terça-feira, 27 de dezembro de 2022

ESTAÇÃO CAMPELLO - Última parada antes de chegar a Miracema.

Matéria atualizada em 17 de novembro de 2024.

Acima e nas cinco fotos abaixo, a Estação de Campello sob o olhar de Paulo Neiva Pinheiro.







Acima e abaixo, a Estação de Campello sob o olhar de Laura Mansur.
Esse é o cenário na chegada à Estação.


Paulo Neiva Pinheiro e a Estação de Campello.



miracema

 

Estação CAMPELLO - RJ

 

 

  

Município: Santo Antônio de Pádua-RJ

Linha de Campos a Miracema – 450,362 Km.

Altitude: 110m.

Estação inaugurada em: 01 de fevereiro de 1907.

Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos dos amigos Paulo Neiva Pinheiro, Drelean Lee, Laura Mansur e Rodrigo Freitas.

Uso atual: Fechada, aparentemente sem uso.

Situação Atual – Trecho erradicado.

 

E. F. Leopoldina (n/d-1975)

RFFSA (1975-1980)



Em novembro de 2020, o amigo Osmary Avellar de Macedo me enviou mensagem com uma foto recebida de Rodrigo Freitas mostrando a Estação Campello, no Município de Santo Antônio de Pádua/RJ, Estação que pertencia à Linha de Campos a Miracema, extinta nos anos 1970.

Algum tempo depois recebi novo registro fotográfico do amigo Drelean Lee mostrando a Estação de Campello. 

Em seguida, recebi novas fotos da Estação Campello de mais uma colaboradora de nossa página, a fotógrafa Laura Mansur, também de Santo Antônio de Pádua.

Para completar esta matéria com novas e belas fotos, uma nova e importante contribuição do amigo Paulo Neiva Pinheiro, que também visitou a Estação.

 

HISTÓRICO:

A história da Linha de Campos a Miracema teve início com duas ferrovias: uma ligando Campos a São Fidélis, aberta em 1° de agosto de 1891 e outra; a E. F. Santo Antônio de Pádua, com uma concessão de 1879, que unia a Estação de Luca (São Fidélis) a Santo Antônio dos Brotos (Miracema) - passando pela Estação de Campello - ferrovia esta aberta em 1880, inicialmente de São Fidelis até Santo Antônio de Pádua, chegando finalmente até Miracema em 1883. Em 1891, as duas ferrovias já estavam unidas ligando Miracema a Campos, ambas já pertencendo à Leopoldina.

Antes de chegar a Miracema passando por Campello, o Trem passava pela Estação de Paraoquena, de onde partia o Ramal de Paraoquena - que interligava a Linha de Campos a Miracema à Linha do Manhuaçu pela Estação de Cisneiros.

O trecho Paraoquena-Miracema foi o primeiro a ser desativado. No ano de 1980, Trens mistos ainda carregavam passageiros de Recreio a Campos, mas nos anos seguintes, o transporte de passageiros teve fim. A linha permaneceu ativa para cargueiros da FCA por mais algum tempo, transporte este que também foi suspenso.

Nos últimos tempos do transporte de passageiros, os Trens – passageiros ou cargueiros - seguiam direto de Cisneiros, na Linha do Manhuaçu, pelo Ramal de Paraoquena até Campos, mas já não passava pela Estação de Campello.

 

A ESTAÇÃO:

Segundo Paulo Neiva Pinheiro, que visitou a localidade em 2024... “a Estação de Campelo - no dístico, o nome com dois LL – Campello - não aparecia nos guias de trens de passageiros (Guias Levi).  O certo é que no local existiu um quilombo de escravos que acabou formando uma pequena vila por onde passaria a Linha Campos-Miracema durante sua construção, em 1883.

Um guia da Leopoldina de 1937 já acusava a existência da Estação, mas foi uma das poucas referências desse tipo que vi sobre a mesma.

Estive lá em 2024 e a Estação continua de pé, mas já sem os trilhos, que foram removidos.

Checando alguns registros de fatos históricos, pude encontrar sua data de inauguração, que é 01 de Fevereiro de 1907 descrita no livro G1 - Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960.

A linha foi extinta no trecho Paraoquena-Miracema nos anos 1970.”


Abaixo, a antiga Estação sob o olhar de Drelean Lee.

Abaixo, belo visual no registro de Rodrigo Freitas.


Na sequência abaixo, detalhes da antiga Estação de Campello, por Paulo Neiva Pinheiro.










Na sequência abaixo, antigos prédios localizados nas imediações da Estação que remontam aos primeiros tempos da ferrovia em Campello.







sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

FELIZ NATAL! FELIZ 2023!


 Reeditando a belíssima arte da Leopoldina Railway para o Natal de 1940, desejo a todos os leitores um Feliz Natal!


E que em 2023 nossas expectativas pelo resgate das ferrovias no Brasil se concretizem!


quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

ESTAÇÃO SANTA FÉ - Seguindo pela Linha Auxiliar em direção a Porto Novo, era a primeira Estação em solo mineiro.

 

Sobre esta grande e bela Platafotorma ficava a Estação Santa Fé.


 Acima, a antiga Casa do Agente da Estação ainda com o Símbolo da E. F. Central do Brasil em alto relevo, relembrando tempos antigos, antes de se tornar Linha Auxiliar da E. F. Leopoldina. De um lado, os trilhos; do outro, a rodovia.


Único registro fotografico da antiga Estação de Santa Fé. Nele podemos perceber que o telhado não era visível como na maioria das estações ferroviárias.Outra bela contribuição do amigo Hugo Caramuru.



Nas quatro fotos acima, detalhes da base estrutural da antiga Estação de Santa Fé.



Acima, o que restou da segunda plataforma da antiga Estação.


Paulo Neiva e o que sobrou da Estação de Santa Fé.




penha-longa

 

Estação SANTA FÉ

 

triangulo

 

  

Município: Chiador–RJ

Linha Auxiliar – Km 184,318.

Altitude: 264,800m.

Estação inaugurada em: 22 de julho de 1869.

Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos de Paulo Neiva Pinheiro, que visitou o local em setembro de 2022.

Uso atual: Estação Demolida. De pé, apenas a Casa do Agente da Estação.

Situação Atual – A linha era utilizada pela FCA no transporte de bauxita. Aguardando autorização para o funcionamento do Trem Turístico Rio-Minas. 

 

E. F. Dom Pedro II – Ramal de Porto Novo (1869-1889)

E. F. Central do Brasil – Ramal de Porto Novo (1889-1911)

E. F. Central do Brasil – Linha Auxiliar (1911-1965)

E. F. Leopoldina (1965-1975)

RFFSA – (1975-1997)





HISTÓRICO:

 

A Estação de Santa Fé fica situada no Município de Chiador-MG e foi inaugurada em julho de 1869, pela E. F. Dom Pedro II, no primitivo Ramal de Porto Novo.

Em 1889, a então E. F. Dom Pedro II passava a se chamar E. F. Central do Brasil, mas o ramal permaneceria sob o nome de Ramal de Porto Novo.

Em 1911, o trecho entre Três Rios e Porto Novo foi rebitolado para bitola métrica e o antigo Ramal de Porto Novo teve seu nome alterado para Linha Auxiliar, ainda pertencendo à E. F. Central do Brasil, permanecendo assim até 1965, quando o trecho finalmente passou para o controle da E. F. Leopoldina.

 

 

A ESTAÇÃO:

 

Ainda não tive a oportunidade de conhecê-la, mas graças mais uma vez aos belíssimos registros do amigo Paulo Neiva Pinheiro, apresentamos a Estação de Santa Fé, visitada por Paulo em setembro de 2022.

O prédio da antiga estação já não existe mais, restando apenas as plataformas e sua base estrutural, além da antiga Casa do Agente da Estação que permanece de pé servindo de moradia.

Era a primeira estação localizada em solo mineiro. Ao atravessar a famosa Ponte Humaitá, sobre o Rio Paraibuna, que divide os Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, o trem chegava a Santa Fé.



O amigo Claudio Gil nos trouxe belas recordações da Estação de Santa Fé:

“Lembro-me dela... cheguei a passar aí de trem em 1972 ao mudarmos para Três Rios e em 1975, indo para a exposição em Além Paraíba. Depois parou de funcionar, roubaram as madeiras, telhas, janelas e tijolos, ficando só a base e a rampa da plataforma. Ela era retangular, sem o telhado em V invertido, parecia uma cadeia de faroeste. Este prédio ainda de pé nas fotos era a casa do Agente da Estação, eu acho... e mais a frente, sentido Penha Longa, uns dois km’s mais ou menos, tinha uma Casa de Turma que também derrubaram. Uma pena infelizmente. A de Teixeira Soares teve o mesmo fim. Chiador e Simplício só não foram totalmente exterminadas porque são de pedras encaixadas. Se fossem de tijolos maciços só teria ficado a plataforma.”



Acima e abaixo, detalhes da base estrutural da antiga Estação de Santa Fé.






Acima, detalhes da antiga Casa do Agente da Estação ainda com o Símbolo da Estrada de Ferro Central do Brasil em alto relevo. 


Acima, a famosa Ponte Humaitá sobre o Rio Paraibuna, que divide os Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Logo após atravessar a ponte, o trem chegava a Estação de Santa Fé.


Na sequência abaixo, detalhes das plataformas da estação.











 Abaixo, a Casa do Agente da Estação vista pelo lado da rodovia.