E. F. Príncipe do Grão Pará (1886-1890)
E. F. Leopoldina (1890-1964)
HISTÓRICO:
A ideia inicial deste trabalho era
focar todas as pesquisas na Zona da Mata mineira mas, à medida em que o projeto
ia avançando, percebi que não tinha como contar a história da Estrada
de Ferro Leopoldina sem falar da Estrada de Ferro Príncipe
Grão Pará e de sua importante passagem pela região de Petrópolis,
primeiro traçado da ferrovia até chegar a Três Rios.
Partindo de Petrópolis para o interior,
tínhamos as Estações de Cascatinha, Corrêas, Nogueira, Itaipava, Dr. Nilo,
Pedro do Rio, (Granja e Cedro encontrei apenas em um antigo mapa, mas não
consta nos documentos ferroviários), Areal, Alberto Torres, Hermogênio
Silva, Moura Brasil e Triângulo até chegar a Três Rios, de onde partia a Linha
de Caratinga para a Estação de Piracema em direção a Bicas, e a Linha
Auxiliar em direção a Porto Novo.
Vale destacar o belíssimo estilo e
arquitetura de quatro das Estações citadas acima, conhecidas como "Casa
de Pedra". São elas: Alberto Torres, Hermogênio
Silva, Moura Brasil e Três Rios.
Infelizmente, como o fim da ferrovia e
a priorização das rodovias, duas delas foram destruídas para a construção da
BR-040: Hermogênio Silva e Moura Brasil.
Na sequência abaixo, mais
alguns registros que realizei em minha terceira visita à Estação de Alberto
Torres, em janeiro de 2024.
A ESTAÇÃO:
Sem obedecer à sequência das Estações
citadas acima, falaremos hoje da Estação Alberto Torres, que se
encontra entre as montanhas e as curvas do rio Piabanha, no Município de Areal,
uma comunidade tranqüila que cresceu em função da Usina Hidrelétrica.
É nesta comunidade tranqüila que
encontrei a bela Estação de Alberto Torres em três visitas que realizei à
localidade: em 2013, em 2021 e em 2024.
Em minha primeira visita em 2013, fui muito bem recebido pelas funcionárias da Escola Municipal, que me acompanharam até a Estação para a primeira seção de fotos.
Externamente preservada em seu estilo
original, uma belíssima "Casa de Pedra". Entrando na área
da Estação, foi gratificante encontrar também um Vagão estacionado ao lado da
plataforma. Nas duas primeiras visitas foi possível perceber a necessidade de
uma bela reforma no Vagão, que se encontrava bem deteriorado.
Mas em minha última visita, em janeiro
de 2024, encontrei o Vagão reformado sendo usado como um "Cine Vagão”.
Segundo os amigos Antônio Pastori e Ângela França, na Estação de Alberto Torres existe um pequeno acervo ferroviário e é também sede da entidade AFPF – Associação Fluminense de Preservação Ferroviária após convite do prefeito Gutinho, que cedeu o espaço gratuitamente à entidade.
Ou seja, dentro da antiga Estação funciona um Museu junto com o “Cine Vagão”.
Como o leitor pode observar nas fotos,
o local é realmente aprazível e nos convida a uma viajem no tempo, a imaginar a
composição chegando e partindo da Estação.
Abaixo, registros que realizei em minha segunda visita à Estação de Alberto Torres, em agosto de 2021.
Observando com mais atenção é possível ver a Estação de Alberto Torres da rodovia BR-040.
PONTE ALBERTO TORRES:
Além da bela Estação "Casa de Pedra", a comunidade
tem outro cartão de visitas bem representativo: a Ponte de Alberto
Torres. Construída em 1860, trata-se de belíssimo exemplar da chamada
arquitetura do ferro, guarnecida por uma trama de ferro fundido importada da
Inglaterra e ali colocada quando da construção da rodovia União Indústria em
meados do século XIX.
Bem próxima a ela está situada a antiga
Ponte Ferroviária construída em
concreto.
Visitas como estas nos motivam a
continuar e a avançar também pelo interior do Estado do Rio de Janeiro pelas
linhas da Estrada de Ferro Leopoldina.
Abaixo, a antiga, famosa e bela Ponte Rodoviária em destaque na chegada a Alberto Torres.
A antiga Ponte Ferroviária, hoje apenas fazendo parte do belo cenário de Alberto Torres.
Na seqüência abaixo,
registros que realizei em minha primeira visita à Estação de Alberto Torres, em outubro de 2013.
7 comentários:
Amei seu blog.
linda reportagem..assim se guarda a memória . Muito interessante !!!
Bom saber que deram uma recuperação no vagão também.
Caramuru A Hugo
Pena você não ter entrado, porque hoje existe um museu ferroviário nesta estação e a sede da AFPF - Associação Fluminense de Preservação Ferroviária.
Angela França Pedrinho
Fechei meus olhos e me vi, nesse lugar.... Mentalizei meus 8 anos, ainda na escola e fui crescendo... 10,12,15,18,20,22 anos...
E lembrei de tudo que vivi....nossa,chorei... de saudade.....
Carmem Lucia
Lindíssima!!
Marly Freire
Olhando o seu mapa vou estudar mais vezes essas ferrovias, que tem há ver com o entrocamento entre Rio de Janeiro e Belo Horizonte; triângulo mineiro e Vitória no Espírito Santo. Com o fim do trem de passageiros, o presidente da República Jucelino K. de Oliveira não conseguiu integrar a ferrovia com a rodovia e depois, com as privatizações veio o sucateamento. Belo tempo, uma época que jamais voltará.
Medeiros Pedro
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