sábado, 17 de maio de 2025

ESTAÇÃO IBITIRUI - Antigo Posto Telegráfico "Engano".

Acima e abaixo, a Estação de Ibitirui sob o olhar de Da Silva Junior.

A Estação de Ibitirui sob o olhar de Paulo Neiva Pinheiro.

Logo da VLi, que abandonou a linha.


A primitiva Estação de Engano em 1931. Autor desconhecido.


O Trem da RFFSA na Estação - década de 90.


A Estação de Ibitirui em mais três registros de Paulo Neiva Pinheiro.



Da Silva Junior na Estação Ibitirui.





mathilde


Estação IBITIRUI

Antiga Engano


ipe-acu



Município: Alfredo Chaves-ES

Linha Do Litoral - Km 549,374 (1960)

Altitude: 520 m

Estação inaugurada em:  27 de junho de 1910

Estive no local em:  Ainda não visitei a Estação. Fotos dos amigos Paulo Neiva Pinheiro e Da Silva Junior.

Uso atual: Sem uso definido, encontra-se abandonada.

Situação Atual – Tráfego suspenso. Com trilhos. 


E. F. Leopoldina (1910-1975)

RFFSA (1975-1996)

FCA (1996 - ...)




HISTÓRICO DA LINHA: 

Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht...  “O que mais tarde foi chamada "Linha do Litoral" foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia construído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim, foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. No início dos anos 80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória. A partir de 1996 a linha funcionou para cargueiros por mais alguns anos sendo operada pela FCA. ”


A ESTAÇÃO:

Estação Ibitirui - antigo Posto Telegráfico Engano - encontra-se em momento de completo abandono pela VLi. Paulo Neiva Pinheiro e Da Silva Junior visitaram a Estação. 

 

Paulo Neiva Pinheiro esteve na Estação Ibitirui duas vezes: em maio de 2022 e julho de 2024 e traz seu relato...

“A Estação de Engano foi inaugurada em 1910. Em 1921, a Estação estava abandonada e caindo aos pedaços, mas era de uso normal, época em que a população que dela se utilizava chamava-a de "Galinheiro". Em 1931, ela já estava bem novamente. Depois de 1970/1 o local mudou de nome, de Engano para Ibitirui. O prédio estava reformado em 2012 e era utilizado pela FCA, concessionária da linha. Em 2022 não era mais usado, estava abandonado, com vidros das janelas quebrados e estava pintada com as cores e logo da VLi. Vários vagões abandonados pelo pátio também.”

Sobre o nome anterior “Engano”, afirma o pesquisador Paulo Thiengo:

“…Um capítulo quase desconhecido de sua história é a mudança de traçado efetuada pela Leopoldina. A Sul do ES tinha deixado prontos cerca de 30 km de leito, sem trilhos, passando por Concórdia, Paraíso e Rodeio, em Vargem Alta, além de trechos existentes próximo a Ibitirui, antigo "Engano", nome recebido justamente por conta desta mudança…”


Da Silva Junior esteve na Estação de Ibitirui várias vezes e traz seu relato...

“Linha Ativa sem tráfego e abandonada pela concessionária atual.
Antigamente chamada de Engano devido a imigrantes Italianos que queriam descer em Colatina e pegaram a Cia Férrea errada indo para a Estação errada. Acabaram descendo em Ibitirui a apelidando de Engano. Antigo Posto Telégrafico fundado em 1910 pela Leopoldina Railway Company, a Estação fica a 520 mts de Altura em relação ao nível do mar. Em 1996 o trecho passou a ser explorado pela FCA - Ferrovia Centro Atlântica. Desde 2018 passou para o controle da Concessionária Vli e hoje está tudo completamente abandonado, sem manutenção na via. Aí vemos o estado que fica uma ferrovia que é ativa mais sem Tráfego por dizerem que não é viável, absurdo isso.”


Na sequência abaixo, a Estação de Ibitirui sob o olhar de Paulo Neiva Pinheiro.

Prédio dos anos 70 de Laje e vigas da cobertura da plataforma de concreto.

A Caixa d’água de concreto próxima à Estação.

O prédio está com o logo da VLi, mas está abandonado à própria sorte.

"Moradora" da Estação.

Aqui um dos AMVs que desviavam as composições para o pátio ferroviário da Estação de Ibitirui.


Na sequência abaixo, a Estação de Ibitirui sob o olhar de Da Silva Junior.











Paulo Neiva Pinheiro em seu retorno à Estação de Ibitirui: visual desanimador...

Colocou seu logo e sumiu.


Acima e abaixo, dormentes que deveriam ter sido usados na manutenção do trecho.

As montanhas de Ibitirui, 520 metros de altitude do nível do mar.


Em sua segunda visita à Estação de Ibitirui o que mais entristeceu Paulo Neiva foi o completo abandono do complexo ferroviário pela VLi. 

Vagões estão lá abandonados na linha, que já sofreu vários deslizamentos de terra, que nem dá para ver mais direito.

A abandono do trecho e a falta de limpeza da concessionária fez com que a natureza tomasse conta do que um dia foi seu por direito.

Aparelho de mudança de via - AMV coberto pelo mato.

Vagões de carga espalhados pelo local. São diversos vagões estacionados, abandonados no Pátio Ferroviário da Estação de Ibitirui.







2 comentários:

Anônimo disse...

Lugar onde ocorreu um trágico acidente está bem mais à frente estive lá pra tentar fotografar a cruz mas a vegetação tomou conta de tudo!!!
Paulo Neiva Pinheiro

Anônimo disse...

Pena que o mato tomou conta de tudo! Grande trabalho de resgate Amarildo!
Paulo Neiva Pinheiro