ESTAÇÃO CARDOSO MOREIRA - Mais um Município que nasceu ao redor de sua Estação Ferroviária.

 Acima, mais um Histórico e Belíssimo registro fotográfico da Linha de Carangola enviado pelos amigos do IPHAN desvendando mais um mistério: a Estação original de Cardoso Moreira era maior que o prédio atual, mas a extensão original de sua plataforma continua lá. Na foto, é possível observar que a Estação original possuía dez estruturas de apoio e suporte do telhado da plataforma. 

Na foto abaixo, de Paulo Neiva Pinheiro, observa-se que a Estação atual possui seis estruturas de apoio e suporte do telhado da plataforma. 

Abaixo, a sempre valiosa contribuição do amigo Paulo Neiva Pinheiro, que visitou a Estação em dezembro de 2023. Na verdade, a segunda Estação.

Nas fotos acima e abaixo, de Paulo Neiva Pinheiro, é possível observar em detalhe, a estrutura original de apoio e suporte do telhado da plataforma, idêntica à da primeira foto do IPHAN.

Na foto acima, podemos ver que a antiga plataforma ainda está lá, se estendendo além do limite atual do prédio.

A antiga Caixa d'Água ainda está lá, próxima à antiga Estação Ferroviária. 

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Estação CARDOSO MOREIRA - RJ

Antiga Cachoeiro

 

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Município: Cardoso Moreira – RJ

Linha de Carangola – Km 390,085.

Altitude: 28m.

Estação inaugurada em: 29 de novembro de 1878.

Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos de Paulo Neiva Pinheiro e IPHAN.

Uso atual: Câmara Municipal.

Situação Atual – Trecho declarado erradicado e sem trilhos.

 

Cia. E. F. Carangola (1878-1890)

Cia. Barão de Araruama (1890)

E. F. Leopoldina (1890-1975)

HISTÓRICO:

Segundo o site http://www.estacoesferroviarias.com.br  a Estação de Cachoeiro foi inaugurada em 1878 (há fontes que citam a data de 4 de dezembro do mesmo ano e não 29 de novembro). Era então a Estação terminal da linha que vinha de Campos e Murundu, e assim ficou por alguns anos até que fosse definitivamente prolongada até Porciúncula.

Como é sabido, o trecho entre Murundu e Campos da E. F. Carangola mais tarde tornou-se parte da linha do litoral, sendo denominado de Linha do Carangola o trecho entre Murundu e Porciúncula.

Na inauguração da Estação, compareceu o imperador D.Pedro II e sua filha a Princesa Isabel. D.Pedro II teria acompanhado a comitiva até as cachoeiras do rio Muriaé e ficado apreciando o belo espetáculo, como conta a história.

As obras estiveram paradas nessa Estação de 1878 a 1881, quando seguiram para Porto Alegre (Itaperuna) e mais algum tempo nessa Estação até finalmente serem terminadas, alcançando Porciúncula, devido a disputas de interesses entre a E. F. Leopoldina e esta ferrovia no trecho próximo a Carangola.

A localidade de Cachoeiro, que deu o nome inicial da Estação, ficava na margem oposta do rio. Em 1892 o nome foi alterado para Cardoso Moreira, fazendeiro, governador do Rio de Janeiro, comendador e principal acionista da E. F. Carangola, além de grande investidor em obras na região (ver caixa de 1892 na última foto do post).

A ferrovia foi vendida em 1890 para a E. F. Barão de Araruama, que poucos meses depois a repassou para a Leopoldina, embora essa venda apareça como tendo ocorrido em 1888, segundo alguns autores.

A cidade acabou se desenvolvendo em torno da Estação, mas somente em 1993 houve a transformação em município.

 

A ESTAÇÃO:

Graças mais uma vez à valiosa contribuição do amigo e pesquisador ferroviário Paulo Neiva Pinheiro, a página otremexpresso chega à Estação de Cardoso Moreira – antiga Cachoeiro – trazendo também mais um importante e histórico registro fotográfico dos amigos do IPHAN. E é graças a esta foto histórica que podemos traçar um comparativo com as fotos atuais e perceber que, com o passar dos anos, o prédio original da Estação de Cardoso Moreira sofreu uma grande modificação - especialmente uma redução em seu comprimento – o que reduziu o número de estruturas de apoio e suporte do telhado da plataforma de dez (10) para seis (6). É possível observar também que a extensão da plataforma continua lá, mostrando que a antiga Estação era realmente maior.

Em setembro de 2007 o prédio da Estação encontrava-se inteiro. Havia sido repintado sem a preocupação de se manter os símbolos da ferrovia, mas estava de pé, sendo ocupado por destacamento da Polícia Militar do Estado do Rio. Em 2023, após passar por novas reformas e pintura, no prédio da antiga Estação Ferroviária funciona a Câmara Municipal de Cardoso Moreira.

Trens de passageiros foram desativados em 1 de novembro de 1977, quando a Estação foi fechada. Nesta época, o trem saía diariamente de Murundu às 8:25 da manhã e chegava em Cardoso Moreira às 9:35. Às 16:49, o trem passava de volta para Murundu, onde se encontrava com o trem que ia para Niterói.

Na sequência abaixo, a Estação de Cardoso Moreira em detalhes. Observem  a plataforma além do limite do prédio atual.

Acima e abaixo, a antiga Estação Ferroviária ainda na pintura anterior à atual.

Abaixo, antigos prédios próximos à Estação relembram os tempos da ferrovia em Cardoso Moreira. 

Mais um belo registro da antiga Caixa d'Água localizada próxima à antiga Estação Ferroviária. 

Abaixo, mais alguns detalhes da antiga Estação Ferroviária. 

Estação PARADA PADRE DAMIÃO - Entre as Estações de Tocantins e Ligação, na Linha de Caratinga.

 Vestígios da antiga plataforma de embarque/desembarque e base da estrutura da cobertura da Parada Padre Damião.

Vestígios da Parada Padre Damião em sentido contrário. Seguindo a reta à direita – antigo leito ferroviário - chega-se à Estação de Ligação.

Sob esta árvore ficava a Parada Padre Damião.

Vindo da Estação de Tocantins em direção à Estação de Ligação, encontramos um antigo pontilhão ferroviário bem próximo à Parada Padre Damião.

Acima e abaixo, a saída à direita que dá acesso à comunidade São Domingos, onde ficava localizada a Colônia Padre Damião. Seguindo a reta à esquerda, chega-se à Estação de Tocantins.

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Parada PADRE DAMIÃO

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Município: Ubá
Linha de Caratinga – Km 290,000 (aproximado)

Altitude: Sem informação.

Estação inaugurada em:  Sem informação.

Estive no local em:  novembro de 2023.

Uso atual: Demolida. Só existem sinais da plataforma. 

Situação Atual – Trecho declarado erradicado, sem trilhos.

 

Cia. E. F. Leopoldina/Leopoldina Railway (1884-1950)

E. F. Leopoldina (1950-1975)
RFFSA (1975-1994)

HISTÓRICO:

A cidade de Ubá sediava da Casa de Saúde Padre Damião, uma das quatro ex-colônias de hanseníase de Minas Gerais. Ficava localizada na zona rural da cidade, situação típica dos locais onde eram internados pacientes com doenças extremamente contagiosas.

Para facilitar o acesso de pacientes vindos de toda a região e de outros Estados, próximo ao Hospital foi estrategicamente construída uma Parada Ferroviária - a Parada Padre Damião.

Com o encerramento das atividades da Colônia como atendimento a doenças contagiosas, a Parada foi desativada e o antigo hospital tornou-se uma Casa de Saúde para atendimento à população do bairro ali constituído. 

 

Acima, foto de um vagão especial denominado “MOLÉSTIAS CONTAGIOSAS”, que transportava pacientes para a Colônia Padre Damião.

A ESTAÇÃO:

O Hospital Colônia Padre Damião ficava entre as Estações de Tocantins e Ligação, em Ubá, onde hoje existe um bairro de nome São Domingos.

Para atender exclusivamente ao Hospital, foi construída a pequena parada ferroviária denominada Parada Padre Damião. Quando o Trem chegava na Parada trazendo um Vagão Especial denominado “MOLÉSTIAS CONTAGIOSAS”- que ficava na calda da composição – o vagão era desengatado e o Trem seguia sua viagem. Segundo informações, sempre ficavam estacionados de um a dois destes Vagões Especiais na Parada São Damião.

Com o encerramento das atividades da Colônia como atendimento a doenças contagiosas, a parada perdeu sua razão de existir sendo desativada e os trens deixaram de parar ali.

Com o passar do tempo a antiga parada foi demolida, especialmente por não trazer boas lembranças à comunidade.

Vale ressaltar a valiosa contribuição do amigo e grande colaborador da página Marcelo Rocha, de Ubá, que destacou a existência da antiga Parada trazendo valiosas informações sobre a localização exata da mesma.

Nas quatro fotos abaixo, detalhes do antigo pontilhão ferroviário localizado bem próximo à Parada Padre Damião para quem vem da Estação de Tocantins em direção à Estação de Ligação. 

Logo após ao antigo pontilhão, a entrada à esquerda para a comunidade São Domingos e a antiga Parada Padre Damião logo depois.

Acima e abaixo, vestígios da antiga Parada Padre Damião nos dois sentidos.

ESTAÇÃO ALDEIA - Pequena Parada do Ramal de Mirahy, na zona rural de Cataguases.

 

Na foto acima, o pequeno prédio onde funcionava a Parada Aldeia, no Ramal de Mirahy.

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Estação ALDEIA

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Município de Cataguases

Ramal de Mirahy – Km 369,673.

Altitude: 257m.

Estação inaugurada em: Não informada.

Estive no local em: Ainda não visitei o local. Fotos do acervo de Milton Miranda.

Uso atual: Demolida.

Situação Atual – Trecho declarado erradicado e sem trilhos.

 

E. F. Cataguases (1895-1903)

E. F. Leopoldina (1903-1967)

HISTÓRICO:

Graças mais uma vez à valiosa contribuição do amigo Milton Miranda, de Miraí, a página otremexpresso traz mais uma Estação. Na verdade, uma pequena Parada do antigo Ramal de Mirahy, localizada ainda na zona rural do Município de Cataguases: Estação Aldeia.

Pouco se sabe sobre a Estação (ou Parada) de Aldeia, mas era daquelas paradas utilizadas para o embarque da produção e desembarque de mercadorias para atender àquela micro-região.

 

A ESTAÇÃO:

Segundo informações dos moradores da região, tratava-se de uma parada diferente das tradicionais, um pequeno prédio com plataforma localizado na Fazenda da Aldeia, dos Vieiras, criada especialmente para o escoamento da produção de café da fazenda e da micro-região.

As fotos que ilustram esta matéria são do acervo do amigo Milton Miranda, de Miraí.

ESTAÇÃO CÂNDIDO FROES, antiga POÇO FUNDO - De lá saía o Ramal de Poço Fundo.

Matéria atualizada em 22 de dezembro de 2023.

Acima, mais um Histórico e Belíssimo registro fotográfico enviado pelos amigos do IPHAN, desvendando o mistério da primeira Estação de Poço Fundo, que ficava no meio da bifurcação das linhas: o Ramal de Poço Fundo e a Linha de Carangola.

Na sequência abaixo, a sempre valiosa contribuição do amigo Paulo Neiva Pinheiro, que visitou a Estação em outubro de 2023. Na verdade, a segunda Estação.

A Estação passou por reformas sendo usada como moradia. Mas mantiveram o dístico, o que facilita sua identificação, apesar de uma pequena alteração - agora sob o nome “CANDIDO FROIS” - que não compromete a importância histórica do prédio.

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Estação CÂNDIDO FROES - RJ

Antiga Poço Fundo

 

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 De Cândido Froes pelo Ramal de Poço Fundo para Patrocínio do Muriaé.

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Município de Itaperuna – RJ

Linha de Carangola – Km 449,983.

Altitude: 123m.

Estação inaugurada em: 05 de dezembro de 1884.

Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos de Layre Pillar, Paulo Neiva Pinheiro e IPHAN.

Uso atual: Moradia.

Situação Atual – Trecho declarado erradicado e sem trilhos.

 

 Cia. E. F. Carangola (1884-1890)

Cia. Barão de Araruama (1890)

E. F. Leopoldina (1890-1973)

HISTÓRICO:

A Companhia Estrada de Ferro do Carangola foi constituída em 20 de março de 1875. Tinha a concessão para diversas linhas nas Províncias do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Entre essas, o que viria a ser mais tarde a Linha de Carangola, incorporada pela Cia. Leopoldina em 1890, foi aberta entre as Estações de Murundu e de Santo Antônio do Carangola (Porciúncula) entre os anos de 1878 e 1886. A Linha de Carangola foi extinta pela RFFSA em 31 de dezembro de 1973 no trecho entre Porciúncula e Itaperuna, e em 1º de novembro de 1977 no trecho restante.

 

A ESTAÇÃO:

A Estação de Poço Fundo foi inaugurada com este nome em 1884 pela E. F. Carangola. Nesse mesmo ano, a linha foi estendida até Patrocínio de Muriaé, e, dois anos depois, uma outra linha também saindo de Poço Fundo se estenderia até Porciúncula. O trecho de 1884 ficou, então, conhecido como Ramal do Poço Fundo, uma ligação entre as linhas de Carangola e do Manhuaçu que formava um triângulo.

A ferrovia foi vendida em 1890 para a E. F. Barão de Araruama, que poucos meses depois a repassou para a Leopoldina, embora essa venda apareça como tendo ocorrido em 1888, segundo alguns autores.

Nos anos 1940, seu nome foi alterado para Estação Cândido Froes.

Logo após a Estação, cerca de 50 metros, existia a bifurcação dos ramais, que foi transformada em estradas de terra que servem a algumas propriedades daquela região.

A Estação foi fechada "em caráter definitivo" em 1º de junho de 1971, de acordo com o relatório da Leopoldina desse ano.

Nos dias de hoje a antiga Estação serve de moradia e passou por recentes reformas. Mantiveram o dístico, o que facilita sua identificação, mas com uma pequena alteração, agora sob o nome “CANDIDO FROIS”, nada que comprometa a importância do prédio histórico.

Esta matéria só foi possível graças às valiosas contribuições de Layre Pillar postadas na página do facebook "Itaperuna das Antigas"; de Paulo Neiva Pinheiro e do IPHAN, com mais um belíssimo e histórico registro fotográfico. 

Informações sobre a Estação extraídas da página http://www.estacoesferroviarias.com.br/efl_ramais_2/candido.htm

Acima, foto de parte da Estação antes da reforma destacando o “dístico” escrito da forma correta – CANDIDO FROES - da página estacoesferroviarias.

Abaixo, mais dois registros fotográficos de Layre Pillar.

Na sequência abaixo, mais alguns belos registros do amigo Paulo Neiva Pinheiro, que visitou a Estação em dezembro de 2023.