domingo, 26 de abril de 2020

ESTAÇÃO PEDRA MENINA - Estação entre Espera Feliz e Caparaó.

Matéria atualizada em 22 de novembro de 2025.

Acima e na sequência abaixo, a Estação de Pedra Menina em fotos feitas por Paulo Neiva Pinheiro em 2025.

O dístico já meio escondido por conta de construções recentes feitas do lado da Estação.

A Estação centenária usa placas de energia solar em seu telhado.



Acima e abaixo, a Casa de Turma localizada às margens do antigo leito ferroviário indo de Espera Feliz sentido à Estação de Pedra Menina. 


Abaixo, o belo registro de Carlos de Macedo destacando a Estação de Pedra Menina.
 

Abaixo, a Estação logo após passar por bela reforma - foto de José Afonso de Souza.


Abaixo, a antiga Estação antes de sua reforma, onde podemos observar a palavra "PARADA" escrita acima do nome "PEDRA MENINA" no dístico, registro fotográfico do acervo de Paulo Henrique Thiengo.


Paulo Neiva Pinheiro e a Estação Pedra Menina em 2025.







Estação PEDRA MENINA



Município: Espera Feliz-MG
Linha de Manhuaçú: Km 503,501 (1960).
Altitude: 763m
Estação inaugurada em: 09 de janeiro de 1924.
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos de Carlos de Macedo; José Afonso de Souza; Paulo Henrique Thiengo e Paulo Neiva Pinheiro.
Uso atual: Uso particular. Nela funciona uma mercearia que atende à pequena comunidade
Situação Atual – Trecho declarado erradicado, sem trilhos.

E. F. Leopoldina (1924-1975)



HISTÓRICO:

A linha que ligava a Estação de Recreio a Santa Luzia – Carangola - teve a sua concessão e construção a cargo da Companhia Alto Muriaé, estabelecida em 1880. Em 02 de maio de 1883, a empresa foi incorporada pela E. F. Leopoldina. Uma alteração de traçado na linha original para Muriaé levou a Leopoldina a passar por uma pequena extensão dentro de território fluminense, onde estava Santo Antônio – Porciúncula - retornando para Minas, seguindo para Carangola, onde chegou em 1887. De 1911 a 1915, a Leopoldina prosseguiu a linha até Manhuaçu, seu ponto final. O trecho Manhuaçu-Carangola foi fechado em 23 de julho de 1975. O trecho Porciúncula-Carangola foi fechado em 1977; e em 1979, fechou-se a linha entre Cisneiros e Porciúncula. O pequeno trecho Recreio-Cisneiros nunca foi oficialmente suprimido.


A ESTAÇÃO:

Como ainda não tive a oportunidade de visitar a localidade, inicialmente havia publicado uma matéria mais simples sobre a Estação PEDRA MENINA, localizada em comunidade rural de mesmo nome, em Espera Feliz, na Linha de Manhuaçu com as fotos que tinha em meu acervo: a mais antiga da Estação antes da reforma - de Paulo Henrique Thiengo - e os registros de José Afonso de Souza e Carlos de Macedo

Além destas fotos, recebemos novos e importantes registros de Paulo Neiva Pinheiro, que visitou a Estação em 2025. Assim, trazemos a atualização da matéria sobre a Estação Pedra Menina, na Linha de Manhuaçu


Paulo Neiva Pinheiro esteve na Estação Pedra Menina em  2025 trazendo seu relato...

“A Estação de Pedra Menina foi aberta em 1924. Quando estive lá em 2025 encontrei a Estação toda reformada e funcionando como uma mercearia. O prédio estava um pouco desfigurado com a construção de prédios anexos, mas ainda conservando basicamente as linhas e materiais originais. Até antes de sua reforma, estava escrita a palavra "PARADA" acima de seu nome no dístico, o que pode ter ocorrido após o fechamento da Estação e transformação em parada simples, pouco antes do fechamento da Linha de Manhuaçu. Creio que essa Estação foi construída pela E.F. Leopoldina Railway muito mais para atender a demanda de cargas - sacas de café - do que a passageiros, pois o lugar continua muito pacato, como já devia ser na época da ferrovia. A atendente da mercearia, muito simpática por sinal, me passou a senha do Wi-Fi para eu ajustar meu GPS e chegar até a próxima Estação que era a de Caparaó. Eu estava meio perdido na região sem o sinal de internet 5G.”


Abaixo, detalhes da Estação Pedra Menina em mais alguns registros de Paulo Neiva Pinheiro feitos em 2025.

Construção feita no lado direito da Estação para aumentar a mercearia.

Placa com o Km e a altitude da Estação.

Portão de Cargas, entrada para o atual mercadinho.

Porta da Agência, original de 1924.



Escoramento do telhadinho da cobertura da plataforma feito em madeira.


Casa de Turma de Manutenção da Via Permanente da Leopoldina Railway - Espera Feliz -MG.

Casa de Turma localizada às margens do antigo leito ferroviário indo de Espera Feliz sentido à Estação de Pedra Menina , imóvel que pertenceu a Leopoldina Railway para abrigar as turmas de manutenção da via permanente da Linha do Manhuaçu. Pelas suas características não foi difícil identificá-la. Este prédio deve ter mais de 100 anos facilmente. Parece um pouco com uma Casa de Turma localizada em São Romão, distrito de Guaçui-ES, que tem as mesmas características.”








Antigo Pontilhão usado no Ramal de Manhuaçu - Caparaó-MG

“Um dos poucos remanescentes da passagem da Linha de Manhuaçu pelo local, um antigo pontilhão ferroviário hoje transformado em ponte rodoviária. Fica entre as Estações de Pedra Menina e a de Caparaó.”





Seria essa a Casa do Agente da Estação? Eu creio que sim. Ainda mais pelo estilo e pela proximidade.




sábado, 25 de abril de 2020

Estação PARADA DOUTOR NILO - Uma parada particular na Fazenda do Dr. Nilo Peçanha, em Itaipava.


Uma bela panorâmica da fazenda do Dr. Nilo Peçanha, vendo-se a Parada bem próxima à sua sede - do acervo de João Carlos da Silva.



Registro de uma ilustração publicitária de época destacando a bela foto da chegada do expresso das 8:40 à parada da Fazenda.








Estação PARADA DOUTOR NILO



Município: Petrópolis
Linha do Norte: Km 80,082 (1960).
Altitude: 683m.
Estação inaugurada em: Sem informação.
Estive no local em: Não visitei o local.
Uso atual: Demolida
Situação Atual – Trecho declarado erradicado, sem trilhos.







HISTÓRICO:
A história da Leopoldina Raliway nos primórdios da ferrovia no Brasil reserva algumas peculiaridades que demonstram o romantismo da época, como é o caso da Estação/Parada Dr. Nilo.


A ESTAÇÃO:

A Estação Doutor Nilo ficava na fazenda do Dr. Nilo Peçanha, político, presidente do Brasil em 1909 e 1910.

Era uma parada particular em modelo tradicional - composta de plataforma com uma cobertura de telhas em duas folhas - onde o trem só parava se houvessem passageiros para embarque/desembarque. A estação não aparece nos guias e não existe registro conhecido da data de sua inauguração.






sexta-feira, 24 de abril de 2020

ESTAÇÃO CAPITÃO MARTINS - 1ª parada na zona rural de Raul Soares em direção a Caratinga.


Matéria atualizada em 19 de fevereiro de 2021.

Acima e abaixo, a Estação Capitão Martins em registros do acervo de Israel Zinho.




A Estação Capitão Martins está às margens da rodovia MG 329, como podemos ver nesta imagem extraída do Google Maps.




Nas duas fotos acima, o prédio maior, que abrigava a estação.


Abaixo, o prédio menor, que abrigava o armazém. 









monsenhor-horta

Estação CAPITÃO MARTINS



Município: Raul Soares-MG
Linha de Caratinga: Km 537,029 (1960).
Altitude: 279m.
Estação inaugurada em: 14 de dezembro de 1930.
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação.
Uso atual: Moradia familiar. 
Situação Atual – Trecho declarado erradicado, sem trilhos.

E. F. Leopoldina (1930-1975)
RFFSA (1975-1994)







HISTÓRICO:

Contando mais uma vez com a contribuição dos amigos José Carlos da Silva, Manoel Soares, Israel Zinho e da página “Raul Soares – Sua Historia em Fotos”, trazemos hoje a Estação Capitão Martins, situada na área rural de Raul Soares.
Trata-se da primeira parada dentro da área do município de Raul Soares, tendo dois prédios compondo um pequeno complexo ferroviário.


A ESTAÇÃO:

A estação de Capitão Martins está localizada a 7 km de Raul Soares tendo sido importante entreposto de mercadorias, servindo de ponto de apoio ao transporte de gado e de madeira.
Construída em alvenaria, sua arquitetura acompanha um modelo quase padrão para as estações deste trecho do Ramal de Caratinga.
Em 1990 passou por reforma para abrigar a Escola Municipal Vicente Xavier, que ali funcionou até 1995.
Percebe-se também que, acima de Raul Soares, várias estações tiveram a disposição de dois prédios: no caso de Capitão Martins o maior deles, com 183m², era a estação propriamente dita; o outro, menor, com 99m² era um armazém para escoamento da produção local.

Hoje o antigo armazém é utilizado como capela comunitária da localidade e a antiga estação tornou-se moradia familiar. 



Localização da Estação Capitão Martins através do Google Maps.



Acima, o prédio da estação visto pelo lado da plataforma de embarque e desembarque de passageiros.



O prédio menor abriga hoje a capela da comunidade. 



quinta-feira, 23 de abril de 2020

ESTAÇÃO ABAÍBA - Antiga Santa Izabel, pela linha do Centro antes da chegada a Recreio.

Matéria atualizada em 02 de outubro de 2023. 

Acima, mais uma sensacional contribuição do IPHAN, onde podemos ver o pátio da Estação de Santa Izabel (Abaíba), belíssimo registro fotográfico dos primeiros tempos da Ferrovia.


Acima, a Estação de Abaíba em mais uma valiosa contribuição de Marco Antônio Francisco.


Com a valiosa contribuição de Hugo Caramuru, a Estação em dois momentos. Em comum a torre do transformador. Vale ressaltar que estas fotos vieram graças a um “valioso e produtivo debate” com Cesar Leal, Claudio Gil Rocha e Hugo Caramuru no facebook.
 A mesma estação, acima com o dístico “Santa Izabel”; abaixo, “Abaíba”. 


Abaixo, o maravilhoso registro fotográfico do acervo do IPHAN, onde demos mais destaque à Estação de Santa Izabel (Abaíba) e seu pátio. Simplesmente espetacular!








Estação ABAÍBA
Antiga Santa Izabel



Município: Leopoldina-MG
Linha do Centro: Km 299,667 (1960).
Altitude: 220m.
Estação inaugurada em: maio de 1875.
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação.
Uso atual: Espaço Social Comunitário. 
Situação Atual – A linha era utilizada pela FCA no transporte de bauxita. Aguardando autorização para o funcionamento do Trem Turístico Rio-Minas.

E. F. Leopoldina (1875-1975)
RFFSA (1975-1996)




A ESTAÇÃO:

Segundo sita Ralph Mennucci Giesbrecht em sua página Estações Ferroviárias, a Estação de Santa Izabel (Abaíba) foi aberta em 1874, mas outras fontes dão a data de 1875.

A fazenda Abaíba foi construída por João Monteiro Lobato Galvão de São Martinho na segunda metade do século XIX.
Mais tarde foi adquirida por Antônio Monteiro Ribeiro Junqueira, que também acabou comprando a fazenda Nova Santa Isabel de seu tio Lobato em 1906.
O nome original da Estação veio desta última fazenda, e o novo nome, dado à Estação nos anos 1940, referia-se à fazenda maior, que havia anexado a Santa Izabel.
O prédio da Estação vem sendo usado como Espaço Social Comunitário enquanto não tem início o Trem Turístico Rio/Minas.

Ainda não tive a oportunidade de visitar Abaíba. As fotos que ilustram esta matéria foram gentilmente cedidas por Marco Antônio Francisco; Hugo Caramuru; Gutierrez L. Coelho; Antônio Trescates e Acervo IGBE.
Além destes, recebi em setembro de 2023 mais um espetacular registro fotográfico – valiosíssima e histórica contribuição do IPHAN – onde vemos o pátio e a Estação de Abaíba.

Informações sobre a Estação extraídas da página: http://www.estacoesferroviarias.com.br/efl_mg_linhadocentro/abaiba.htm


Acima, o distrito leopoldinense de Abaíba após a tromba d'água ocorrida entre 14 e 15 de dezembro de 1948. Foto de Antônio Trescates, publicada na página www.leopoldinense.com.br


HISTÓRICO:

O trecho entre Porto Novo do Cunha - ponta do ramal de Porto Novo da EFCB em 1871 - e a cidade de Ubá foi a própria origem da E. F. Leopoldina. O primeiro trecho foi aberto em 1874, de Porto Novo a Volta Grande, e no ano seguinte os trilhos já chegavam a Santa Izabel (Abaíba). 
Em 1879, a ferrovia já atingia Ubá, passando por Cataguazes, e tendo um ramal para a cidade de Leopoldina, esta sim, a origem do nome da ferrovia.

A linha que passa por Abaíba ainda foi utilizada pelo trem de bauxita da Ferrovia Centro-Atlântica, concessionária da linha, entre as estações de Barão de Camargos, MG, e de Barão de Angra, RJ, até 31 de julho de 2015, quando este trem foi desativado.

Hoje, aguarda-se a liberação para funcionamento do Trem Turístico Rio/Minas passando por Abaíba.


Acima, a Estação de Abaíba por outro ângulo, bela contribuição de Gutierrez L. Coelho.




Acima, bilhete de passagem apresentado pelo amigo Carlos Cardoso, que muitas vezes fez este percurso.