POSTO TELEGRÁFICO DE RIBEIRO JUNQUEIRA - Pequena Estação abandonada próxima ao Distrito de mesmo nome.

Matéria atualizada em 07 de janeiro de 2025.

Acima e nas fotos abaixo, o Posto Telegráfico já inativo em 2012.

Acima e abaixo, em minha visita ao Posto Telegráfico, tive a sorte de encontrar com a Locomotiva 7062 da FCA, ainda na pintura alaranjada.

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Estação POSTO TELEGRÁFICO RIBEIRO JUNQUEIRA

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Município: Leopoldina
Ramal – Linha do Centro - Km não informada.

Altitude: Não informada.

Estação inaugurada em: 1970.

Estive no local em: 22 de julho de 2012.

Uso atual: Fechada.

Situação Atual – Trecho com tráfego suspenso, aguardando liberação para funcionamento do Trem Turístico Rio-Minas.

E. F. Leopoldina (1970?-1975)

RFFSA (1975-1996)

HISTÓRICO DA LINHA:

O trecho entre Porto Novo do Cunha, ponta do ramal de Porto Novo da EFCB em 1871, e a cidade de Ubá foi a própria origem da E. F. Leopoldina. O primeiro trecho foi aberto em 1874, de Porto Novo a Volta Grande, e no ano seguinte os trilhos já chegavam a Santa Izabel (Abaíba). Em 1879, a estrada já atingia Ubá, passando por Cataguazes, e tendo um ramal para a cidade de Leopoldina, esta sim, a origem do nome da ferrovia.

Em Ubá, a Linha do Centro se juntava com a Linha Três Rios-Caratinga. A partir daí, com a compra de outras ferrovias e diversos prolongamentos em várias linhas, a Leopoldina se desenvolveu até ter uma das maiores malhas ferroviárias do País, entrando pelo Estado do Rio de Janeiro, atingindo a então capital federal e também chegando a Vitória, no Espírito Santo. A linha-mestra foi chamada de Linha do Centro e vinha da cidade do Rio de Janeiro por Petrópolis, e mais tarde pela Linha Auxiliar da EFCB, que nos anos 60 acabou por ser incorporada à rede da Leopoldina. Em 1971, a Leopoldina desapareceu, incorporada de vez pela RFFSA e hoje, mais da metade da sua antiga malha viária está desativada. A Linha do Centro permaneceu por mais um tempo somente para cargueiros no transporte de bauxita no trecho entre Cataguazes e Três Rios passando pelo Posto Telegráfico Ribeiro Junqueira, enquanto que os trens de passageiros que por ali passavam já não existem desde os anos 1970.

 

A ESTAÇÃO:

Quando visitei o antigo Posto Telegráfico de Ribeiro Junqueira em julho de 2012, o prédio encontrava-se abandonado, apesar de ainda estar em condições de ser recuperado sem maiores dificuldades, pois trata-se de um prédio de linhas modernas, se comparado com as demais Estações da antiga EFL. Na época de minha visita, o local era utilizado apenas para pequenas manobras dos trens de bauxita da FCA, já que em frente ao antigo Posto Telegráfico encontra-se um trecho de linhas paralelas.

Segundo Claudio Gil, amigo e grande colaborador de nossa página, a pequena Estação foi feita quando começou a circular a bauxita, fazendo também mais uma linha para cruzamento. Era chamada de "Ribeiro Junqueira 2", mas logo ficou inoperante e abandonada. 

No dia que fiz as fotos apresentadas nesta matéria, quando retornava de Recreio passando pelo distrito de Ribeiro Junqueira, chegando no antigo Posto Telegráfico tive a felicidade de encontrar uma Locomotiva da FCA aguardando liberação para continuar viagem, compondo o cenário tornando ainda mais belas as fotos.

Nas fotos abaixo, o Posto Telegráfico já inativo em 2012.

A bela Locomotiva 7062 da FCA, ainda na pintura alaranjada.

ESTAÇÃO SERENO - Pequeno Distrito do Município de Cataguases.

Matéria atualizada em 13 de maio de 2023.

Acima e nas quatro fotos abaixo, a Estação de Sereno em minha última visita, em março de 2023.

Acima, raro e importantíssimo registro da Estação de Sereno na época da ferrovia ainda em atividade onde é possível ver - lá no fundo - a saída à esquerda para Miraí no Triângulo de Manobras. Do acervo de Clair Rodrigues – restauração fotográfica Amarildo Mayrink.

Abaixo, a belíssima Tela inspirada na foto acima, apresentada por Milton Miranda.

Abaixo, a Estação de Sereno nos dias atuais.

Com a sempre valiosa contribuição de Hugo Caramuru, a Estação de Sereno "ontem & hoje".

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Estação SERENO

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De Sereno para o Ramal de Santana de Cataguases.

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Município: Cataguases.

Ramal De Miraí – Km 357,441.

Altitude: 216m.

Estação inaugurada em: 1895.

Estive no local em: maio de 2012 e em março de 2023.

Uso atual: Centro Cultural Comunitário.

Situação Atual – Trecho declarado erradicado. Sem trilhos.

E. F. Cataguazes (1895-1903)

E. F. Leopoldina (1903-1967)

HISTÓRICO: 

“Os dois ramais - o de Mirahy partindo de Cataguazes e o de Santana de Cataguazes, que partia de Sereno no primeiro Ramal - foram abertos em 1895 pela E. F. Cataguazes, empresa que foi incorporada à Leopoldina em 26 de março de 1903. O Ramal de Santana de Cataguazes - ainda se escrevia com "z" - foi suprimido em 10 de abril de 1965 e o Ramal de Mirahy, em 31 de março de 1967 (www.estacoesferroviarias.com.br/efl_ramais_1/sereno.htm)

  

A ESTAÇÃO:

Partindo de Cataguases sentido a Mirahy, após o Trem passar pela pequena Estação de São Diniz,  chegava-se à Estação Sereno, onde se encontrava o Triângulo que dividia o Ramal num trecho de maior extensão para Mirahy e para um novo Ramal até o Município de Santana de Cataguases.

Localizada no pequeno Distrito de mesmo nome pertencente ao Município de Cataguases, foi uma grande alegria encontrar a Estação em excelente estado de conservação em minha primeira visita, em maio de 2012. Em meu retorno, em março de 2023, encontrei a Estação ainda em bom estado de conservação, tudo graças à criação e efetiva atuação do DEMPHAC – Departamento Municipal do Patrimônio Histórico e Artístico de Cataguases - quando foram realizadas amplas reformas e o tombamento como Patrimônio Histórico em todas as Estações da antiga Estrada de Ferro Leopoldina na área do Município com o objetivo de usar estes prédios para o desenvolvimento de diversos projetos culturais; como em Sereno, onde funciona o Centro Cultural Laurentina Vaz Cruz – Dna. Tina.

  

Abaixo, graças à valiosa contribuição de Luiza Helena R. M., a localização exata do Triângulo de manobras das Locomotivas onde o Ramal de Mirahy saía para a esquerda. À direita, tinha início o Ramal de Santana de Cataguases.

GRATIFICANTE SURPRESA:

Num destes acontecimentos gratificantes, logo após realizar a postagem sobre a Estação de Santana de Cataguases, em junho de 2012, encontrei o comentário da leitora Luiza Helena R. M. naquela matéria trazendo bela história sobre os Ramais, especialmente sobre a Estação Sereno, com informações bem interessantes. Segue seu relato:

“Lembro-me que o trem vinha de Cataguases, já com um vagão que, ao chegar a Sereno, seguiria direto para Santana. Na volta, vindo já lotado de Santana, chegava em Sereno e seguia para Cataguases. Ou seja, não eram todos os passageiros que precisavam baldear em Sereno, pois ao sair de Cataguases, os passageiros para Santana já tomavam o vagão específico que iria até Sereno.

O que ocorria é que em Sereno:

01 - A linha única vinda de Cataguases se bifurcava em duas, pouco depois da Estação.

02 - Próximo à Estação, havia um Triângulo de Reversão da direção das máquinas;

03 - Uma locomotiva a mais sempre aguardava de dia em Sereno, a chegada dos vagões compostos vindos de Cataguases com uma só máquina: Um ou mais vagões rumo a Miraí e outro, normalmente um apenas, rumo à Santana. 

04 - A máquina ao chegar de Cataguases, seguia mais à frente um pouco para uma das linhas ramais, normalmente já com seu vagão; e a outra máquina que permanecera aguardando em Sereno vinha até a Estação, onde era engatado ao vagão de passageiros para continuar a viagem.

05 - Havia em Sereno um grande galpão para guardar a máquina durante o dia, próximo à Estação. Era bem coberto de telhas, onde as andorinhas à tardinha gostavam de vir para passar a noite." 

Pois é... graças a este relato, em minha segunda visita à Estação Sereno, procurei a localização exata do Triângulo de Manobras das Locomotivas e de divisão dos Ramais, conforme as fotos apresentadas abaixo:

Na seqüência abaixo, registros da Estação de Sereno feitos em minha primeira visita, em maio de 2012.

Por fim, mais dois registros feitos em março de 2023.

Registro fotográfico de um dos mais famosos acidentes ferroviários de nossa região, num dos cenários mais belos da E. F. L.

Recebi do amigo Edson Honorato e-mail com fotos raríssimas que registram um dos maiores e mais famosos acidentes ocorridos em nossa região. Trata-se do descarrilhamento de toda uma composição que tombou dentro do Rio Novo, próximo à cabeceira da ponte existente entre as Estações de Furtado de Campos e São João Nepomuceno, divisa deste com o município de Rio Novo, um dos mais belos cenários da Estrada de Ferro Leopoldina.

Abaixo, o relato do Edson e as fotos que nos enviou:

“Caro amigo!.

Tudo o que sabemos devemos passar para o nosso próximo e nisso acho que pensamos da mesma forma. Praticamente por toda a minha juventude vivi às margens da E. F. Leopoldina aqui no Rio de Janeiro onde resido e por essa razão tenho preferência por ela (Leopoldina). Gosto do trabalho de campo da forma que você fez em relação às fotos da serra de BICAS (Estação de Telhas).

Por isso, hoje irei reportar-me às cenas do desastre registrado nas três primeiras fotos abaixo em que, segundo informações um tanto contraditórias, teria ocorrido em 24 de dezembro de 1945. Na madrugada daquele dia uma composição com carga diversa com destino a São João Nepomuceno perdera o freio e em conseqüência precipitou-se no rio cujo nome é Rio Novo. Do triste fato faleceu apenas o maquinista, visto que o foguista conseguiu pular da composição a tempo.

Como também gosto do trabalho de campo, na última vez que estive em Bicas refiz aquele trajeto, quando tirei as duas últimas fotos onde é possível perceber o declive acentuado do terreno por onde a composição passou já sem freios, a beleza natural do lugar e a qualidade da foto (modéstia à parte) da ponte que, apesar de nos trazer tristes lembranças, é um lugar realmente lindo.”

O mais interessante é que, alguns dias antes do Edson me enviar estas fotos, estive no mesmo local para fotografar este que é um dos mais belos cenários da antiga estrada de ferro que visitei até o momento, como pode ser visto nas fotos abaixo: