domingo, 1 de agosto de 2021

ESTAÇÃO RIOGRANDINA - Todo o charme da pequena Estação na Linha do Cantagalo.

Matéria atualizada em 20 de abril de 2024.


Registro espetacular da Estação Riograndina. Década de 1960, no centro da foto com vestimentas pretas o Sr. Júlio José da Silva - que foi sinaleiro na Estação - com sua esposa Hermínia Santos Silva, bisavós de Juliana Lins.


A Estação e a Residência do Administrador lotadas na mesma plataforma no belo registro de Cleber Moraes. 


A Estação ainda com o nome "RIO GRANDE". Logo após cruzar a Ponte dos Arcos, chegava-se à Estação, na Vila formada principalmente por operários da ferrovia e suas famílias.


Acima e abaixo, a Estação e a Residência do Administrador em dois belos registros de Jaqueline Asth Mentora.


Neste belo registro de Nelson Mendonça vê-se todo o antigo complexo ferroviário de Riograndina: a Ponte dos Arcos, a Estação, a Residência do Administrador e o Armazém ao fundo.


A Estação Riograndina nesta belíssima tela de Kahlmeyer Mertens Robert.


A Estação Riograndina neste belíssimo e histórico registro do acervo de Geraldo Magela Richa Felga.





banquete

 

Estação RIOGRANDINA

Antiga Rio Grande

 

conselheiro-paulino

 

  

Município: Nova Friburgo - RJ.

Linha do Cantagalo: Km 164,028 (1960).

Altitude: 724m.

Estação inaugurada em: 01 de maio de 1876.

Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Esta matéria está publicada graças às valiosas contribuições fotográficas de Geraldo Magela Richa Felga, Cleber Moraes, Aloizio Anjos, Jaqueline Asth Mentora, Juliana Lins, Maria José Abreu e Kariny Cunha.

Uso atual: Moradia. 

Situação Atual – Trecho declarado erradicado, sem trilhos.

 

E. F. do Cantagalo (1876-1887)

RFFSA (1887-1964)




HISTÓRICO:

A Estação foi aberta com o nome de Rio Grande em 1876, mas o prédio teria sido terminado três meses antes da inauguração da Estação.

A vila de Riograndina, distrito de Nova Friburgo que na época era um local mais afastado da cidade, até meados dos anos 1960 ainda era considerada zona rural. Atualmente está totalmente ligada ao núcleo urbano da cidade.

Os trens de passageiros nesse trecho foram desativados em 15 de julho de 1964.

Segundo a página Estações Ferroviárias, de Ralph Mennucci Giesbrecht, “nos anos 1980 cogitou-se de criar ali um MUSEU DO TREM, mas a ideia não seguiu adiante.”

 

A ESTAÇÃO:

A Estação, a Residência do Administrador, a Ponte dos Arcos e o Armazém foram tombados provisoriamente em 7 de janeiro de 1988 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac):

“São quatro imóveis do século XIX – a Ponte Ferroviária sobre o rio Grande, de estrutura treliçada de aço contraventada por três arcos (atualmente adaptada para uso rodoviário); a Residência do Administrador da antiga Estação à margem da linha do trem e conectada à plataforma por uma varanda com balaustrada de madeira; a Estação Ferroviária com salão, bilheteria, dependências administrativas e a plataforma de embarque; e o Depósito Ferroviário (Armazém), com porão semi-aberto, sustentado por poderosos pilares de pedra. O Depósito está um tanto afastado da Estação, dando de frente para a praça da igreja. O conjunto preservado representa magnificamente, em sua integridade visual, a origem ferroviária de muitas localidades do interior fluminense.

A Estação de Riograndina, bem como o Casarão ao seu lado e o Depósito, foram entregues restaurados em março de 2008. Mesmo com o progressivo crescimento urbano, o local continuava tranquilo como sempre foi do mesmo jeito que muitos outros lugarejos que a ferrovia cortava.”

Saiba mais sobre a Estação Riograndina no link: http://www.estacoesferroviarias.com.br/efl_rj_cantagalo/riograndina.htm




Acima, a Estação Riograndina em mais um belíssimo e romântico registro, que nos trouxe o também belíssimo comentário abaixo:


"Prezado Amarildo, parabéns pelo Blog e pelo cuidado com a história ferroviária de nosso país. Em especial, este post sobre a Estação de Riograndina (ou Rio Grande, como os mais antigos chamavam) tem um valor especial para mim. Na casa ao lado da Estação moraram meus bisavós; meu avô e seus irmãos nasceram nessa casa. Além da casa da família, este prédio foi também um armazém atacadista de meu bisavô paterno. As mulheres na foto 9 da postagem são (da direita para a esquerda): minha bisavó, Silvana; minha tetravó, e uma tia-bisavó. Todas espanholas (esta foto é do acervo da família). Meu bisavô também era espanhol.

Frequentei a casa até o ano de 1979, nessa época o Trem já não passava pela velha Ponte de Ferro, mas a ponte ainda era toda de dormentes (ainda se encontrava trilhos jogados nos cantos da estrada que leva a Banquete. Moravam na casa um tio-avô Aureliano e a irmã dele, Carmem. Até 1979 todos os meus carnavais eram em Riograndina.

Meu avô, Raul de Castro Saraiva, começou vendendo bilhetes nessa Estação e terminou a carreira como Superintendente regional da Leopoldina. Foi por isso que a família mudou para Niterói, por mais que muito do coração de todos tenha ficado em Friburgo. Parabéns novamente pelo Blog. Abraços, Robert S. Kahlmeyer-Mertens."




Nas quatro fotos abaixo, o antigo Armazém para carga e descarga de mercadorias nos belos registros de Maria José Abreu. O sonho da comunidade hoje é transformá-lo num Museu.






A Estação Riograndina em mais um belíssimo registro do acervo de Geraldo Magela Richa Felga.


Na seqüência abaixo, a sensibilidade de Jaqueline Asth Mentora em oito belos registros da Estação Riograndina e da Casa do Administrador.










Acima e abaixo, dois belos e históricos registros da Estação Riograndina.


Acima e abaixo, a Residência do Administrador em dois belos registros de Aloizio Anjos.



A PONTE DOS ARCOS DESTACADA EM CINCO BELOS REGISTROS. 

A ponte ainda com trilhos em mais um belo registro, do Acervo Digital Castro.

A antiga Ponte Ferroviária sob o olhar de Marco Antônio Francisco.


A antiga Ponte Ferroviária em registro da página do facebook Baúda História Nova Friburgo.


A antiga Ponte Ferroviária sob o olhar de Cleber Moraes.


A antiga ponte ferroviária de Riograndina neste belíssimo registro de Geraldo Magela Richa Felga.



Acima, belo registro do Trem em Riograndina, da página "Riograndina em Foco".


A Residência do Administrador em primeiro plano e a Estação ao fundo lotadas na mesma plataforma.


Um comentário:

R. S. Kahlmeyer-Mertens disse...

Prezado Amarildo, parabéns pelo Blog e pelo cuidado com a história ferroviária de nosso país.

Em especial, este post sobre a estação de Riograndina (ou Rio Grande, como os mais antigos chamavam) tem um valor especial para mim. Na casa ao lado da estação, moraram meus bisavós, meu avô e seus irmãos nasceram nessa casa. Além da casa da família, este prédio foi também um armazém atacadista de meu bisavô paterno. As mulheres na foto 8 da postagem são (da direita para a esquerda): minha bisavó, Silvana; minha tetravó, e uma tia-bisavó. Todas espanholas (esta foto é do acervo da família). Meu bisavô também era espanhol.
Frequentei a casa até o ano de 1979, nessa época o trem já não passava pela velha ponte de ferro, mas a ponte ainda era toda de dormentes (ainda se encontrava trilhos jogados nos cantos da estrada que leva a Banquete. Moravam na casa um tio-avô Aureliano e a irmã dele, Carmem. Até 1979 todos os meus carnavais eram em Riograndina.
Meu avô, Raul de Castro Saraiva, começou vendendo bilhetes nessa estação e terminou a carreira como Superintendente regional da Leopoldina. Foi por isso que a família mudou para Niterói, por mais que muito do coração de todos tenha ficado em Friburgo. Parabéns novamente pelo Blog. Abraços, Robert.