Acima, registro de como era a Estação, ainda com os trilhos.
Abaixo, a triste comprovação do abandono de um Patrimônio
Ferroviário, por Da Silva Junior.
Aqui já é a Serra do Soturno, onde o trem passava ao partir da Estação Ferroviária de Cobiça da Leopoldina em direção a Vitória.
Abaixo, Da Silva Junior no que sobrou da Estação de Cobiça da Leopoldina, em agosto de 2022.
Abaixo, Paulo Neiva Pinheiro no que sobrou da Estação de Cobiça da Leopoldina, em maio de 2022.
Estação COBIÇA DA LEOPOLDINA-ES
cachoeiro-do-itapemirim
Município: Cachoeiro do Itamemirim-ES
Linha Do Litoral - Km 487,931 (1960)
Altitude: 87 m
Estação inaugurada em: ?
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos dos amigos Da Silva Junior e Paulo Neiva Pinheiro.
Uso atual: Abandonada. Os trilhos foram roubados.
Situação Atual – Tráfego suspenso. Trilhos roubados no trecho.
E. F. Leopoldina ( ?-1975)
RFFSA (1975-1996)
FCA (1996 - ...)
HISTÓRICO DA LINHA:
Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht... “O que mais tarde foi chamada "Linha do Litoral" foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia construído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim, foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. No início dos anos 80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória. A partir de 1996 a linha funcionou para cargueiros por mais alguns anos sendo operada pela FCA. ”
A ESTAÇÃO:
Contando mais uma vez com as sempre importantes contribuições de Da Silva Junior e de Paulo Neiva Pinheiro, chegamos à Estação Cobiça da Leopoldina.
Da Silva Junior esteve na Estação de Cobiça da Leopoldina em agosto de 2022 e traz seu relato...
“Fundada
em 1907 pela Cia Leopoldina Railway Company, fala-se que ela recebeu este nome
devido à ‘cobiça’ que a Leopoldina tinha pelas plantações de café. Carregava-se
de tudo, desde que se pagasse a passagem, em composições pequenas e mistas. Com
a criação de novos Ramais, a Estação passou a ser a bifurcação dos Ramais Sul
do ES; Ramal de Castelo e Ramal Rio de Janeiro, por onde se entrava na cidade de
Cachoeiro. Quando retiraram os trilhos de Cachoeiro em 1995 ela perdeu seu
valor, pois a variante que passava a 50m ficou sem uso. Seu triste fim foi decretado em 2010, quando todos os trilhos foram furtados de seu Pátio, tudo
arrancado. Hoje a Estação está bem precária, totalmente abandonada.”
Paulo Neiva Pinheiro esteve na Estação de Cobiça da Leopoldina em maio de 2022 e traz seu relato...
“A Estação de Cobiça não tem data de inauguração conhecida. Também foi chamada de Cobiça da Leopoldina. Já estava abandonada em 2013, quando seu único desvio estava sendo retirado. Em 2022 estava ainda mais abandonada e bem deteriorada, com tanto mato em volta que até para fotografá-la era difícil. A partir de Cobiça se inicia uma subida de 700m de altitude por 50 km de ferrovia até Ipê-Açu, algumas Estações mais à frente e ponto mais alto daquele trecho. De Cobiça também tinha início a subida até o famoso viaduto do Peregrino, de onde se tem uma vista maravilhosa para todo o vale abaixo. Dela também se iniciava a subida por uma extensa cadeia montanhosa com trilhos espetados nas rochas, diversos túneis e pontilhões até a Estação de Vitória-ES, passando por diversas localidades e cidades. Uma belíssima serra, verdadeira obra de arte da engenharia da época. Simplesmente sensacional e deveras impressionante. Percorri a maioria deste trecho e todos impressionam muito.”
Na sequência abaixo, a Estação completamente abandonada. "Se continuar nesse ritmo,
em breve teremos somente ruínas", por Paulo Neiva Pinheiro.
Para Paulo Neiva, uma casa que possivelmente pode ter servido ao Agente da Estação. "Pela distância da Estação e pelo estilo arquitetônico, faz sentido".
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