Acima e abaixo, a Estação Boca do Mato em dois belos momentos, do acervo da AFMB.
A antiga Estação Boca do Mato nos dias de hoje, por Gabriel Paulino
Abaixo, todo o complexo da Estação Boca do Mato vendo-se a Estação, o Armazém, a ponte e outros prédios ferroviários - do acervo da AFMB.
Graças à valiosa contribuição de Gabriel Paulino - da AFMB, foi possível realizar a publicação desta matéria.
agente-maia
Estação BOCA
DO MATO
valerio
Município: Cachoeiras
de Macacu-RJ
Linha do
Cantagalo – Km 122,416
Altitude: 225m
Estação
inaugurada em: 18 de dezembro de 1873.
Estive no
local em: Ainda não visitei a Estação. Registros fotográficos do acervo
da Associação Ferroviária Melhoramentos do Brasil – AFMB.
Uso
atual: Em 2008 abrigava a Sede Campestre da AEEFL - Associação dos Engenheiros da Estrada de
Ferro Leopoldina.
Situação
Atual – Linha erradicada, sem trilhos.
E. F.
Cantagalo (1873-1887)
E. F.
Leopoldina (1887-1967)
HISTÓRICO:
E a página otremexpresso chega a mais uma Estação da Linha do Cantagalo contando com mais uma valiosa contribuição, desta vez, do amigo Gabriel Paulino, membro da Associação Ferroviária Melhoramentos do Brasil – AFMB, que nos enviou importante e histórico acervo fotográfico de diversas Estações que ficavam localizadas na belíssima serra da Linha do Cantagalo.
Apresentaremos hoje a Estação
Boca do Mato.
A
ESTAÇÃO:
Sobre a Estação Boca do
Mato, a página Estações Ferroviárias de Ralph Mennucci
Giesbrecht, nossa referência técnica sobre a Estrada de Ferro
Leopoldina, traz os seguintes relatos:
“A Estação de Boca do Mato foi aberta em 1873, construída em
terras doadas por Afonso Coda,
casado com uma das mais ilustres personalidades do bairro, Maria José Coda, conhecida
como Dona Zizinha. Ela
foi a pioneira na atividade hoteleira local.
Os trens de passageiros nesse trecho foram desativados em algum dia entre julho
de 1963 e outubro de 1965.
A Estação foi fechada em 30 de junho de 1967, quando cessou o tráfego na linha
entre Cachoeira de Macacu e Conselheiro Paulino.
Abaixo, o depoimento de Délio Araújo, 1988:
"O sistema da serra era Fell, com trilho central para aplicação das
sapatas nas laterais. Portanto, só carros e vagões com este sistema podiam
circular pela serra. O foguista aparelhava o fogo em Teodoro de Oliveira e
pouco mais tinha a fazer na descida. E lá iam as seções do trem, cada uma com a
0-6-0 rebocando, o foguista apertando o mais que podia o freio central. Em cada
carro ou vagão, um guarda-freios ia apertando o freio central. Nos postos Fena
e Registro, a 0-6-0 parava sobre uma vala. O foguista descia, retirava de sob a
caixa de fumaça duas sapatas de freio central, enfurnava-se sob a 0-6-0 e
substituía as outras duas sapatas gastas. Colocava estas na locomotiva. O
maquinista, nesse intervalo, havia cuidado do fogo e olhado o nível da água na
caldeira. A seção recomeçava a descida e outra seção do trem parava sobre a
vala. Logo, cada seção do trem gastava 6 sapatas nos 13 km que separavam
Teodoro de Oliveira da Boca do Mato. Na Boca do Mato as seções do trem eram
agrupadas em seções de 4 a 5 carros ou vagões, cada seção rebocada por uma das
0-6-0 da serra. mais uns 7 km até Cachoeiras do Macacu, e o trem era reunido em
um só. Uma 4-6-0 o levava até Visconde de Itaboraí e Niterói. Uma 4-6-2
rebocava, ligados aos trens que vinham de Campos (exceto nos trens de
passageiros) os carros e vagões leiteiros que iam para o Rio de Janeiro"
(Délio Araújo, 1988).
Abaixo, o depoimento de Cleiton Pieruccini, datado de outubro de 2008 com o título:
A busca pela antiga Estação em outubro
de 2008.
"Esperava encontrar um prédio de características parecidas as outras estações da linha. Encontrei um prédio de linhas retas que se assemelha às construções do final dos anos 1940 e/ou início dos anos 1950 (semelhante à estação de Rio Bonito). A curiosidade aumentou mais ainda quando avistei uma pequena placa onde se lê: "Pousada Estação Boca do Mato" e uma plataforma junto a esse prédio. Chamei por um funcionário que estava no local e ele informou que era realmente a antiga estação. Além de ser um das construções integrantes da pousada é também utilizada como sede campestre da AEEFL - Associação dos Engenheiros da Estrada de Ferro Leopoldina".
Abaixo, mais um importante e histórico registro da Estação Boca do Mato, do acervo da AFMB.
Abaixo, o Armazém que ficava ao lado da Estação, do acervo da AFMB.
Abaixo, o Trem próximo à Estação Boca do Mato, do acervo da AFMB.
Abaixo, três registros mostrando a beleza da serra na chegada à Estação Boca do Mato, do acervo da AFMB.
5 comentários:
Sonho fazer este trajeto... mesmo que seja à pé ou de bicicleta.
Marco Antônio Francisco
Recordar é viver!
Cyro Mendonça Filho
Fui ferroviário e quando frequentei esse lugar, não tinha mais a ferrovia. Essa Estação virou uma área de lazer. Hoje é uma pousada.
Pedro Luiz
Atualmente nesse local, a Associação dos Engenheiros da Estrada de Ferro leopoldina possui acomodações para seus associados desfrutarem de um local muito bom para o lazer.
José Luiz Albuquerque
Saudades inesquecíveis!!!
José Carlos Bissonho
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