sexta-feira, 25 de abril de 2025

ESTAÇÃO MARECHAL FLORIANO - Hoje, Museu da Imigração da cidade.

Acima e nas três fotos abaixo, registros de Paulo Neiva Pinheiro, que visitou a Estação de Marechal Floriano em junho de 2022. 

Atualmente o imóvel centenário comporta o Museu da Imigração, espaço cultural com diversas atribuições como: realização de projetos de pesquisa sobre a história da imigração no município de Marechal Floriano; criação de acervo de fotos; colecionar e expor objetos, documentos e outros itens de valor histórico relacionados à imigração; coletar, ordenar integrar e preservar documentos e peças que possuam valor expressivo na formação histórica da cidade.


Nas quatro fotos abaixo, Da Silva Junior visitou a Estação de Marechal Floriano em abril de 2018 trazendo detalhes de seu interior.


Da Silva Junior na Estação de Marechal Floriano.


Paulo Neiva Pinheiro na Estação de Marechal Floriano.




domingos-martins


Estação MARECHAL FLORIANO-ES


rio-fundo



Município: Marechal Floriano-ES

Linha Do Litoral - Km 588,965 (1960)

Altitude: 544 m

Estação inaugurada em:  13 de maio de 1900.

Estive no local em:  Ainda não visitei a Estação. Fotos dos amigos Da Silva Junior(2018) e Paulo Neiva Pinheiro (2022).

Uso atual: Museu da Imigração e Centro Cultural.

Situação Atual – Tráfego suspenso. Com trilhos. 


E. F. Sul E. Santo (1900-1907)

E. F. Leopoldina (1907-1975)

RFFSA (1975-1996)

FCA (1996 - ...)



HISTÓRICO DA LINHA: 

Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht...  “O que mais tarde foi chamada "Linha do Litoral" foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia construído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim, foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. No início dos anos 80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória. A partir de 1996 a linha funcionou para cargueiros por mais alguns anos sendo operada pela FCA. ”


A ESTAÇÃO:

Paulo Neiva Pinheiro esteve na Estação em junho de 2022 e traz seu relato...

“A Estação de Marechal Floriano foi inaugurada em 1900 ainda pela E. F. Sul do Espírito Santo. A data é cheia de incertezas: pode ter sido 2 de março, 2 de abril, 13 de maio, todas em 1900. Parece ter havido uma sucessão de adiamentos para o evento (ver na última foto notícia de jornal da época), mas tudo indica ter sido mesmo 13 de maio de 1900, com a presença do presidente da Província do Espírito Santo, José Marcelino Pessoa de Vasconcelos. A partir dessa data a Vila do Braço Sul passou a ser chamada de Marechal Floriano, em alusão a Estação de Marechal Floriano. Atualmente o imóvel centenário comporta o Museu da Imigração, que possui diversas atribuições, como: a realização projetos de pesquisa sobre a história da imigração no município de Marechal Floriano; criação de acervo de fotos; colecionar e expor objetos, documentos e outros itens de valor histórico relacionados à imigração; coletar, ordenar integrar e preservar documentos e peças que possuam valor expressivo na formação histórica do Município de Marechal Floriano; utilizar do patrimônio cultural como recurso educacional, turístico e de inclusão social. Em 2013, estava em bom estado e servia como secretaria municipal de cultura e turismo; os cargueiros da FCA ainda passavam por ela. Em outubro de 2020, o prédio foi tombado pelo Município. Em 2022 visitei o belo prédio onde ao seu redor ocorria uma certa feira de alimentações na cidade que é bem agradável.”


Da Silva Junior esteve na Estação em abril de 2018 e traz seu relato...

"Estação Ferroviária de Marechal Floriano, antigamente chamada de Braço Sul....“Fundada em 1900 pela EFSES - Estrada de Ferro Sul do ES – foi depois arrematada pela Cia Leopoldina Railway Company em 1907. Em 1957 passou a ser da RFFSA e em 1995, FCA Ferrovia Centro Atlântica. O crescimento da produção cafeeira interessou aos ingleses, que vinham construindo Estradas de Ferro pelo Sudeste. O esquema era que ao abrir uma estrada, estimulava as derrubadas, quando os proprietários vendiam madeira para os dormentes, e lenha para as máquinas a vapor. Com esse recurso os proprietários investiram na produção cafeeira, e usavam a Estrada de Ferro pagando frete para descer principalmente para exportação pelo porto do Rio de Janeiro, onde existiam grandes comerciantes compradores de café. Assim ficava viabilizada a ferrovia. A Estrada de Ferro Sul do Espírito Santo (EFSES) foi uma ferrovia brasileira que ligava a cidade de Vitória a Cachoeiro do Itapemirim, no estado do Espírito Santo. Sua construção teve início em 1895 com mão de obra especializada trazida da Europa com a imigração subsidiada em 849 italianos e doze portugueses. Suas obras se iniciaram em 1891 pela companhia Sapucaí, sendo encampada pelo governo estadual, pelo então presidente do estado José de Melo Carvalho Muniz Freire em 1892. Em 1906, com as obras inacabadas, pois seus trilhos estavam incompletos em Matilde (Alfredo Chaves) e Ponte Quebrada x Braço Sul - atual Marechal Floriano x Vitória, foi vendida à empresa inglesa Leopoldina Railway, pelo então presidente Henrique Coutinho. Suas obras foram concluídas em 1910, mediante a presença de diversas autoridades em Cachoeiro de Itapemirim, entre elas o então senador José de Melo Carvalho Muniz Freire, o presidente do estado Jerônimo de Sousa Monteiro e o Presidente da República Nilo Peçanha. Essa ferrovia foi responsável por interiorizar a capital do estado do Espírito Santo, na medida em que fortaleceu o poder econômico do Porto de Vitória sobre os demais portos do litoral sul capixaba, contrariando os interesses da elite econômica ‘cachoeirana’, a qual almejava que seus produtos fossem escoados pelo pequeno porto de Itapemirim, bem como de lá viessem os produtos importados. Era interesse da ‘elite sulista’ reforçar sua ligação econômica com a então capital federal, o Rio de Janeiro e não com Vitória. Com o declínio do Café e outras mercadorias durante a Segunda Guerra, a Cia Inglesa com déficit entregou a Ferrovia para o governo da época pra se livra de dívidas. Em 1957 criou se a RFFSA - Rede Ferroviária Federal S. A. - acabando o transporte de passageiros em 1991. Em 1996 a ferrovia foi concessionada pela FCA Ferrovia Centro Atlântica e, depois de 2011, outra Concessão veio com a VLI, que abandonou a ferrovia.”



Na seqüência abaixo, registros de Paulo Neiva Pinheiro mostrando detalhes da Estação de Marechal Floriano. Sua visita foi em junho de 2022. 

Do bar podemos contemplar a Estação. Pela sua arquitetura e portas pode-se arriscar um palpite que ele é da época áurea da Linha do Litoral.


Na seqüência abaixo, registros de Da Silva Junior mostrando detalhes do pátio de manobras da Estação de Marechal Floriano. Sua visita foi em abril de 2018. 


Na seqüência abaixo, detalhes do entorno da Estação, por Paulo Neiva Pinheiro.






Abaixo, a antiga Casa de Turma.


Armazém de Cargas. Na foto abaixo, havia um portão de madeira antes e foi tapado com tijolos. Acima, o outro extremo do antigo armazém.


3 comentários:

Anônimo disse...

Muitas boas lembranças desse lugar, Amarildo! Parabéns pelo trabalho!
Paulo Neiva Pinheiro

Anônimo disse...

Tinha que estar operando.
Laudo Sturaro

Anônimo disse...

Estações tinham seus interiores todos revestidos em Pinho de Riga. Madeira procedente da Eurasia entre os Alpes Suíços e Russia. Foram todas surrupiadas qdo da desativação das estações.
Carlos Alberto Diniz