quinta-feira, 11 de julho de 2024

ESTAÇÃO SANTA CRUZ - Sua principal função era atender à Usina de Santa Cruz.

Acima e na sequência abaixo, detalhes da Estação de Santa Cruz sob o olhar de Paulo Neiva Pinheiro.


A Estação de Santa Cruz em janeiro de 2004. Foto Gutierrez L. Coelho.


O desbravador da história ferroviária Paulo Neiva e a Estação de Santa Cruz.





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Estação SANTA CRUZ


campos

 

 Município: Campos-RJ

Linha de Campos a Miracema - Km 323,595 (1960)

Altitude:  ?

Estação inaugurada em: 20 de junho de 1902.

Não estive no local:  Fotos de Paulo Neiva Pinheiro em 2024.

Uso atual: Aparentemente uma Igreja.

Situação Atual – Trafego suspenso. Com trilhos. 

E. F. Leopoldina (1902-1975)

RFFSA (1975-1996)





HISTÓRICO:

A história da Linha de Campos a Miracema teve início com duas ferrovias: uma ligando Campos a São Fidélis, aberta em 1° de agosto de 1891 - tempo em que a Estação de Santa Cruz ainda não existia - e outra; a E. F. Santo Antônio de Pádua, com uma concessão de 1879, que unia a Estação de Luca (São Fidélis) a Santo Antônio dos Brotos (Miracema), ferrovia esta aberta em 1880, inicialmente de São Fidelis até Santo Antônio de Pádua, chegando finalmente até Miracema em 1883.

Em 1891, as duas ferrovias já estavam unidas ligando Miracema a Campos, ambas já pertencendo à Leopoldina.

Antes de chegar a Miracema, o Trem passava pela Estação de Paraoquena, de onde partia o Ramal de Paraoquena - que interligava a Linha de Campos a Miracema à Linha do Manhuaçu pela Estação de Cisneiros.

O trecho Paraoquena-Miracema foi o primeiro a ser desativado. No ano de 1980, Trens mistos ainda carregavam passageiros de Recreio a Campos, mas nos anos seguintes, o transporte de passageiros teve fim. A linha permaneceu ativa para cargueiros da FCA por mais algum tempo, transporte este que também foi suspenso.

Nos últimos tempos do transporte de passageiros, os Trens – passageiros ou cargueiros - seguiam direto de Cisneiros, na Linha do Manhuaçu, pelo Ramal de Paraoquena até Campos, passando pela Estação de Santa Cruz.

 

A ESTAÇÃO:

O amigo e também pesquisador ferroviário Paulo Neiva Pinheiro segue desvendando a história da Estrada de Ferro Leopoldina. Desta vez ele encontrou a antiga Estação Santa Cruz trazendo os belíssimos registros fotográficos que apresentamos nesta matéria.

A Estação de Santa Cruz foi aberta em 1902. Os Trens de passageiros deixaram de passar por ali desde o início da década de 1980, mas ainda passaram raros Trens cargueiros pela Estação por mais um tempo.

Na hoje bucólica localidade funcionava uma usina chamada Usina Santa Cruz e existia um Ramal que ligava a Estação até a Usina para fazer o escoamento da produção de álcool e açúcar produzidos nessa usina.

A localidade vivia basicamente em função dessa usina que parou de funcionar já há algum tempo, estando em estado de ruínas atualmente. Um lugar que já foi bastante próspero hoje mais parece uma cidade fantasma.


Na sequência abaixo, detalhes da Estação de Santa Cruz fotografada por Paulo Neiva.











Fizeram esse “puxadinho” à direita. Segundo Paulo Neiva, parece um bar.

Pedaços de trilhos ainda são vistos nas calçadas próximas à Estação, onde provavelmente foram usados como cerca da propriedade.



Acima e abaixo, a Usina Santa Cruz - hoje em ruínas - de onde saia um Ramal que levava até a Estação de Santa Cruz.


3 comentários:

Anônimo disse...

Amei conhecer!
Maria Oliveira

Anônimo disse...

Como sempre para mim uma honra imensa poder dar uma pequena contribuição para esse seu belo trabalho de preservação da nossa memória ferroviária através de sua página.
Paulo Neiva Pinheiro

Anônimo disse...

Parabéns pelo trabalho! Lá trabalhou o ex-chefe da Estação de Conselheiro Josino, Pedro Lima, transferido para a referida estação, hoje totalmente com outra aparência, uma princesinha. Simplesmente espetacular! Parabéns ao otremexpresso!Ela atendia a usina de cana de açúcar, do mesmo nome. Feliz coincidência. Abraços.
Jose Carlos Bissonho