: Amarildo Mayrink.



Abaixo, a porta de acesso ao Centro Cultural, onde na data de minha última visita estava acontecendo uma Exposição Fotográfica resgatando 40 anos de história do Grupo Teatro de Câmara de Guarani.

Abaixo, belo registro da passagem do Trem por Guarani, do acervo de Hugo Caramuru - restauração fotográfica: Amarildo Mayrink.

Abaixo, mais seis registros feitos em minha visita a Guarani em junho de 2022.








Abaixo, mais cinco belíssimos e históricos registros fotográficos apresentados no Livro “Guarany em preto e branco”, de Luciane de Mendonça Faquini, um belíssimo resgate histórico da cidade.

Em 1º de janeiro de 1927, um grande desastre ocorreu no km 102 da Leopoldina Railway, no trecho entre as Estações de Guarani e Tupi. Na época chovia muito, e os trilhos estavam cobertos pelas águas. O maquinista não percebeu que o pontilhão fora arrancado pela enchente e prosseguiu pelo caminho. O noturno, que seguia em direção ao Rio de Janeiro, tombou no barranco com toda a composição. Apenas o vagão-dormitório permaneceu nos trilhos. Segundo um jornal da época não houve mortes. Mas o ex-ferroviário Darcir Rocha Campos narra que o maquinista que o maquinista não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer mais tarde.

Trabalhadores retiram terra que deslizou sobre os trilhos, formando uma barreira no km 252. A Locomotiva ficou retida por 19 dias na região em 1927.


Maquinista na Estação de Guarany em 1961.


Locomotiva 315 da Leopoldina estacionada bem em frente ao campo do Guarany Futebol Clube.


Na janela do trem, Lora se despede de Tânia Simões, Ziloca e Aheissom.


Abaixo, três registros feitos em maio de 2018.




Abaixo, quatro registros que fiz em junho de 2012.








Natural de Guarani, o amigo Helder S. Vidal nos enviou por e-mail várias fotos que resgatam mais um pouco da história da passagem da ferrovia por aquela cidade.
Ao conhecer nosso site, Helder nos escreveu se mostrando muito feliz por ver um dos mais importantes momentos da história de Guarani sendo resgatado e nos presenteou com suas belíssimas fotos apresentadas nesta matéria.
Agradecemos ao amigo Helder pela valiosa contribuição.


Abaixo, quatro belíssimos registros da passagem dos Trens por Guarani, do acervo de Helder S. Vidal - restaurações fotográficas: Amarildo Mayrink.

Na foto abaixo, o ponto exato onde a linha se dividia: logo que o Trem partia da Estação de Guarani, seguia à esquerda para o Ramal de Rio Pomba; à direita, seguia para Piarúba na Linha de Caratinga, a Linha principal - Foto do acervo de Helder S. Vidal.



Registro que nos remete ao início da década de 1900. 


Outro belo registro, vendo-se a Casa Três Irmãos na extremidade direita da foto.




Abaixo, três registros que fiz em agosto de 2013.




Abaixo, registro fotográfico da construção da Ponte Ferroviária. 
Trabalho de restauração fotográfica - Amarildo Mayrink.

A mesma ponte hoje usada como passagem rodoviária.




Registros da construção da ponte unindo as duas partes da cidade (o centro à Estação Ferroviária), - Foto extraída do livro "Município de Guarani - Esboço Histórico e Cronológico", de Pedro de Abreu.

Trabalho de restauração fotográfica - Amarildo Mayrink.



Abaixo, a ponte já pronta.



Abaixo, saindo da Estação de Guaranio ponto onde a linha se dividiasaindo à esquerda, seguia pelo Ramal de Rio Pomba e à direita, para Piarúba na Linha de Caratinga, a Linha principal.


4 comentários:

Anônimo disse...

Linda história, lindo acervo fotográfico. Parabéns pelo trabalho!
Marco Antônio Chaves de Oliveira

Anônimo disse...

Trabalhei aí nessa estação!
Beto da Rosa

Anônimo disse...

As estradas de ferro sofreram duro golpe com a extinção de vários ramais por conta de uma política prejudicial.
Antônio Augusto Fonseca

Anônimo disse...

Guarani é uma Cidade muito bonita e nela tem um povo muito acolhedor.
Marco Antônio Francisco