quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

ESTAÇÃO APERIBÉ - Mais uma antiga Estação transformada em belo Espaço Cultural.

Matéria atualizada em 14 de dezembro de 2024.


Acima e nas duas fotos abaixo, a Estação de Aperibé - hoje o Museu Casa de Cultura Municipal - em fotos de Paulo Neiva Pinheiro, que visitou Aperibé em 2024.



Nas duas fotos abaixo, a Estação de Aperibé em dois belos registros de Drelean Lee feitos em 2022.


Abaixo, belíssimo e histórico registro de Hugo Caramuru, ainda dos tempos em que o Trem passava por Aperibé.


Abaixo, mais dois belos registros de Paulo Neiva Pinheiro.




 

baltazar

 

Estação APERIBÉ

Antiga Chave do Faria


funil

  


Linha de Campos a Miracema – Km 417,189.

Município: Aperibé - RJ

Altitude: 68m.

Estação inaugurada em: 11 de maio de 1883.

Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos cedidas por Drelean Lee; Fabrício Mansur; Hugo Caramuru e Paulo Neiva Pinheiro.

Uso atual: Museu Casa de Cultura Municipal.

Situação Atual – Trecho desativado, com trilhos.

 

E. F. Leopoldina (1883-1975)

RFFSA (1975-1996)





HISTÓRICO DA LINHA:

A história da Linha de Campos a Miracema teve início com duas ferrovias: uma ligando Campos a São Fidélis, aberta em 1° de agosto de 1891 e outra; a E. F. Santo Antônio de Pádua, com uma concessão de 1879, que unia a Estação de Luca (São Fidélis) a Santo Antônio dos Brotos, como era chamada inicialmente a Estação de Miracema, ferrovia esta aberta em 1880, inicialmente de São Fidelis até Santo Antônio de Pádua, chegando finalmente até Miracema em 1883. Em 1891, as duas ferrovias já estavam unidas ligando Miracema a Campos, ambas já pertencendo à Leopoldina.

Antes de chegar a Miracema, o Trem passava pela Estação de Paraoquena, de onde partia o Ramal de Paraoquena - que interligava a Linha de Campos a Miracema à Linha do Manhuaçu pela Estação de Cisneiros.

O trecho Paraoquena-Miracema foi o primeiro a ser desativado. 

No ano de 1980, Trens mistos ainda carregavam passageiros de Recreio a Campos, mas nos anos seguintes, o transporte de passageiros teve fim. A linha permaneceu ativa para cargueiros da FCA por mais algum tempo, transporte este que também foi suspenso.

Nos últimos tempos do transporte de passageiros, os Trens – passageiros ou cargueiros - já sem passar por Miracema, seguiam direto de Cisneiros, na Linha do Manhuaçu, pelo Ramal de Paraoquena até Campos passando pela Estação de Aperibé.

(Fonte: site Estações Ferroviárias)


A ESTAÇÃO:

Localizada em Município de mesmo nome, a Estação de Aperibé foi aberta em 1883 com o nome Chave do Faria. Era na época, o final da Linha que ligaria Campos a São Fidélis.

Após a suspensão dos trens de passageiros e o encerramento do transporte de cargas pela FCA, a Estação permaneceu fechada por um período, tendo sua propriedade e gestão posteriormente transferida para o Município, que a transformou no belo "Museu Casa de Cultura", como pode ser visto nas fotos de Drelean Lee feitas em 2022 e de Paulo Neiva Pinheiro feitas em 2024.

Segue o relato de Paulo Neiva Pinheiro... “Estive em Aperibé em 2024 e encontrei a Estação toda reformada, muito bem cuidada e conservada, servindo como Museu Casa de Cultura. Parabéns à Prefeitura de Aperibé-RJ por preservar este importante patrimônio histórico. Cidadezinha pequena que, assim como sua vizinha Cambuci-RJ, tinha poucas vagas nas suas raras pousadas. Tive que dormir em uma cidade próxima, pois não achei vaga nenhuma das pousadas da cidade durante minha visita.”

Além das belíssimas fotos de Paulo Neiva PinheiroDrelean Lee, apresentamos também o belo registro de Fabrício Mansur e as verdadeiras "relíquias fotográficas" de Hugo Caramuru.



Acima e abaixo, mais dois belos registros de Hugo Caramuru ainda dos tempos em que o Trem passava por Aperibé.


Na sequência abaixo, a Estação de Aperibé em detalhes, por Paulo Neiva Pinheiro.











Um trecho de Linha próximo a Aperibé, belo registro de Fabrício Mansur.


Abaixo, a Estação de Aperibé em mais dois belos registros de Drelean Lee. 



Próximo à Estação, prédio que remonta aos primeiros tempos da ferrovia em Aperibé.


quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Estação PARADA DOUTOR JUNQUEIRA - Era a última parada antes de chegar a Pirapetinga.

 

A pequena Parada Doutor Junqueira vista nos dois sentidos. Próximo a ela, a Capela da Comunidade.





pirapetinga

 

Estação PARADA DOUTOR JUNQUEIRA

Antiga São Sebastião do Pirapetinga

 

caiapo

 

  

Ramal de Pirapetinga – Km 293,307.

Altitude: 175m.

Estação inaugurada em: 1880.

Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos feitas por Drelean Lee.

Uso atual: Patrimônio Cultural de Pirapetinga, marco da passagem dos Trens por lá.

Situação Atual – Trecho declarado erradicado e sem trilhos.

 

E. F. Pirapetinga (1880-1883)

E. F. Leopoldina (1883-1964)







HISTÓRICO DA LINHA:

 

Segundo o site “Estações Ferroviárias”... ”Em 1876, foi dada a concessão para o Major Antonio Alves Pereira da Silva construir uma ferrovia ligando a estação de Volta Grande a Santana de Pirapetinga. Em 1880 foi aberto o primeiro trecho e neste mesmo ano a estrada chegou a Pirapetinga. Em 1885, a Leopoldina incorporou o trecho, que passou a ser um ramal. Em 12 de agosto de 1964 o ramal foi suprimido.”

O Ramal de Pirapetinga era composto de quatro estações e uma pequena parada.

 

 

A ESTAÇÃO:


Pensando ter visitado todas as estações do Ramal de Pirapetinga em minha viagem de pesquisas àquela região realizada em março de 2022, eis que alguns amigos da página citaram a possibilidade da existência de uma parada na zona rural do Município de Pirapetinga. Desde então fiquei curioso em retornar a Pirapetinga para tentar encontrar a tal Parada.

Para desvendar o grande mistério, eis que ao encerrar o ano de 2022 recebo do amigo Drelean Lee - outro grande “aventureiro” pelos caminhos da E. F. Leopoldina - os registros fotográficos realizados em sua visita às estações daquele Ramal em maio de 2021 comprovando: “Sim, a Estação Parada Doutor Junqueira realmente existiu no Ramal de Pirapetiga e ainda está de pé - muito bem cuidada por sinal – mantida em boas condições pelo Setor de Patrimônio Cultural de Pirapetinga.” Trata-se de uma pequena plataforma com cobertura, na configuração tradicional das pequenas paradas ferroviárias da Leopoldina.

O acesso a ela é feito por estrada rural, aberta exatamente sobre o antigo leito ferroviário.

Segundo um levantamento histórico realizado por Fábio Monteiro, também apresentado na página “Estações Ferroviárias”, a Estação/Parada já aparecia no “Almanak Laemmert de 1892” sob o nome de São Sebastião do Pirapetinga.



Bem próxima à plataforma, uma Placa fixada pelo Setor de Patrimônio Cultural de Pirapetinga destaca a Parada Doutor Junqueira e seu valor como Patrimônio Cultural Municipal. 




segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

ESTAÇÃO BALTAZAR - Na Linha de Campos a Miracema, parada em Distrito de Santo Antônio de Pádua.

Matéria atualizada em 09 de dezembro de 2024.

Abrimos a matéria apresentando quatro registros em tempos distintos mostrando a evolução do triste abandono da Estação de Baltazar.

Primeiro registro fotográfico da Estação de Baltazar feito por Laura Mansur em sua visita para fotos na localidade em 2013.


 A Estação de Baltazar sob o olhar de Laura Mansur em julho de 2018. A cor já havia mudado, mas a Estação ainda estava de pé. 


Laura Mansur não escondeu seu desapontamento ao visitar Baltazar nos últimos dias de dezembro de 2022 e encontrar a antiga Estação com parte de sua parede lateral e do telhado desabados: "Uma pena que, por falta de manutenção, uma parte importante da história vire ruína."


Acima e nas seis fotos abaixo, registros de Paulo Neiva Pinheiro mostrando o completo abandono da Estação de Baltazar em 2024. 







Abaixo, no triste cenário do abandono da ferrovia em Baltazar, a sensibilidade de Laura Mansur neste romântico e belo registro.  

A Caixa d’água, que ficava localizada próxima à Estação, em foto de Laura Mansur feita em julho de 2018. Hoje ela não está mais lá...


 

santo-antonio-de-padua


Estação BALTAZAR 


aperibe

 

 

Linha de Campos a Miracema – Km 427,292.

Município: Santo Antônio de Pádua - RJ

Altitude: 76m.

Estação inaugurada em: 1883.

Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos cedidas por Laura Mansur e Paulo Neiva Pinheiro.

Uso atual: Abandonada, em ruínas.

Situação Atual – Com trilhos. Tráfego suspenso.

 

E. F. Santo Antônio de Pádua (1880-1884)

E. F. Macaé a Campos (1884-1887)

E. F. Leopoldina (1887-1975)

RFFSA (1975-1996)

FCA (1996...)




HISTÓRICO DA LINHA:

A história da Linha de Campos a Miracema teve início com duas ferrovias: uma ligando Campos a São Fidélis, aberta em 1° de agosto de 1891 e outra; a E. F. Santo Antônio de Pádua, com uma concessão de 1879, que unia a Estação de Luca (São Fidélis) a Santo Antônio dos Brotos, como era chamada inicialmente a Estação de Miracema, ferrovia esta aberta em 1880, inicialmente de São Fidelis até Santo Antônio de Pádua, chegando finalmente até Miracema em 1883. Em 1891, as duas ferrovias já estavam unidas ligando Miracema a Campos, ambas já pertencendo à Leopoldina.

Antes de chegar a Miracema, o Trem passava pela Estação de Paraoquena, de onde partia o Ramal de Paraoquena - que interligava a Linha de Campos a Miracema à Linha do Manhuaçu pela Estação de Cisneiros.

O trecho Paraoquena-Miracema foi o primeiro a ser desativado. 

No ano de 1980, Trens mistos ainda carregavam passageiros de Recreio a Campos, mas nos anos seguintes, o transporte de passageiros teve fim. A linha permaneceu ativa para cargueiros da FCA por mais algum tempo, transporte este que também foi suspenso.

Nos últimos tempos do transporte de passageiros, os Trens – passageiros ou cargueiros - já sem passar por Miracema, seguiam direto de Cisneiros, na Linha do Manhuaçu, pelo Ramal de Paraoquena até Campos passando pela Estação de Baltazar.

(Fonte: site Estações Ferroviárias)

 

Acima e abaixo, a antiga Estação com parte da parede lateral e do telhado desabados, registros de Laura Mansur feitos nos últimos dias de dezembro de 2022. 

 

A ESTAÇÃO:

Graças mais uma vez à contribuição dos amigos da página: da fotógrafa Laura Mansur, de Santo Antônio de Pádua – que visitou a localidade em tempos distintos: 2013, 2018 e 2022 – e do desbravador ferroviário Paulo Neiva Pinheiro - que visitou a localidade em 2024 - trazemos mais uma Estação da E. F. Leopoldina: a Estação de Baltazar, que fica em distrito de mesmo nome no Município de Santo Antônio de Pádua.

A Estação de Baltazar foi inaugurada em 1883.

A descrição do local em 1884 era: "Na Estação do Balthazar, freguezia de Santo Antonio de Pádua: um edifício no km 58, construído de pau a pique, coberto de telha" (Estradas de Ferro do Brasil, Cyro Pessoa Jr., 1886).

Posteriormente foi construído um novo prédio (o atual).

A Estação de Baltazar foi fechada após a suspensão dos trens de passageiros no início da década de 1980, sendo totalmente abandonada após o encerramento do transporte de cargas pela FCA.

 Segundo Paulo Neiva Pinheiro... “A Estação começou a ser destruída em 2021, não se sabe se para reuso do material ou se pela ação do tempo (ventos, sol e chuva).

Em 2024 ainda estava com partes ruídas, como as paredes das cabeceiras e grande parte do telhado. A caixa d’água metálica parece que foi roubada e vendida como sucata, pois não a achei lá… sabemos que até 2018 ela ainda estava no local.”

Apesar do completo abandono, a maior parte da Estação ainda resiste, à espera de que os órgãos competentes reconheçam sua importância Histórica e Cultural para a comunidade e para o Município de Santo Antônio de Pádua, realizando uma necessária obra de restauração que resgate aquele belo prédio colocando-o à serviço da comunidade de Baltazar.


Abaixo, um espetacular e detalhado levantamento fotográfico de Paulo Neiva Pinheiro mostrando o estado de completo abandono deste prédio histórico.
































Abaixo, a Caixa d’água de Baltazar fotografada em tempos distintos: 2013, 2017, 2018 e 2019. Hoje ela não está mais lá...





Abaixo, o pátio da Estação de Baltazar em 2013.

Outro belo registro feito por Laura Mansur em 2019, onde vemos parte da Estação e uma bela e antiga construção com parte de seu telhado desabado.

Mais três belos registros da Estação de Baltazar.




Próximo à Estação, a sensibilidade de Laura Mansur em mais um belo registro.

Em 2024, Paulo Neiva Pinheiro também se encantou com a beleza do prédio acima, mas ficou triste ao também vê-lo em ruínas. Veja nas fotos abaixo.






 Abaixo, mais alguns românticos e belos registros de Laura Mansur em contraste com o triste cenário do abandono da ferrovia em Baltazar.  




Abaixo, registros de Paulo Neiva Pinheiro mostrando outros prédios que remontam ao início dos tempos da ferrovia em Baltazar.