Acima, foto raríssima da Estação do Funil ainda de pé, possivelmente a única existente. Conseguida no site: https://www.tremdedados.com.br/estacao-funil/
Abaixo, Paulo Neiva na foto feita em 2024, num ângulo aproximado à foto acima, mostrando o local onde ficava a antiga Estação.
Na foto abaixo, a Caixa d’água. Com os trilhos ao lado, únicos sinais da ferrovia em Funil.
Paulo Neiva e a Caixa d’água. Como ele disse: “’é o que sobrou da ferrovia em Funil”.
Estação FUNIL
Município: Cambuci-RJ
Linha de Campos a Miracema – Km 416,021 (1960)
Altitude: 66m
Estação inaugurada em: 01 de dezembro de 1881.
Não estive no local: Fotos de Paulo Neiva Pinheiro em 2024 e página TREM DE DADOS.
Uso atual: Demolida.
Situação Atual – Tráfego suspenso. Com trilhos.
E. F. Santo Antônio de Pádua (1880-1884)
E. F. Macaé a Campos (1884-1887)
E. F. Leopoldina (1887-1975)
RFFSA (1975-1996)
FCA (1996-20... - tráfego desativado)
HISTÓRICO:
A história da Linha de
Campos a Miracema teve início com duas ferrovias: uma ligando Campos a
São Fidélis, aberta em 1° de agosto de 1891 e outra; a E. F. Santo
Antônio de Pádua, com uma concessão de 1879, que unia a Estação de Luca
(São Fidélis) a Santo Antônio dos Brotos (Miracema) - passando pela Estação de Funil
- ferrovia esta aberta em 1880, inicialmente de São Fidelis até Santo Antônio
de Pádua, chegando finalmente até Miracema em 1883. Em 1891, as duas ferrovias
já estavam unidas ligando Miracema a Campos, ambas já pertencendo à Leopoldina.
Antes de chegar a Miracema, o
Trem passava pela Estação de Paraoquena, de onde partia o Ramal de
Paraoquena - que interligava a Linha de Campos a Miracema à Linha
do Manhuaçu pela Estação de Cisneiros.
O trecho Paraoquena-Miracema foi
o primeiro a ser desativado. No ano de 1980, Trens mistos ainda carregavam
passageiros de Recreio a Campos, mas nos anos seguintes, o transporte de
passageiros teve fim. A linha permaneceu ativa para cargueiros da FCA por mais
algum tempo, transporte este que também foi suspenso.
Nos últimos tempos do transporte
de passageiros, os Trens – passageiros ou cargueiros - seguiam
direto de Cisneiros, na Linha do Manhuaçu, pelo Ramal de Paraoquena até Campos,
passando pela Estação de Funil.
A
ESTAÇÃO:
A Estação de Funil foi inaugurada em 1881. A descrição do local em
1884 era: "Na Estação do Funil,
freguesia do Monte Verde: um edifício no km 48, construído de madeiras de lei,
coberto de telha, a casa anexa de pau a pique, bem como as terras em que são
situados pertencentes à mesma outorgante." (Estradas de Ferro do
Brasil, Cyro Pessoa Jr., 1886).
Ainda passavam raros trens
cargueiros pela Estação de Funil,
mas os trens de passageiros deixaram de passar por ali desde o início da década
de 1980.
"Da
estação, que foi posta a baixo há anos, só sobrou a Caixa d'água que servia as
Locomotivas a Vapor" (Carlos Latuff, 10/2006).
Segundo Paulo Neiva, que esteve
no local da antiga Estação de Funil em
2024... “pude notar que muraram o
local onde ficava a antiga Caixa d’água metálica e cilíndrica de mais de 100
anos, deixando ela parcialmente aparente agora. A linha ainda está passando
pelo local. Está Caixa d’água foi tudo o que sobrou dessa antiga Estação Ferroviária.
No lugarejo, podemos ainda encontrar diversas construções de época que foram
testemunhas oculares da passagem do Trem pelo local. Pena terem murado o local
da Caixa d’água, único remanescente de um passado de glória da localidade.”
(Fontes: Guia Geral das Estradas
de Ferro do Brasil, 1960; Carlos Latuff, 2006; Estradas de Ferro do Brasil, Cyro
Pessoa Jr., 1886)
Na sequência abaixo, a Caixa d’água em detalhes. Com os trilhos, únicos sinais da ferrovia em Funil.
Abaixo, próximo ao local onde ficava a antiga Estação, prédio com grandes possibilidades de ter sido uma casa de Turma ou outro prédio ferroviário.
No lugarejo, podemos ainda encontrar diversas construções de época que foram testemunhas oculares da passagem do Trem pelo local.
Entre as antigas construções, a belíssima “Casa Colosso Abud Daibes”, construída na década de 1920, Patrimônio Cultural da localidade.
7 comentários:
Terra de meus antepassados, que um dia usou do trem como locomoção!
Uma pena não existir mais!
Renan Junqueira
Esse Distrito é a terra de meu pai!
Josias Rodrigues
Meu avô Faustino Mamede foi Mestre de Linha da E F Leopoldina durante 51 anos, que abrangia de Paraoquena até Cambuci.
Edilce Faria
Esperamos que um dia o governo federal reative esse nosso meio de transporte, porque os que se dizem proprietários em torno de passava a malha ferroviária até já fecharam as linhas com cercas com arames farpados, roubaram trilhos para fazer os currais e outras construções, porque sabe que nenhuma punição lhes vão acontecer.
Elias Bastos
Tempo que não volta mais, só saudade...
Aparecida Martins
Saudades de quem viveu tudo isso também.
Sandro Barbosa
Show de bola! Sempre uma honra poder contribuir com esse belo trabalho!
Paulo Neiva Pinheiro
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