Matéria atualizada em 13 de julho de
2023.
Acima e na sequência abaixo, a antiga
Estação Ferroviária de Dona Emília em março de 2023, muito bem cuidada sendo usada como moradia familiar.
Estação DONA EMÍLIA
Município: Porciúncula-RJ
Linha de Manhuaçú – Km 405,251.
Altitude: 202m.
Estação inaugurada em: Sem informação.
Estive no local em: Março de 2019 e junho de 2023.
Uso atual: Em 2023, residência familiar.
Situação Atual – Trecho declarado erradicado e sem trilhos.
E. F. Leopoldina (n/d-1975)
RFFSA (1975-1979)
HISTÓRICO:
Mais um gratificante reencontro! É o
que posso dizer sobre minha chegada à Parada
Dona Emília, pois encontrei-a ainda mais bela que em 2019, quando visitei a
antiga Estação pela primeira vez!
Em 2019 também foi uma grande e agradável
surpresa encontrá-la e saber que ela ainda estava de pé! É que
para muitos ela não existia mais – teria
sido demolida.
Ao sair de Antônio Prado de Minas-MG, a
próxima parada do Trem era na “Parada Dona Emília”, localizada na pequena
comunidade rural de mesmo nome pertencente ao município de Porciúncula-RJ. Hoje
a comunidade - bem como a Estação -
fica localizada à beira da rodovia, do lado esquerdo sentido a Porciúncula.
Ela fica “bem escondidinha” entre
árvores e arbustos no meio da vila e em junho de 2023 estava realmente muito
bem cuidada, limitada por muros e portões sendo usada como moradia familiar.
Mesmo assim foi possível realizar belos registros.
A ESTAÇÃO:
“A parada de Dona Emília tinha o
nome dado pela Leopoldina em homenagem à proprietária de uma sesmaria de terra
tão extensa, que mereceu sua construção em suas terras. Segundo Ulrike Mätje,
alemã casada com um bisneto da família Coelho Bastos, proprietários de fazendas
de café na região, Emília era o nome da bisavó de seu esposo. Muito
provavelmente esta estação recebeu o nome dela, pois estava em terras dos
Coelho Bastos.
Em 22/01/1979, foi suprimido pela
RFFSA o trecho entre Porciúncula e Cisneiros, fechando de vez a estação. Os
trens de passageiros, entretanto, já não corriam desde 1977. Em 1976, os trens
já não paravam mais em Dona Emília.”
Acima, a capela da pequena comunidade rural do município de Porciúncula.
HISTÓRIAS:
Para nós, que nos dedicamos a resgatar uma história tão importante como a da Estrada de Ferro Leopoldina, é extremamente gratificante saber que uma aparentemente "simples postagem" pode provocar grandes e belas lembranças; reviver belas histórias, como a de Carlos Cavalheiro:
“Parada Dona Emília.
A sua construção foi autorizada pelo
proprietário desta terra e em agradecimento foi dado o nome sua esposa Emília.
Esta é a lenda! Em 1950 o Deputado Federal Carlos Pinto Filho casou suas filhas
em uma monstruosa festa. O trem que passava parou na parada e todos desceram
para participar da festa. Está história passou de pai para filho. Foi quando
entrei na história quando chegou a mim, não por acaso, já que sou um dos filhos
de uma das filhas - Olneida. Por sinal, minha parada de desembarque.”
Na sequência abaixo, a Estação de Dona Emília em minha primeira visita, em março de 2019, quando já estava sendo usada como moradia familiar.
Por fim, a Estação de Dona Emília em belo registro de Carlos Carvalho, anterior à minha primeira visita em março de 2019.
5 comentários:
A alguns anos tentei fotografar a Estação Poço Fundo em Itaperuna mas não me deixaram entrar na fazenda e não pude sequer constatar se ainda estava de pé, sendo que a Estação Bananeiras e a Parada Serraria ainda estão de pé.
Além disso, a anos busco fotos da 2ª Estação de Itaperuna que ficava localizada na Avenida Presidente Vargas onde hoje está a Estação Rodoviária mas ainda não tive sucesso.
Boa sorte para você.
Cesar Quelhas.
Parabéns amigo pelo excelente trabalho mostrando as estações da EFL. Isto nos trás muitas saudades dos tempos em que vivemos e também por termos conhecido elas nos tempos em que a EFL passava nestes locais. Saudades é o que tenho, muitas.
Paulo César Pereira.
É um prazer imenso ler esses saudosos relatos. Belas fotos!
Jair Dias.
Uau, conheço essa região por ali quase toda, não imaginava que a estação de Dona Emilia ainda estava de pé, foi muito gratificante em saber dessa...Parabéns pelo resgate das memórias da ferrovia em nossa cidade e região.
Parada Dona Emília.
Sua construção foi autorizada pelo proprietário desta terra e em agradecimento foi dado o nome sua esposa Emília. Está é a lenda!
Em 1950 o Deputado Federal Carlos Pinto Filho casou suas filhas em uma monstruosa festa. O trem que passava parou na Parada Dona Emília e o todos desceram para participar da festa. Está história passou de pai para filho. Foi quando entrei na história quando chegou em mim, não por acaso, já que sou um dos filhos de uma das filhas - Olneida. Por sinal minha parada de desembarque.
Carlos Cavalheiro.
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