quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Estação PARADA PONTILHÃO DO ARCO - Mais uma descoberta na Linha do Litoral.

Acima, a entrada da Fazenda onde está o pontilhão, local onde existia a antiga Parada.


Encontrei o pontilhão - com dois arcos - que dava o nome à Parada; dá nome à localidade e dá nome também à fazenda nas proximidades.

Nas três fotos abaixo, o provável local da Parada já demolida.




Nas duas fotos abaixo, a Capelinha da Fazenda Pontilhão do Arco em belíssimo cenário.


Entrada da Fazenda que adotou o nome da antiga Parada Ferroviária.





Estação PARADA PONTILHÃO DO ARCO


murundu



Município: Campos dos Goytacazes-RJ

Linha Do Litoral - Km 369,852 (1960)

Altitude: 71 m

Estação inaugurada em: ?

Estive no local em:  Ainda não visitei a Estação. Fotos do amigo Paulo Neiva Pinheiro.

Uso atual: Demolida. 

Situação Atual – Tráfego suspenso. Parte dos trilhos ainda estão por lá, mas o saque é evidente.


E. F. Leopoldina ( ?-1975)

RFFSA (1975-1996)

FCA (1996 - ...)




HISTÓRICO DA LINHA: 

Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht...  “O que mais tarde foi chamada "Linha do Litoral" foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia construído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim, foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. No início dos anos 80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória. A partir de 1996 a linha funcionou para cargueiros por mais alguns anos sendo operada pela FCA. ”


A ESTAÇÃO:

Contando mais uma vez com as sempre importantes contribuições em fotos de Paulo Neiva Pinheiro, chegamos à Estação Parada Pontilhão do Arco na Linha do Litoral


Paulo Neiva Pinheiro esteve na Estação Parada Pontilhão do Arco em  2021 trazendo seu relato...

“A Parada Ferroviária Pontilhão do Arco existente era para embarque não só de pessoas, mas também de produtos agrícolas provenientes de uma grande fazenda na localidade (Fazenda Pontilhão do Arco) próximo à Santa Bárbara, em Campos dos Goytacazes-RJ. Não foi possível encontrar muita coisa dessa PE. Parece que demoliram a sua pequena plataforma de embarque, restando apenas destroços do que um dia foi uma plataforma.  Mas consegui encontrar o pontilhão (com dois arcos) que dava o nome à Parada; dá o nome à localidade e dá o nome também da fazenda nas proximidades. Infelizmente podemos constatar que estão saqueando a Linha do Litoral também nesse trecho, o que é uma grande perda para nossa história e para o patrimônio ferroviário. Não sei o ano de sua construção nem o de sua demolição, tão pouco a empresa que a construiu. Desconfio ter sido a Cia. Leopoldina Railway. No Livro Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960 podemos ver ela listada no KM 369,852 km.”


Página do livro "Guia das Estradas de Ferro do Brasil de 1960" onde vemos a parada grifada em vermelho.


A bela Capelinha da Fazenda.

Bem próximo às ruínas da parada tem esses trilhos fincados.


Na sequência abaixo, o local onde mais achei pedras espalhadas. Possivelmente a pequena plataforma de pedra e cimento era aqui.





Na sequência abaixo, o saque vem ocorrendo com força no local. Os ladrões não estão para brincadeira. Estão roubando a nossa história. 





Sinais de roubo recente. Provavelmente saquearam a linha na noite anterior à minha visita.



terça-feira, 28 de outubro de 2025

ESTAÇÃO SANTA BÁRBARA - Prédio totalmente desfigurado transformado em igreja.

Acima, belíssimo e histórico registro da Estação Santa Bárbara.

Nas duas fotos abaixo, a desfiguração do prédio histórico. Na primeira foto feita em 2021, ainda existiam os trilhos da Linha do Litoral, que simplesmente desapareceram na segunda foto feita em 2025, com a construção de muros e portões em grades de ferro.

Em 2007, Carlos Latuff já havia registrado o início da "desfiguração" do Patrimônio Histórico.

Outro registro de Paulo Neiva Pinheiro feito em 2021, quando os trilhos ainda estavam lá.



Acima, outro belo e histórico registro da Estação Santa Bárbara e seu pátio ferroviário. Abaixo, o prédio desfigurado em 2021.

Abaixo, a completa descaracterização da antiga Estação Santa Bárbara. 



Acima, mais um belo e histórico registro da Estação Santa Bárbara. Abaixo, num ângulo aproximado, Da Silva Junior também registrou a desfiguração do Patrimônio Histórico em 2025.


Paulo Neiva Pinheiro diante da desfiguração do Patrimônio Histórico em 2021.




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Estação SANTA BÁRBARA


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Município: Campos dos Goytacazes-RJ

Linha Do Litoral - Km 372,228 (1960)

Altitude: 80 m

Estação inaugurada em: 10 de agosto de 1878

Estive no local em:  Ainda não visitei a Estação. Fotos dos amigos Paulo Neiva Pinheiro; Da Silva Junior; Carlos Latuff e Hugo José Nascimento.

Uso atual: Igreja evangélica. 

Situação Atual – Tráfego suspenso. Em 2021 os trilhos ainda estavam por lá. Em 2025, sumiu tudo.


E. F. Leopoldina (1878-1975)

RFFSA (1975-1996)

FCA (1996 - ...)



HISTÓRICO DA LINHA: 

Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht...  “O que mais tarde foi chamada "Linha do Litoral" foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia construído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim, foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. No início dos anos 80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória. A partir de 1996 a linha funcionou para cargueiros por mais alguns anos sendo operada pela FCA. ”


A ESTAÇÃO:

Contando mais uma vez com as sempre importantes contribuições em fotos de Paulo Neiva Pinheiro e de Da Silva Junior, chegamos à Estação Santa Bárbara na Linha do Litoral


Paulo Neiva Pinheiro esteve na Estação Santa Bárbara em  2021 trazendo seu relato...

“A Estação de Santa Barbara foi aberta pela E. F. Carangola em 1878. Em 1890 foi absorvida com a ferrovia pela Leopoldina. Em 2021 o prédio abrigava uma igreja evangélica da Assembleia de Deus. Isso mesmo! Foi nisso que a Estação de Santa Bárbara se tornou. Do dístico original não restou sequer vestígios do nome da Estação. Foi pintada pelos religiosos com uma cor horrível. Enquanto em 2007 o prédio ainda se parecia com a velha Estação, em 2021 ele estava completamente descaracterizado e pintado com uma cor extremamente berrante. Pelos prédios existentes na localidade, próximos da Estação, podemos ver o quão próspera ela era nos tempos áureos da ferrovia, que devia escoar toda a produção agrícola produzida ao seu redor, em especial o café.”


Da Silva Junior esteve na Estação Santa Bárbara em  2025 trazendo seu relato...

“A Estação de Santa Barbara foi aberta pela E. F. Carangola em 1878. Em 1891 foi absorvida com a ferrovia pela Leopoldina. Já em 2007 o prédio abrigava uma igreja evangélica da Assembleia de Deus, mas ainda lembrava a velha Estação. Em 2012, o prédio já estava completamente descaracterizado. Visitei a antiga Estação em 2025 e o que encontrei foi desanimador. O prédio ainda mais descaracterizado, cercado por portões em grades de ferro e um grande muro sobre a antiga plataforma, tornando ainda mais difícil identificar a antiga Estação. E a história vai se perdendo.”



Mais um registro de Carlos Latuff feito em 2007, destacando o início da "desfiguração" do Patrimônio Histórico.


Na sequência abaixo, registros de Paulo Neiva Pinheiro feitos em 2021, quando os trilhos ainda estavam lá.









Na sequência abaixo, registros de Da Silva Junior feitos em 2025, com a desfiguração total do prédio histórico e a completa retirada dos trilhos.







Na sequência abaixo, registros de Paulo Neiva Pinheiro feitos em 2021, onde ele destaca os prédios históricos remanescentes dos áureos tempos da ferrovia.











Em sua visita em 2025, os prédios históricos remanescentes dos áureos tempos da ferrovia também despertaram o interesse de Da Silva Junior.