terça-feira, 18 de maio de 2021

ESTAÇÃO PARAOQUENA - Antiga Estação da Barra, atendia à Linha de Campos a Miracema e ao pequeno Ramal de Paraoquena.


Matéria atualizada em 24 de novembro de 2024.

Acima e nas quatro fotos abaixo, a Estação de Paraoquena sob o olhar de Paulo Neiva Pinheiro, que visitou a localidade em 2024.





Em outro registro de 2024, a caixa d'água ao lado da Estação, hoje inutilizada, apenas compondo o antigo cenário da ferrovia.



Acima e abaixo, dois belos registros de Laura Mansur, vendo-se a Estação e a Praça Central de Paraoquena em 2018. Na foto abaixo, destaque para a Igreja Matriz no centro da Praça.


A Estação de Paraoquena, do acervo de Manoel Monachesi.


Abaixo, a Estação de Paraoquena em 1982, do acervo de Hugo Caramuru.


Paulo Neiva Pinheiro e a Estação de Paraoquena, que visitou em 2024.







Estação PARAOQUENA

Antiga Barra


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Município: Santo Antônio de Pádua-RJ

Linha de Campos a Miracema: Km 447,414 (1960).

Altitude: 109m

 Estação inaugurada em: 1883.

Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos dos amigos Paulo Neiva Pinheiro; Manoel Monachesi; Fabrício e Laura Mansur; Hugo Caramuru; e Rodolfo.

Uso atual: Moradia. 

Situação Atual – Com trilhos. Tráfego de trens suspenso.

 

E. F. Santo Antônio de Pádua (1880-1884)

E. F. Macaé a Campos (1884-1887)

E. F. Leopoldina (1887-1975)

RFFSA (1975-1996)

FCA (1996...)



De Paraoquena para Cisneiros, no pequeno RAMAL DE PARAOQUENA.


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tapirussu







Ainda não visitei a Estação de Paraoquena, localizada bem próxima à divisa dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. 

Para apresentar esta matéria contei mais uma vez com a valiosa contribuição dos amigos da página Paulo Neiva Pinheiro; Manoel Monachesi; Fabrício e Laura Mansur; Hugo Caramuru; e Rodolfo, de Sto. Antônio de Pádua, que cederam as belíssimas fotos aqui apresentadas.


HISTÓRICO:

A história da Linha de Campos a Miracema teve início com duas ferrovias: uma ligando Campos a São Fidélis, aberta em 1° de agosto de 1891 e outra; a E. F. Santo Antônio de Pádua, com uma concessão de 1879, que unia a Estação de Luca (São Fidélis) a Santo Antônio dos Brotos, como era chamada inicialmente a Estação de Miracema, ferrovia esta aberta em 1880, inicialmente de São Fidelis até Santo Antônio de Pádua, chegando finalmente até Miracema em 1883. Em 1891, as duas ferrovias já estavam unidas ligando Miracema a Campos, ambas já pertencendo à Leopoldina.

Antes de chegar a Miracema, o Trem passava pela Estação de Paraoquena, de onde partia o Ramal de Paraoquena - que interligava a Linha de Campos a Miracema à Linha do Manhuaçu pela Estação de Cisneiros.

O trecho Paraoquena-Miracema foi o primeiro a ser desativado. 

No ano de 1980, Trens mistos ainda carregavam passageiros de Recreio a Campos, mas nos anos seguintes, o transporte de passageiros teve fim. A linha permaneceu ativa para cargueiros da FCA por mais algum tempo, transporte este que também foi suspenso.

Nos últimos tempos do transporte de passageiros, os Trens – passageiros ou cargueiros - já sem passar por Miracema, seguiam direto de Cisneiros, na Linha do Manhuaçu, pelo Ramal de Paraoquena até Campos passando pela Estação de Paraoquena.


Três belos registros de Fabrício e Laura Mansur feitos em suas visitas a Paraoquena em 2013 e 2018 respectivamente.


A ESTAÇÃO:

A Estação de Paraoquena foi inaugurada em 1883 com o nome de Barra. A descrição do local em 1884 era: "Na Estação da Barra, freguezia de Santo Antônio de Pádua: um edifício no km 78, construído de madeira de lei, coberto de telha e um armazém próximo, igual ao da Estação de Pádua" (Estradas de Ferro do Brasil, Cyro Pessoa Jr., 1886).

Havia uma descrição para uma chave, localizada entre esta Estação e a de Miracema, de nome Campello, que possuía também "um edifício de pau a pique, coberto de telha". Mais tarde, a Estação teve o nome alterado para Paraoquena. A sua localização é muito próxima à fronteira com o Estado de Minas Gerais, para onde se dirige o Ramal de Paraoquena, curto trecho de linha que une a Linha Campos-Miracema à Estação de Cisneiros, esta já em Minas, na Linha do Manhuaçu, da Leopoldina.

Com a extinção do trecho Paraoquena-Miracema, no início dos anos 1970, a ferrovia passou a ser contínua entre Recreio (esta na antiga Linha do Centro da Leopoldina), Cisneiros e Campos, e passou a ser chamada de Campos-Recreio. Ainda passaram raros trens cargueiros por Paraoquena, mas os trens de passageiros deixaram de passar por ali desde o início da década de 1980.

Segundo Paulo Neiva Pinheiro, “Em 2005, o logotipo da EFL, embora meio apagado, ainda podia ser visto abaixo do nome no dístico. A Estação ainda existe em 2024. Estive lá e pude constatar, embora esteja completamente abandonada e sem nenhuma reforma ou melhoria. O lugar parece mais um cenário daqueles filmes de velho oeste Americano onde aparecem cidades fantasmas. O término do fluxo ferroviário fez muito mal para a localidade, transformando progresso em retrocesso. Ainda podemos achar por lá vários prédios da fase áurea da ferrovia, que foram testemunhas oculares de um tempo onde havia pujança e glória.” 

Referência: http://www.estacoesferroviarias.com.br/efl.../paraoquena.htm


Na sequência abaixo, a Estação de Paraoquena em detalhes. Registros de Paulo Neiva Pinheiro em 2024.













Abaixo, detalhe da caixa d'água - hoje inutilizada - e de uma antiga estrutura ferroviária ao lado dela.




Abaixo, a bela Igreja Matriz localizada na praça principal de Paraoquena.


Abaixo, dois registros da Estação de Paraoquena feitos por Rodolfo, de Pádua-RJ, 
sem data informada.




Acima e abaixo, uma casa que pertenceu à EFL. Ficava rente à linha que ia para Miracema, provavelmente Casa de Turma de manutenção da via permanente. Podemos ver a plaquinha de alumínio de patrimônio da RFFSA na sua coluna à esquerda.
Após os imóveis da Leopoldina passarem para a RFFSA a empresa colocou plaquetinhas em todas as construções que um dia pertenceram à Leopoldina e foram encampadas. Essa casa é uma delas. A plaqueta está apagada por conta de várias pinturas já feitas na casa, mas ainda está pregada no local.

Abaixo, caminhando por Paraoquena, podemos ver imóveis que remontam aos áureos tempos da ferrovia.






Abaixo, a ponte - hoje rodoviária - usou os pilares feitos em alvenaria de pedras sobrepostas da época da ferrovia. Aqui sobre o Rio Pomba o trem cruzava esta ponte, hoje modificada para o tráfego rodoviário, sentido Miracema-RJ. Podemos notar ainda os pilares feitos em pedras sobrepostas da época da ponte ferroviária sobre o Rio Pomba.



quinta-feira, 6 de maio de 2021

Uma Viagem de TRÊS RIOS a CATAGUASES, com Claudio Gil Rocha nos tempos da FCA.


Belíssimo visual do amanhecer passando pela ponte de Aracaty.


Conduzindo a composição passando por Sapucaia.


Na seqüência acima, belíssimos visuais pelos caminhos da ferrovia. Vale lembrar que tudo isso poderá ser visto no tão aguardado Trem Rio-Minas, da ONG Amigos do Trem.



Acima, o percurso percorrido por Claudio Gil.



Há algum tempo atrás, época dos Trens de Bauxita que partiam de Barão de Camargos rumo a Três Rios, recebi do amigo Claudio Gil Rocha, então maquinista da FCA, belíssimos registros feitos por ele em algumas das muitas viagens que realizou.

Esta semana decidi que tinha que encontrar aquelas fotos em meus arquivos. Aí foi aquele trabalhão!

Mas valeu a procura! Sabia que eram belas fotos, mas confesso que me empolguei quando abri a pasta e me deparei com aqueles belíssimos registros pelos caminhos do antigo “Trem da Bauxita”, da FCA, uma pequena amostra do que nos espera no Trem Rio-Minas, da ONG Amigos do Trem, que aguarda a tanto tempo pela liberação para o início de seu funcionamento.


De Pai para Filho - a ferrovia no sangue:

Abaixo, à esquerda, o maquinista José Vieira da Rocha, pai de Claudio Gil, em 1986. À direita, o maquinista Claudio Gil embarcando em Casimiro de Abreu-RJ por volta de 1998/99.

Nas históricas e simbólicas fotos acima vemos o Sr. José Vieira da Rocha, Pai de Claudio Gil em 1986 na inauguração do Trem Turístico da RFFSA que fazia o percurso Conrado/Miguel Pereira, depois transformado no Turístico Trem Azul, que em suas últimas viagens foi tracionado por Locomotivas Diesel. José Vieira da Rocha entrou na Leopoldina em 1951, saindo em 1987 após 36 anos e 9 meses de trabalho. Começou em Porto Novo; foi transferido para o Ramal de Pirapetinga; retornou para Porto Novo e encerrou sua carreira em Três Rios.


Na foto ao lado, Claudio Gil em Casimiro de Abreu-RJ por volta de 1998/1999, assumindo o comando da composição que vinha carregada de Campos. A troca de maquinistas acontecia em Casimiro de Abreu.


Na seqüência abaixo, convido a todos para viajar conosco nos belíssimos registros de Claudio Gil no comando do antigo Trem da Bauxita, da FCA.










Abaixo, os trilhos rumo ao infinito...