sábado, 29 de novembro de 2025

Estação POSTO TELEGRÁFICO MARANHÃO - Mais uma antiga Estação da Linha do Litoral destruída.

Acima e na sequência abaixo, a base/alicerce e a plataforma do Posto Telegráfico Maranhão também vem resistindo, mesmo que parcialmente deteriorada.

Paulo Neiva Pinheiro e o que sobrou do Posto Telegráfico Maranhão em mais um cenário desolador.



abadia


Estação POSTO TELEGRÁFICO MARANHÃO


crespo

   

Município: Campos dos Goitacazes – RJ

Linha do Litoral – Km 324,423

Altitude:  24

Estação inaugurada em:  ?

Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos de Paulo Neiva Pinheiro.

Uso atual: Demolida. Só restou a antiga plataforma.

Situação Atual – Tráfego suspenso. Os trilhos ainda estavam lá em 2021. 

 

E. F. Campos a Carangola (1875-1883)

E. F. Leopoldina (1883-1975)

RFFSA (1975-1996)

FCA (1996 - ...)




HISTÓRICO DA LINHA:

Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht...  “O que mais tarde foi chamada "Linha do Litoral" foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia constrtuído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim, foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. A linha funciona até hoje para cargueiros e é operada pela FCA desde 1996. No início dos anos 80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória.”

 

A ESTAÇÃO:

O amigo Paulo Neiva Pinheiro visitou o Posto Telegráfico Maranhão em dezembro de 2021, quando fez as fotos aqui apresentadas. Segue seu relato...

“Segundo o Guia Levi - jan/1930 - o Posto Telegráfico Maranhão já existia em 1930. Também segundo o Guia Levi, ele ainda existia em 1955. Em 1957 já não aparecia mais. Porém, ele ainda era listado no Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960. Foi um Posto Telegráfico construído pela E.F. Campos a Carangola fazendo parte originalmente desse Ramal. Não sei a data de sua construção, nem tampouco de sua demolição. Mas com certeza é uma construção do século XIX - entre 1875 a 1877 - ano de construção da Estação Ferroviária de Travessão, que vem uma Estação depois dele sentido Vitória-ES. Servia apenas como Posto Telegráfico, onde o Trem não fazia parada, como mostra o Guia Levi de 1935 ou, se fazia, ocorria muito esporadicamente, pois não haviam horários de chegada descritos no Guia Levi de 1935. Existiam 4 Postos Telegráficos em sequência que eram: Guarulhos, Crespo, Maranhão e Abadia. Todos demolidos, sendo que o de Guarulhos nem as ruínas existem mais. Em 2022 estive nas ruínas do antigo posto. Inacreditavelmente demoliram os 4 prédios que existiam em sequência (Guarulhos, Crespo, Maranhão e Abadia). Todos construídos no Século XIX pela E.F. Campos a Carangola. A próxima parada ocorria na Estação de Travessão, que está totalmente descaracterizada. Demoliram também a Estação de Guandu, que vem em sequência indo sentido Vitória, antes de chegar em Conselheiro Josino, onde existe outra Estação. Infelizmente não existe nem uma fotografia sequer desse PT ainda de pé.”


Aqui podemos ver o Posto Telegráfico Maranhão listado no Guia Levi 1935. Os quatro em sequência, todos do século XIX, construídos pela E.F. Campos a Carangola.

Abaixo, o Posto Telegráfico Maranhão listado no Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960.


Na sequência abaixo, o que sobrou do Posto Telegráfico Maranhão em mais um cenário desolador. Fotos de Paulo Neiva Pinheiro feitas em dezembro de 2021.














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