sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

ESTAÇÃO PAQUEQUER: Partindo de Melo Barreto - MG, era a primeira parada do Ramal de Sumidouro, no Estado do Rio.

Matéria atualizada em 10 de janeiro de 2023.


Acima, a antiga Estação Paquequer sentido Melo Barreto-MG, em setembro de 2022.

Abaixo, a mesma Estação sentido a Carmo-RJ.


Acima e abaixo, a bela e imponente "Ponte Preta", vista pelo lado da Estação de Paquequer-RJ. Do outro lado ficava a Estação de Melo Barreto-MG.


A "Ponte dos Arcos" de alvenaria e pedras, em belo registro de Paulo Neiva Pinheiro.


(Registro fotográfico de 1930, por W. Cyril Williams: The Leopoldina Railway, A Narrow Gauge Railroad of Exceptional Interest, 1/1931. Acervo de Luciano Pavloski) do site www.estacoesferroviarias.com.br, de Ralph Mennucci Giesbrecht.




Acima, três belos registros da Estação de Paquequer sob o olhar de Paulo Neiva Pinheiro, feitos em setembro de 2022. 






Estação PAQUEQUER




Município: Carmo – RJ
Ramal de Sumidouro: Km 241,818 (1960)
Altitude: 142m.
Estação inaugurada em: 1º de agosto de 1885.
Estive no local em: 25 de janeiro de 2017. Além das minhas fotos, contei também com a contribuição dos amigos Paulo Neiva Pinheiro e Jaqueline Asth Mentora.
Uso atual: Moradia.
Situação Atual – Ramal erradicado, sem trilhos.


C. E. F. Sumidouro (1885)

E. F. Leopoldina (1885-1967)






Para facilitar a localização dos prédios e obras ferroviárias aqui apresentadas, uma ilustração através de imagem do Google Maps. 



HISTÓRICO:

Em minha “expedição” pelos caminhos da Estrada de Ferro Leopoldina no Ramal de Sumidouro, realizada em janeiro de 2017, iniciei exatamente pela primeira parada no Estado do Rio de Janeiro.
Partindo de Melo Barreto, em Minas Gerais às margens do Rio Paraíba do Sul, o trem atravessava a famosa e bela Ponte Preta para fazer a primeira parada já no Estado do Rio de Janeiro - a Estação Paquequer, localizada às margens da RJ-158 próxima à extremidade das terras que dividem o Rio Paraíba do Sul e o Rio Paquequer, rio este que ali começa e avança pelo interior do Estado do Rio, muitas das vezes tendo às suas margens o antigo leito da ferrovia.
Além das fotos que fiz neste dia, esta matéria conta também com os belíssimos registros feitos com extrema sensibilidade por Jaqueline Asth Mentora e Paulo Neiva Pinheiro.


Abaixo, o famoso "Túnel que Chora" sob o olhar de Jaqueline Asth Mentora. 






Detalhes da Estação, por Paulo Neiva Pinheiro.




Seguindo para Carmo, logo após o túnel, a grande Caixa d'água.




A ESTAÇÃO:

Sendo hoje propriedade particular com residências em seu entorno, cheguei aos portões da propriedade - às margem da RJ-158 – e ao entrar já encontrei a bela ponte em arcos de alvenaria e pedras sobre o início do Rio Paquequer, para em seguida ser bem recebido pelo atual proprietário, que não só autorizou as fotos da estação e de todo o antigo complexo ferroviário aqui apresentadas, como também trouxe importantes informações sobre a existência e distância para o famoso “Túnel que Chora” e a "Caixa d’água" existente logo depois do túnel, há uns 500 metros dali, atravessando a rodovia em direção à cidade de Carmo-RJ.

Iniciando a seção de fotos encontrei a Estação Paquequer ainda conservando suas principais características. 
Caminhando uns 200 metros em direção ao Rio Paraíba do Sul, cheguei à cabeceira da imponente "Ponte Preta".

Visitar estes lugares nos faz voltar no tempo e imaginar o grande movimento que existiu ali - especialmente no transporte de produtos e mercadorias por ser a divisa de estados – como também de passageiros que iam e vinham de Nova Friburgo e região.


Como encontrei a Estação de Paquequer em janeiro de 2017: Acima, a antiga Estação, sentido Melo Barreto-MG.
Abaixo, a mesma Estação sentido a Carmo-RJ.


Na seqüência abaixo, a Estação de Paquequer em janeiro de 2017, sentido a Melo Barreto-MG.




Em outra seqüência de janeiro de 2017, a Estação de Paquequer sentido Carmo – RJ.






Seguindo em direção à bela e imponente "Ponte Preta".




 Na seqüência abaixo, a imponente "Ponte Preta" compondo o belíssimo cenário de Paquequer.







  E bem próxima à Estação de Paquequer, a não memos bela "Ponte dos Arcos" sob o olhar de Jaqueline Asth Mentora. 













O TÚNEL QUE CHORA E A CAIXA D'ÁGUA:

Após minha bem sucedida visita a estação de Paquequer em janeiro de 2017, segui o antigo leito da ferrovia em busca do famoso “Túnel que Chora”. E as informações que recebi foram corretas. Fica localizado bem próximo da Estação de Paquequer seguindo aproximadamente 500 metros em direção a cidade de Carmo pelo antigo caminho da ferrovia que margeia o rio Paquequer.
E logo após o túnel, encontrei também a grande "Caixa d’água".

O que dizer: Foi um excelente início de expedição pelo Ramal de Sumidouro!














Em sua visita, Jaqueline Asth Mentora seguiu em direção a Carmo-RJ pelo antigo leito da ferrovia encontrando estruturas de um pequeno pontilhão.



Por fim, toda a beleza da "Ponte dos Arcos" sob o olhar de Paulo Neiva Pinheiro - registros de setembro de 2022. 









7 comentários:

Diego Chermaut Emmerich disse...

Muito bom Amarildo, belo registro.

Ministério de Louvor Manancial disse...

Excelente registro, só fotaços! Parabéns pela página.

Unknown disse...

Gostei muito,matei saudade. Nasci nessa estação de Paquequer. Meu pai Mário Miranda foi agente de Estação, só saímos porque acabou a linha férrea. Temos uma foto na estação. Parabéns,Maria José Miranda.

Amarildo Mayrink disse...

Que legal, Maria José! Você deve ter belas histórias pra contar sobre esta estação.
Quanto à foto que você tem, se for possível nos enviar será um prazer publicá-la aqui na página.
É só enviar para o nosso e-mail: www.otremexpresso@gmail.com

Anônimo disse...

Maravilhoso!!!
Estive em Sumidouro e Barão de Aquino em 1963 quando o trem ainda funcionava.
Estive em Carmo quando o trem não mais funcionava.
Elias da Costa.

Anônimo disse...

Esta estação é muito linda! A ponte que faz a travessia do Rio Paraíba que ligava as Estações de Paquequer e Mello Barreto é fora do normal, é linda demais!
Marco Antônio Francisco

Isabela disse...

Meu bisavô foi chefe dessa estação nos anos 30, minha avó nasceu aí em 1933 :)
As pontes são muito parecidas com o que minha imaginação criou a partir do que a minha avó contava (acho que ela nunca teve uma foto das pontes)
Lembro dela dizer que minha bisavó fazia e vendia doces na estação através de uma das janelas que dava pra plataforma, e quando nao era hora de passar o trem, meu bisavô enfileirava os pássaros que ele criava em gaiolas na beira da plataforma, assim descia pra linha e conseguia limpar as gaiolas e dar comida aos pássaros numa altura mais confortável