domingo, 15 de outubro de 2023

ESTAÇÃO CÂNDIDO FROES, antiga POÇO FUNDO - De lá saía o Ramal de Poço Fundo.

Matéria atualizada em 22 de dezembro de 2023.


Acima, mais um Histórico e Belíssimo registro fotográfico enviado pelos amigos do IPHAN, desvendando o mistério da primeira Estação de Poço Fundo, que ficava no meio da bifurcação das linhas: o Ramal de Poço Fundo e a Linha de Carangola.


Na sequência abaixo, a sempre valiosa contribuição do amigo Paulo Neiva Pinheiro, que visitou a Estação em outubro de 2023. Na verdade, a segunda Estação.





A Estação passou por reformas sendo usada como moradia. Mas mantiveram o dístico, o que facilita sua identificação, apesar de uma pequena alteração - agora sob o nome “CANDIDO FROIS” - que não compromete a importância histórica do prédio.




bananeiras

 

Estação CÂNDIDO FROES - RJ

Antiga Poço Fundo

 

itaperuna

 

 De Cândido Froes pelo Ramal de Poço Fundo para Patrocínio do Muriaé.


retiro-do-muriae



Município de Itaperuna – RJ

Linha de Carangola – Km 449,983.

Altitude: 123m.

Estação inaugurada em: 05 de dezembro de 1884.

Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos de Layre Pillar, Paulo Neiva Pinheiro e IPHAN.

Uso atual: Moradia.

Situação Atual – Trecho declarado erradicado e sem trilhos.

 

 Cia. E. F. Carangola (1884-1890)

Cia. Barão de Araruama (1890)

E. F. Leopoldina (1890-1973)





HISTÓRICO:

A Companhia Estrada de Ferro do Carangola foi constituída em 20 de março de 1875. Tinha a concessão para diversas linhas nas Províncias do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Entre essas, o que viria a ser mais tarde a Linha de Carangola, incorporada pela Cia. Leopoldina em 1890, foi aberta entre as Estações de Murundu e de Santo Antônio do Carangola (Porciúncula) entre os anos de 1878 e 1886. A Linha de Carangola foi extinta pela RFFSA em 31 de dezembro de 1973 no trecho entre Porciúncula e Itaperuna, e em 1º de novembro de 1977 no trecho restante.

 

A ESTAÇÃO:

A Estação de Poço Fundo foi inaugurada com este nome em 1884 pela E. F. Carangola. Nesse mesmo ano, a linha foi estendida até Patrocínio de Muriaé, e, dois anos depois, uma outra linha também saindo de Poço Fundo se estenderia até Porciúncula. O trecho de 1884 ficou, então, conhecido como Ramal do Poço Fundo, uma ligação entre as linhas de Carangola e do Manhuaçu que formava um triângulo.

A ferrovia foi vendida em 1890 para a E. F. Barão de Araruama, que poucos meses depois a repassou para a Leopoldina, embora essa venda apareça como tendo ocorrido em 1888, segundo alguns autores.

Nos anos 1940, seu nome foi alterado para Estação Cândido Froes.

Logo após a Estação, cerca de 50 metros, existia a bifurcação dos ramais, que foi transformada em estradas de terra que servem a algumas propriedades daquela região.

A Estação foi fechada "em caráter definitivo" em 1º de junho de 1971, de acordo com o relatório da Leopoldina desse ano.

Nos dias de hoje a antiga Estação serve de moradia e passou por recentes reformas. Mantiveram o dístico, o que facilita sua identificação, mas com uma pequena alteração, agora sob o nome “CANDIDO FROIS”, nada que comprometa a importância do prédio histórico.

Esta matéria só foi possível graças às valiosas contribuições de Layre Pillar postadas na página do facebook "Itaperuna das Antigas"; de Paulo Neiva Pinheiro e do IPHANcom mais um belíssimo e histórico registro fotográfico. 

Informações sobre a Estação extraídas da página http://www.estacoesferroviarias.com.br/efl_ramais_2/candido.htm


Acima, foto de parte da Estação antes da reforma destacando o “dístico” escrito da forma correta – CANDIDO FROES - da página estacoesferroviarias.

Abaixo, mais dois registros fotográficos de Layre Pillar.


Na sequência abaixo, mais alguns belos registros do amigo Paulo Neiva Pinheiro, que visitou a Estação em dezembro de 2023.


22 comentários:

Anônimo disse...

Parece que o pessoal mantém a estação bem limpa e cuidada. Legal!
Ademir Alves Flores

Anônimo disse...

Estive aí esses dias, em breve vou por as fotos!
Paulo Neiva Pinheiro

Anônimo disse...

Então vem coisa boa por aí, Paulo Neiva Pinheiro! No aguardo para publicar!
Amarildo José Mayrink

Anônimo disse...

Que voltem os trens!
Sabrina Lopes

Anônimo disse...

Belíssima leitura, fotos fantásticas!
Marise Richardson

Anônimo disse...

Meu pai percorria isso tudo a pé vigiando linha. Aposentou na ferrovia.
Robson Pereira da Costa

Anônimo disse...

É uma pena que os nossos governos conseguiram acabar com tudo, a nossa história de coisas antigas como casas, casarões, fazendas, ferrovias e muito mais do nosso patrimônio histórico. Já se foram quase todos! Não existe memória histórica!
José Vargas

Anônimo disse...

Bons tempos!
José Vargas

Anderson disse...

Em 1984 eu mudei para Itaperuna e estudava no colégio Romualdo no bairro Cidade Nova, de vez em quando nós matavamos aula e íamos até esta estação, onde morava um colega de classe com seu pai: funcionário aposentado da ferrovia). Lá deixavamos os pertences e mudavamos de roupa para tomar banho na cachoeira da fumaça (Rio Muriaé).

Anônimo disse...

Poxa que maneiro! A outra é bem menor! Essa parece que foi feita de pau a pique. Muito legal meu amigo! Então aquela estação menor não é de 1884 e sim essa da foto!!!
Paulo Neiva Pinheiro

Anônimo disse...

Os contos e encantos das estações ferroviárias, muitas das suas histórias guardadas e tantas outras perdidas, onde a poesia estava presente num ambiente bucólico e poético. Grato por trazer esses relatos desse seu rico acervo!
Jadir Miranda Moreira

Anônimo disse...

Eram muitas as Estações Ferroviárias espalhadas por esse imenso território mineiro, algumas ainda de pé e tantas outras que só estão na lembrança daqueles que habitavam as cercanias daquelas localidades por onde o trem de ferro era o único meio de transporte.
A de Mar de Hespanha está preservada e lá está estampado o nome da cidade escrito assim mesmo, Mar de Hespanha, uma estação que serviu para o embarque do mármore que era extraído da Pedreira do italiano Mário Rovida com destino ao Rio de Janeiro, pedreira esta que ficava na localidade denominada Caeira, os caminhões Wait transportavam os blocos que eram embarcados e as Maria Fumaças puxavam os vagões, isso até as décadas de 40/50.
Sou natural de Senador Cortes, naquela época Monte Verde, vivi parte da minha infância em Mar de Hespanha e assisti aquele ramal ferroviário em pleno funcionamento.
Jadir Miranda Moreira

Anônimo disse...

Era entroncamento de Itaperuna-Patrocinio do Muriaé e respectivamente Porciúncula passando em Natividade. Tudo funcionava muito bem, aí veio o regime militar em 1964 e iniciou o desmanche. O Sr FHC com suas privatizações inescrupulosas acabou de vez com este meio de transporte muito importante e histórico! Lamentável...
Nyldo Coutinho

Anônimo disse...

Tanto investimento e tecnologia tudo jogado fora.... o como é necessário a volta dos TRENS DE PASSAGEIROS.
Josias De Almeida Júnior

Anônimo disse...

Quando criança passava as férias na casa da minha tia que mora na Rua Porciúncula, na Cidade Nova. Uma vez fomos com o grupo da igreja dela fazer uma reunião na casa de uma família no Poço Fundo e vi essa estação. Ainda havia um trecho da linha de trem. Lembro de mim andando sobre os trilhos.
Ana Claudia

Anônimo disse...

Bela foto!Que coisa Maravilhosa!!
Adenilza Ribeiro Silva Ramos da Fonseca

Anônimo disse...

Parabéns pela postagem! Infelizmente essa relíquia não foi conservada pelo Patrimônio Histórico e Cultural do Município de Itaperuna! A História de Itaperuna, lamentavelmente, está sendo sepultada.
Rg Cerqueira

Anônimo disse...

A saudade mata, tenho muito amor pela ferrovia, sou quarta geração de filho com filha de ferroviários... fico com olhos marejados...
Antônio Marques Oliveira

Anônimo disse...

Esse desvio a direita era um triângulo de reversão ou era um ramal pra outra cidade.
Roberto Santos De Lima

Amarildo Mayrink disse...

Roberto Santos De Lima, segundo informações, a antiga Estação de Poço Fundo ficava dentro da bifurcação das linhas, o que nos leva a crer que era a saída de um dos ramais.

Anônimo disse...

Nasci em Poço Fundo! A estação fica ao lado da sede, hoje estação Cândido Froes. Saudades quando meus avós reunia a família nos Natais, passagens de ano, semana santa etc…
Zelia Carpi

Anônimo disse...

Itaperuna tem uma história linda! Falta interesse dos políticos pra trazer a memória e fazer um museu.
Flavio Oliveira