quarta-feira, 30 de outubro de 2024

ESTAÇÃO FUNIL - Também não existe mais! Lá só restou a antiga Caixa d'água.

Acima, foto raríssima da Estação do Funil ainda de pé, possivelmente a única existente. Conseguida no site: https://www.tremdedados.com.br/estacao-funil/

Abaixo, Paulo Neiva na foto feita em 2024, num ângulo aproximado à foto acima, mostrando o local onde ficava a antiga Estação.


Na foto abaixo, a Caixa d’água. Com os trilhos ao lado, únicos sinais da ferrovia em Funil.


Paulo Neiva e a Caixa d’água. Como ele disse: “’é o que sobrou da ferrovia em Funil”.



aperibe


Estação FUNIL


quarteis



  Município: Cambuci-RJ

Linha de Campos a Miracema – Km 416,021 (1960)

Altitude: 66m

Estação inaugurada em:  01 de dezembro de 1881.

Não estive no local:  Fotos de Paulo Neiva Pinheiro em 2024 e página TREM DE DADOS.

Uso atual: Demolida. 

Situação Atual – Tráfego suspenso. Com trilhos.

 

E. F. Santo Antônio de Pádua (1880-1884)

E. F. Macaé a Campos (1884-1887)

E. F. Leopoldina (1887-1975)

RFFSA (1975-1996)

FCA (1996-20... - tráfego desativado)



HISTÓRICO:

A história da Linha de Campos a Miracema teve início com duas ferrovias: uma ligando Campos a São Fidélis, aberta em 1° de agosto de 1891 e outra; a E. F. Santo Antônio de Pádua, com uma concessão de 1879, que unia a Estação de Luca (São Fidélis) a Santo Antônio dos Brotos (Miracema) - passando pela Estação de Funil - ferrovia esta aberta em 1880, inicialmente de São Fidelis até Santo Antônio de Pádua, chegando finalmente até Miracema em 1883. Em 1891, as duas ferrovias já estavam unidas ligando Miracema a Campos, ambas já pertencendo à Leopoldina.

Antes de chegar a Miracema, o Trem passava pela Estação de Paraoquena, de onde partia o Ramal de Paraoquena - que interligava a Linha de Campos a Miracema à Linha do Manhuaçu pela Estação de Cisneiros.

O trecho Paraoquena-Miracema foi o primeiro a ser desativado. No ano de 1980, Trens mistos ainda carregavam passageiros de Recreio a Campos, mas nos anos seguintes, o transporte de passageiros teve fim. A linha permaneceu ativa para cargueiros da FCA por mais algum tempo, transporte este que também foi suspenso.

Nos últimos tempos do transporte de passageiros, os Trens – passageiros ou cargueiros - seguiam direto de Cisneiros, na Linha do Manhuaçu, pelo Ramal de Paraoquena até Campos, passando pela Estação de Funil.

 

A ESTAÇÃO:

A Estação de Funil foi inaugurada em 1881. A descrição do local em 1884 era: "Na Estação do Funil, freguesia do Monte Verde: um edifício no km 48, construído de madeiras de lei, coberto de telha, a casa anexa de pau a pique, bem como as terras em que são situados pertencentes à mesma outorgante." (Estradas de Ferro do Brasil, Cyro Pessoa Jr., 1886).

Ainda passavam raros trens cargueiros pela Estação de Funil, mas os trens de passageiros deixaram de passar por ali desde o início da década de 1980.

"Da estação, que foi posta a baixo há anos, só sobrou a Caixa d'água que servia as Locomotivas a Vapor" (Carlos Latuff, 10/2006).

Segundo Paulo Neiva, que esteve no local da antiga Estação de Funil em 2024...  “pude notar que muraram o local onde ficava a antiga Caixa d’água metálica e cilíndrica de mais de 100 anos, deixando ela parcialmente aparente agora. A linha ainda está passando pelo local. Está Caixa d’água foi tudo o que sobrou dessa antiga Estação Ferroviária. No lugarejo, podemos ainda encontrar diversas construções de época que foram testemunhas oculares da passagem do Trem pelo local. Pena terem murado o local da Caixa d’água, único remanescente de um passado de glória da localidade.”

(Fontes: Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Carlos Latuff, 2006; Estradas de Ferro do Brasil, Cyro Pessoa Jr., 1886)


Na sequência abaixo, a Caixa d’água em detalhes. Com os trilhos, únicos sinais da ferrovia em Funil.





Abaixo, próximo ao local onde ficava a antiga Estação, prédio com grandes possibilidades de ter sido uma casa de Turma ou outro prédio ferroviário.


No lugarejo, podemos ainda encontrar diversas construções de época que foram testemunhas oculares da passagem do Trem pelo local.




Entre as antigas construções, a belíssima “Casa Colosso Abud Daibes”, construída na década de 1920, Patrimônio Cultural da localidade.





Acima e abaixo, a pequena e bela Capela da localidade.


7 comentários:

Anônimo disse...

Terra de meus antepassados, que um dia usou do trem como locomoção!
Uma pena não existir mais!
Renan Junqueira

Anônimo disse...

Esse Distrito é a terra de meu pai!
Josias Rodrigues

Anônimo disse...

Meu avô Faustino Mamede foi Mestre de Linha da E F Leopoldina durante 51 anos, que abrangia de Paraoquena até Cambuci.
Edilce Faria

Anônimo disse...

Esperamos que um dia o governo federal reative esse nosso meio de transporte, porque os que se dizem proprietários em torno de passava a malha ferroviária até já fecharam as linhas com cercas com arames farpados, roubaram trilhos para fazer os currais e outras construções, porque sabe que nenhuma punição lhes vão acontecer.
Elias Bastos

Anônimo disse...

Tempo que não volta mais, só saudade...
Aparecida Martins

Anônimo disse...

Saudades de quem viveu tudo isso também.
Sandro Barbosa

Anônimo disse...

Show de bola! Sempre uma honra poder contribuir com esse belo trabalho!
Paulo Neiva Pinheiro