Matéria atualizada em 02 de janeiro de 2021.
Nas fotos acima, a Estação Murineli e a caixa d'água localizada próxima a ela, registros do amigo Ricardo Raipp feitos em dezembro de 2020.
Estação
MURINELI
Município: Sumidouro -
RJ
Ramal
de Sumidouro: Km 191,754 (1960).
Altitude: 751m.
Estação
inaugurada em: 11 de março de 1889.
Estive
no local em: 25 de janeiro de 2017.
Uso
atual: Moradia.
Situação
Atual – Ramal declarado erradicado, sem trilhos.
C. E. F. Sumidouro (1885)
E. F. Leopoldina (1885-1967)
Estação
MURINELI
Município: Sumidouro -
RJ
Ramal
de Sumidouro: Km 191,754 (1960).
Altitude: 751m.
Estação
inaugurada em: 11 de março de 1889.
Estive
no local em: 25 de janeiro de 2017.
Uso
atual: Moradia.
Situação
Atual – Ramal declarado erradicado, sem trilhos.
C. E. F. Sumidouro (1885)
E. F. Leopoldina (1885-1967)
HISTÓRICO:
Seguindo minhas pesquisas pelo Ramal Sumidouro - suprimido em maio de 1967 - que se estendia até Conselheiro Paulino na Linha Cantagalo, cheguei a Estação de Murineli, Município de Sumidouro, estado do Rio de Janeiro.
Seguindo minhas pesquisas pelo Ramal Sumidouro - suprimido em maio de 1967 - que se estendia até Conselheiro Paulino na Linha Cantagalo, cheguei a Estação de Murineli, Município de Sumidouro, estado do Rio de Janeiro.
Foi minha “segunda parada” para fotos na viagem que fiz a Nova Friburgo.
Nesta matéria contamos também com a valiosa contribuição dos amigos Jorge Plácido e Ricardo Raipp, que nos ajudam a manter as postagens sempre atualizadas.
A ESTAÇÃO:
A ESTAÇÃO:
Originalmente era chamada Murinelly, depois
modificada após a reforma ortográfica no Brasil para Murineli.
A antiga estação está localizada na comunidade de mesmo nome e fica afastada da sede do Município de Sumidouro, margeando a rodovia RJ-148.
A estação segue em boas condições, mantendo viva a memória da Estrada de Ferro Leopoldina na comunidade.
A antiga estação está localizada na comunidade de mesmo nome e fica afastada da sede do Município de Sumidouro, margeando a rodovia RJ-148.
A estação segue em boas condições, mantendo viva a memória da Estrada de Ferro Leopoldina na comunidade.
Próximo à estação encontramos uma capela que compõe o belo cenário bucólico das pequenas comunidades.
Graças aos amigos da página “Promemória Sumidouro” do facebook,
apresentamos alguns registros fotográficos de quando ainda passavam trens por
ali, além de um importante levantamento histórico sobre a origem do nome da Estação:
Prezado Amarildo Mayrink, ao pesquisar a origem do nome da referida estação,
elaborei uma biografia de José Arthur de Murinelly:
José Arthur de Murinelly é natural do Rio de Janeiro onde se formou em Engenharia em 1862. É nomeado Diretor das obras públicas em Niterói em 1863 e vai para Curitiba em 1864.
Ainda jovem militar, em 1865, atendendo a convocação do imperador D. Pedro II formou e comandou o Primeiro Corpo de Voluntários da Pátria da Província do Paraná, que seguiu pelas águas do rio Paranaguá para lutar na Guerra do Paraguai, buscando reforçar o efetivo das forças militares do Exército Brasileiro.
Chegando a tenente de estado-maior de 1ª classe, pede demissão do exército em 1867.
Casa-se, em 1872, com Maria Magdalena de Oliveira Murinelly, de
Paranaguá/PR, filha do tenente coronel Manoel Leocadio de Oliveira. Tiveram dois filhos, José de Oliveira Murinelly, Diplomata na Suiça, e Joaquina de Oliveira Murinelly.
É eleito Deputado provincial nos anos de 1870/71/74 e 75.
Foi engenheiro fiscal da estrada de ferro do Paraná em 1871.
Em 1885, o engenheiro funda a companhia açucareira Engenho Central do Rio Branco na Zona da Mata mineira, cuja direção era composta por ele, Antonio Paulo de Mello Barreto e Lindolfo Martins Ferreira.
José Artur de Murinelly, que já havia atuado como engenheiro fiscal da estrada de ferro do Paraná, com certeza participou da construção do ramal de Sumidouro, iniciado neste mesmo ano de 1885, visando o escoamento da produção açucareira e de café entre Minas Gerais e o estado do Rio de Janeiro.
Uma evidência de tal fato está no nome de duas estações do ramal, Murinelly e Mello Barreto, ambos diretores da citada Companhia açucareira.
Faleceu em Nice, França, em 1896.
José Arthur de Murinelly é natural do Rio de Janeiro onde se formou em Engenharia em 1862. É nomeado Diretor das obras públicas em Niterói em 1863 e vai para Curitiba em 1864.
Ainda jovem militar, em 1865, atendendo a convocação do imperador D. Pedro II formou e comandou o Primeiro Corpo de Voluntários da Pátria da Província do Paraná, que seguiu pelas águas do rio Paranaguá para lutar na Guerra do Paraguai, buscando reforçar o efetivo das forças militares do Exército Brasileiro.
Chegando a tenente de estado-maior de 1ª classe, pede demissão do exército em 1867.
Casa-se, em 1872, com Maria Magdalena de Oliveira Murinelly, de
Paranaguá/PR, filha do tenente coronel Manoel Leocadio de Oliveira. Tiveram dois filhos, José de Oliveira Murinelly, Diplomata na Suiça, e Joaquina de Oliveira Murinelly.
É eleito Deputado provincial nos anos de 1870/71/74 e 75.
Foi engenheiro fiscal da estrada de ferro do Paraná em 1871.
Em 1885, o engenheiro funda a companhia açucareira Engenho Central do Rio Branco na Zona da Mata mineira, cuja direção era composta por ele, Antonio Paulo de Mello Barreto e Lindolfo Martins Ferreira.
José Artur de Murinelly, que já havia atuado como engenheiro fiscal da estrada de ferro do Paraná, com certeza participou da construção do ramal de Sumidouro, iniciado neste mesmo ano de 1885, visando o escoamento da produção açucareira e de café entre Minas Gerais e o estado do Rio de Janeiro.
Uma evidência de tal fato está no nome de duas estações do ramal, Murinelly e Mello Barreto, ambos diretores da citada Companhia açucareira.
Faleceu em Nice, França, em 1896.
OS TÚNEIS DE MURINELI:
Partindo de Murineli em direção à Dona Mariana, próxima estação do ramal, ainda na comunidade encontramos a caixa d'água que abastecia as caldeiras das Locomotivas para vencer a grande serra. Por sua beleza e pelas surpresas que esta serra nos reserva, mereceu uma postagem especial com belíssimas fotos. Vale a pena conferir no link abaixo:
https://otremexpresso.blogspot.com/2017/02/os-tuneis-de-murineli-pelos-caminhos-do.html
Abaixo, mais uma seção ontem/hoje, graças aos amigos de "Promemória Sumidouro".
7 comentários:
Perdeu a caixa d'água?
Muito boa a matéria!
Esta muito linda esta estação!
Eu adorei ler, gosto muito de saber sobre ferrovias antigas aqui no nosso estado, principalmente na região serrana e os envolvidos.
Parabéns pelo cuidado com a pesquisa criteriosa, com a seleção e com o tratamento das fotos! Que belo e emocionante trabalho de rasgate da memória ferroviária regional faz Amarildo Mayrink!
Nasci aí em Murinelli,precisamente em Vargem Grande,meu avô criou Vargem Grande e meu pai viveu alí até sua morte,já fiu muitas vezes aí pra matar as saudades.Moro em são paulo desde que mudei aos seis anos. Esse trem "maria fumaça" tomei várias vezes quando criança,saudades imenças daí,obrigado carlos meceni
esqueci de te parabenizar Mayrink,aliás sobrenome que sempre ouvia quando criança.
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