quinta-feira, 27 de junho de 2024

ESTAÇÃO CACHOEIRAS DE MACACU - Estação referência na Linha do Cantagalo.

 Belo registro dos tempos em que a Estação de Cachoeiras de Macacu chamava-se apenas “CACHOEIRAS”.


Belíssimo registro do acervo do IPHAN mostrando as Oficinas Ferroviárias de Cachoeiras de Macacu.


Outro belíssimo registro: uma Locomotiva estacionada ao lado da Estação de Cachoeiras de Macacu, do acervo de Marcelo Lordeiro.


Acima, vista aérea da Estação e das Oficinas de Cachoeiras de Macacu, do acervo da AFMB.


A Locomotiva no pátio das Oficinas de Cachoeiras de Macacu.


A Estação de Cachoeiras de Macacu em belo registro do acervo de Marcelo Lordeiro, foto de Guido Motta.


Desfile cívico no centro da cidade, ao lado do SENAI e das Oficinas Ferroviárias, do acervo da AFMB.



Acima, importante registro do SENAI, que formava os futuros artífices para trabalhar nas Oficinas Ferroviárias. A Escola Profissionalizante também fazia parte do complexo ferroviário de Cachoeiras de Macacu, do acervo da AFMB.


O Trem passando pelo centro de Cachoeiras de Macacu, do acervo da AFMB.

Graças também à valiosa contribuição de Gabriel Paulino – da AFMB, foi possível realizar a publicação desta matéria.




boca-do-mato

  valerio

 

Estação CACHOEIRAS DE MACACU

Antiga CACHOEIRAS

japuiba

 

 Município: Cachoeiras de Macacu-RJ

Linha do Cantagalo - Km 114,948 (1960)

Altitude: 48m

Estação inaugurada em: 23 de abril de 1860.

Não estive no local:  Fotos cedidas pelo IPHAN e pela A F M B – Associação Ferroviária Melhoramentos do Brasil.

Uso atual: Demolida.

Situação Atual – Erradicado e sem trilhos. 

E. F. do Cantagalo (1860-1887)

E. F. Leopoldina (1887-1973)






HISTÓRICO:

A Estação de Cachoeiras de Macacu fazia parte da Linha do Cantagalo, que tinha início na Estação de Porto das Caixas e seguia sentido à Nova Friburgo. No trecho entre Porto das Caixas e Cachoeiras de Macacu o Trem seguia nos moldes tradicionais. Para vencer a serra e chegar a Nova Friburgo, ao chegar a Cachoeiras de Macacu, era adotado o sistema Fell até a Estação de Teodoro de Oliveira. De lá, o Trem seguia nos moldes tradicionais pela Linha do Cantagalo.

Veio então o triste período da decadência das Ferrovias com o completo desinteresse do governo, reduzindo drasticamente os investimentos - tendência que atingiu todas as ferrovias brasileiras – e a Linha do Cantagalo foi sendo fechada por partes: o trecho entre Cachoeira de Macacu e Portela foi desativado em maio de 1964, sendo definitivamente suprimido em 1967; enquanto que o trecho inicial de Porto das Caixas até Cachoeiras foi suprimido em 1973. Mas os Trens de passageiros acabaram antes: entre 1962 e 1963 no trecho Cantagalo/Portela e em julho de 1964 no trecho Cachoeira de Macacu/Cantagalo.

O trecho entre Porto das Caixas e Cachoeira de Macacu foi o último da já centenária Linha do Cantagalo a ter os Trens de passageiros suspensos, que ocorreu em 1969. No seu período final de atividade, entre 1965 e 1969, ainda trafegavam Trens que vinham de General Dutra e entravam pelo antigo Ramal até Cachoeiras de Macacu.

Em 1973, o trecho foi oficialmente erradicado, acabando de vez com a histórica Linha do Cantagalo.

 

Pátio das Oficinas Ferroviárias, do acervo da AFMB.


A ESTAÇÃO:

A Estação de Cachoeiras foi inaugurada em 1860 pela E. F. do Cantagalo. Mais tarde seu nome foi alterado para Estação Cachoeiras de Macacu.

Para vencer a serra e chegar à Nova Friburgo, ao chegar a Cachoeiras de Macacu era adotado o sistema Fell até a Estação de Teodoro de Oliveira, detalhe que tornou Cachoeiras de Macacu uma Estação/referência, levando à decisão de se construir ali uma importante Oficina de Manutenção Ferroviária, que posteriormente tornou-se um complexo ferroviário composto da Estação; das Oficinas e de uma Escola de Ensino Profissionalizante – o SENAI, que formava artífices para atuarem nas Oficinas.

Com o fim dos investimentos nas ferrovias, importantes Linhas e Ramais foram sendo desativados e posteriormente erradicados, como foi o caso da Linha do Cantagalo, fechando de vez a Estação de Cachoeiras de Macacu. Consequentemente, fecharam-se também as Oficinas e a Escola Profissionalizante, tendo a Estação sido demolida na década de 1970.

Assim, mesmo nos dias de hoje, onde quase nada sobrou da histórica passagem dos Trens por Cachoeiras de Macacu, ainda é possível entender e reconhecer o quanto a ferrovia e os ferroviários foram importantes para o progresso e o desenvolvimento daquela cidade e de toda a região.


O interior das Oficinas de Cachoeiras de Macacu, do acervo de Eliezer Magliano.


Outro belo registro de uma Locomotiva nas Oficinas de Cachoeiras de Macacu, do acervo de José Expedito Assunção.


Acima e abaixo, o SENAI Ferroviário, do acervo da AFMB.


Campo de Futebol do SENAI Ferroviário de Cachoeiras de Macacu, do acervo da AFMB.


Arredores do SENAI Ferroviário de Cachoeiras de Macacu, do acervo da AFMB.


Outro registro de um desfile cívico no centro da cidade, ao lado do SENAI e das Oficinas Ferroviárias, do acervo da AFMB.



Na sequência abaixo, belíssimos registros da PONTE FERROVIÁRIA do centro da cidade. Na verdade, houve a primeira ponte que aparece na foto abaixo, substituída posteriormente por uma nova ponte, mais alta e reforçada.

A primeira Ponte Férrea do centro de Cachoeiras de Macacu em belíssimo registro do acervo do IPHAN.


Outro belíssimo registro do acervo do IPHAN, desta vez mostrando a segunda Ponte Férrea no centro de Cachoeiras de Macacu.


Em mais um importante registro do acervo do IPHAN, a segunda Ponte Férrea sendo vista pelo lado oposto.


Romântico registro de um casal no rio Macacu, centro de Cachoeiras de Macacu, com a Ponte Férrea ao fundo, do acervo da AFMB.


A segunda Ponte Férrea no centro de Cachoeiras de Macacu vista mais de perto, do acervo da AFMB.


Autoridades em momento festivo com a bela réplica de uma Locomotiva Baldwin em Cachoeiras de Macacu, do acervo da AFMB.


Vagão de Gado estacionado próximo à Estação, do acervo da AFMB.

Abaixo, o centro de Cachoeiras de Macacu após o desmonte do complexo ferroviário, do acervo da AFMB.


Na sequência abaixo, registros do Vagão do Ministério da Agricultura - RFFSA em Cachoeiras de Macacu, do acervo da AFMB.







Rua do centro da cidade vendo-se a linha férrea, do acervo da AFMB.

Vista aérea de Cachoeiras de Macacu, altura do Goiabal, vendo-se a linha férrea cortando toda a cidade, do acervo da AFMB.


Vista aérea de Cachoeiras de Macacu, altura da Praça Manoel Diz Martinez, do acervo da AFMB.


quarta-feira, 19 de junho de 2024

ESTAÇÃO SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA - Estação que teve sua origem na E. F. Santo Antônio de Pádua.

Acima e abaixo, detalhes da Estação de Santo Antônio de Pádua sob o olhar de Paulo Neiva Pinheiro.


Na bela foto foto abaixo, o Pátio Ferroviário vendo-se os dois prédios: a Estação; e um provável Armazém de Cargas hoje transformado num Teatro Municipal.


Abaixo podemos ver o antigo leito ferroviário que passava entre os dois prédios da Estação e a triste imagem dos vagões abandonados.


Na foto abaixo, o segundo prédio que fica ao lado da Estação, o provável Armazém de Cargas, hoje transformado num Teatro Municipal.


Um pontilhão ferroviário ainda na área urbana da cidade.


Paulo Neiva e a Estação, hoje Centro Cultural da cidade.




paraoquena

 

Estação SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA


baltazar

 

 Município: Santo Antônio de Pádua-RJ

Linha de Campos a Miracema – Km 436,805 (1960)

Altitude: 90m

Estação inaugurada em: Julho de 1883. Prédio atual construído entre 1935 e 1942.

Não estive no local:  Fotos de Paulo Neiva Pinheiro em 2024.

Uso atual: Centro Cultural.

Situação Atual – Tráfego suspenso. Com trilhos.

 

E. F. Santo Antônio de Pádua (1883-1884)

E. F. Macaé a Campos (1884-1887)

E. F. Leopoldina (1887-1975)

RFFSA (1975-1996)

FCA (1996-20... - tráfego desativado)





HISTÓRICO:

Estação de Santo Antônio de Pádua, na Linha de Campos a Miracema - Mais uma Estação que sempre tive o desejo de conhecer, especialmente por sua arquitetura moderna para a época de sua construção, na década de 1930. Mas o amigo e também pesquisador ferroviário Paulo Neiva Pinheiro esteve lá para fazer os belíssimos registros fotográficos que apresentamos nesta matéria.

 Na verdade, a atual Estação de Santo Antônio de Pádua é a segunda Estação construída naquela cidade. A primeira Estação foi inaugurada em 1883, ainda nos tempos da E. F. Santo Antonio de Pádua, como cita a página http://estacoesferroviarias.com.br/efl.../stoantonio.htm sobre a descrição do local:

"Na estação de Santo Antônio de Pádua, freguesia supra dita: um edifício no km 68, construído de madeira de lei, coberto de telha e um armazém próximo, de pau a pique" (Estradas de Ferro do Brasil, Cyro Pessoa Jr., 1886).

A ferrovia ligando Campos a São Fidélis foi aberta em 1/8/1891, por uma concessão recebida por Edmundo Meinick e outros em 1876. Por outro lado, a E. F. Santo Antonio de Pádua, com uma concessão de 1879, havia estabelecido uma linha unindo Luca (São Fidélis) a Santo Antonio dos Brotos (Miracema), ferrovia esta aberta em 1880, de São Fidelis até Santo Antonio de Pádua, e em 1883, desta cidade até Miracema. Em 1884, este última foi vendida à E. F. Macaé a Campos. Em 1891, quando Miracema já estava ligada a Campos pela junção das duas ferrovias, ambas já pertenciam à Leopoldina.

Em 11/1/1910, o jornal O Estado de S. Paulo publicava que "A Companhia Leopoldina Railway estabeleceu três trens diários para S. Francisco de Paula (sic), Estado do Rio, em vista do estabelecimento de um laticínio ali fundado". Errou o nome da cidade, mas mostra que o laticínio aumentou o movimento na linha.

O prédio atual é de construção quase que certamente dos anos 1930. Ainda passaram raros trens cargueiros por Santo Antonio de Pádua até o início da década de 2000, mas os trens de passageiros já não passavam por ali desde o início da década de 1980.”

 

A ESTAÇÃO:

Segundo Paulo Neiva, que esteve na Estação em 2024, o prédio estava relativamente bem cuidado servindo como Centro Cultural. Paulo Neiva aproveitou sua visita à Estação de Santo Antônio de Pádua para fotografá-la em detalhes, destacando que, apesar estarem cobertos pelo mato, os trilhos continuam por lá. Destacou também em suas fotos que o complexo da Estação era composto de dois prédios. O segundo deles - que provavelmente era um armazém de mercadorias - hoje foi transformado num Teatro Municipal.

Além da Estação, Paulo Neiva encontrou também outros remanescentes do Ramal de Campos á Miracema: um Pontilhão centenário ainda em Santo Antônio de Pádua-RJ. Por baixo dele, onde provavelmente passava algum córrego no passado, passam carros, motos e pedestres nos dias de hoje.


Na sequência abaixo, a bela arquitetura da Estação fotografada em detalhes por Paulo Neiva.



















Na sequência de fotos abaixo, detalhes do segundo prédio que fica ao lado da Estação, provavelmente um armazém de cargas, hoje transformado num Teatro Municipal.






Abaixo, o complexo da Estação de Santo Antônio de Pádua, onde podemos ver os dois prédios e o pátio ferroviário entre eles.


Abaixo, um antigo poste feito de trilho ferroviário, que era muito usado tanto para rede elétrica, quanto para o telégrafo. 


Por fim, um Pontilhão Ferroviário centenário ainda em Santo Antônio de Pádua-RJ. Por baixo dele, onde provavelmente passava algum córrego no passado, passam carros, motos e pedestres nos dias de hoje.