Acima e na sequência abaixo, o que sobrou da Estação Dr. Jerônimo Batista em mais uma descoberta do “desbravador ferroviário” Paulo Neiva Pinheiro.
Possível Casa do Agente da ferrovia, ainda servindo de moradia.
Estação DR. JERÔNIMO BATISTA
Município: Campos-RJ
Linha de Campos a Miracema – Km 327,546
Altitude: 15m
Estação inaugurada em: 1902.
Não estive no local: Fotos de Paulo Neiva Pinheiro em 2024.
Uso atual: Abandonada.
Situação Atual – Trafego suspenso. Com trilhos.
E. F. Leopoldina (1902-1975)
RFFSA (1975-1996)
FCA (1996-....)
HISTÓRICO:
A história da Linha de Campos a Miracema teve início
com duas ferrovias: uma ligando Campos a São Fidélis, aberta em 1° de agosto de
1891 – tempo em que a Estação Dr. Jerônimo Batista ainda não
existia - e outra; a E. F. Santo
Antônio de Pádua, com uma concessão de 1879, que unia a Estação de Luca
(São Fidélis) a Santo Antônio dos Brotos (Miracema), ferrovia esta aberta em
1880, inicialmente de São Fidelis até Santo Antônio de Pádua, chegando
finalmente até Miracema em 1883. Em 1891, as duas ferrovias já estavam unidas
ligando Miracema a Campos, ambas já pertencendo à Leopoldina.
Antes de chegar a Miracema, o
Trem passava pela Estação de Paraoquena, de onde partia o Ramal de Paraoquena - que interligava a Linha de Campos a Miracema à Linha
do Manhuaçu pela Estação de Cisneiros.
O trecho Paraoquena-Miracema foi
o primeiro a ser desativado. No ano de 1980, Trens mistos ainda carregavam
passageiros de Recreio a Campos, mas nos anos seguintes, o transporte de passageiros
teve fim. A linha permaneceu ativa para cargueiros da FCA por mais algum tempo,
transporte este que também foi suspenso.
Nos últimos tempos do transporte
de passageiros, os Trens – passageiros ou
cargueiros - seguiam direto de Cisneiros, na Linha do Manhuaçu, pelo Ramal
de Paraoquena até Campos, passando pela Estação
Dr. Jerônimo Batista.
A ESTAÇÃO:
E
o amigo pesquisador e “desbravador” ferroviário fez mais uma grande descoberta - A Estação Dr. Jerônimo Batista!
Segue seu relato:
“A Estação, que foi inaugurada em
1902, está bem escondida e é confundida na página do respeitado pesquisador
Ralph Mennucci Giesbrecht com a Parada Ferroviária da Fazenda Grande, que na
verdade está alguns km’s à frente e ainda restam as ruínas de sua Plataforma.
Os belos e mais antigos registros apresentados são de
Ricardo Quinteiro de Mattos, que provavelmente se confundiu achando ser ela a
Parada Fazenda Grande, passando as fotos e informações que Ralph apenas as
reproduziu na página, afinal são tantas as
Estações e Paradas ferroviárias abandonadas por aí que acabam nos confundindo
mesmo.
Mas, seguindo a quilometragem
contida no livro Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil G-1 de 1960, o
trem saia da Estação de Santa Cruz e passava na PE de Dr. Jerônimo Batista,
para depois passar na Parada Fazenda Grande em direção a São Fidelis.
A Estação fica dentro de uma
fazenda, escondida entre árvores e, acreditem, na antiga Casa do Agente ferroviário, em frente à Estação, ainda mora gente!
A Estação foi construída na época
para escoar os produtos da Usina da
Conceição, de propriedade do Tenente Coronel João Antônio Tavares, Usina que
ficava bem em frente a ela (possivelmente onde hoje está situada a igrejinha de
Nossa Senhora da Conceição). Ele cedeu as terras para a construção da Estação.
Atenção! Se for visitar o lugar
para fazer registros, leve algo para os pet's! Existem vários cãezinhos lá que
fazem muito barulho, mas não mordem. Tinha uns 3 ou 4 quando lá estive. Latiram
o tempo todo!!!”
Os trilhos
usados na construção ainda estão expostos.
Recorte de jornal de época
(1902) falando sobre a inauguração da Estação.
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