quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Estação PARADA VIEIRA BRAGA - Possível antiga Estação transformada em Parada na Linha de Campos a Miracema.

 Acima e nas cinco fotos abaixo, a Parada Vieira Braga. Pelas dimensões de sua base, acredita-se que ali existiu uma Estação, depois transformada em Parada.


Abaixo, o “desbravador” ferroviário Paulo Neiva na pequena Parada Vieira Braga.




aperibe


funil

quarteis

  

Estação VIEIRA BRAGA


tres-irmaos


 

 Município: Cambuci-RJ

Linha de Campos a Miracema – Km 402,977 (1960)

Altitude: 80m

Estação inaugurada em:  1883.

Não estive no local:  Fotos de Paulo Neiva Pinheiro em 2024; Carlos Latuff e Hugo Caramuru.

Uso atual: Apenas um marco ferroviário local. 

Situação Atual – Tráfego suspenso. Com trilhos.

 

E. F. Santo Antônio de Pádua (1880-1884)

E. F. Macaé a Campos (1884-1887)

E. F. Leopoldina (1887-1975)

RFFSA (1975-1996)

FCA (1996-20... - tráfego desativado)




HISTÓRICO:

A história da Linha de Campos a Miracema teve início com duas ferrovias: uma ligando Campos a São Fidélis, aberta em 1° de agosto de 1891 e outra; a E. F. Santo Antônio de Pádua, com uma concessão de 1879, que unia a Estação de Luca (São Fidélis) a Santo Antônio dos Brotos (Miracema), ferrovia esta aberta em 1880, inicialmente de São Fidelis até Santo Antônio de Pádua, chegando finalmente até Miracema em 1883. Em 1891, as duas ferrovias já estavam unidas ligando Miracema a Campos, ambas já pertencendo à Leopoldina.

Antes de chegar a Miracema, o Trem passava pela Estação de Paraoquena, de onde partia o Ramal de Paraoquena - que interligava a Linha de Campos a Miracema à Linha do Manhuaçu pela Estação de Cisneiros.

O trecho Paraoquena-Miracema foi o primeiro a ser desativado. No ano de 1980, Trens mistos ainda carregavam passageiros de Recreio a Campos, mas nos anos seguintes, o transporte de passageiros teve fim. A linha permaneceu ativa para cargueiros da FCA por mais algum tempo, transporte este que também foi suspenso.

Nos últimos tempos do transporte de passageiros, os Trens – passageiros ou cargueiros - seguiam direto de Cisneiros, na Linha do Manhuaçu, pelo Ramal de Paraoquena até Campos, passando pela Parada Vieira Braga.


A ESTAÇÃO:

A Estação Vieira Braga foi inaugurada em 1883. Segundo Carlos Latuff, que visitou a localidade em outubro de 2006, “a Estação original foi demolida, e tudo o que sobrou foi uma pequena cobertura, que ainda se mantém de pé por obra e graça dos moradores do lugar".

Uma das principais características da Linha de Campos a Miracema é o grande número de pequenas paradas, acima da média das demais linhas e ramais da E. F. Leopoldina.

Mas, como indaga Paulo Neiva, “teria mesmo existido um prédio para a parada ali? A julgar pelo tamanho da plataforma de embarque onde hoje está a pequena parada com cobertura, sim! Provavelmente foi feita de madeira ou pau-a-pique e não resistiu ao tempo (1883), tendo os moradores da localidade pedido à E. F. Leopoldina ou à RFFSA para fazerem ao menos essa pequena parada com cobertura, não tenho como dizer ao certo.

O certo é que a pequena Parada Vieira Braga ainda está lá, isolada na zona rural de Cambuci-RJ.”

(Fontes: Carlos Latuff; Hugo Caramuru; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; R. M. Giesbrecht)


Abaixo, mais um histórico registro de Hugo Caramuru, o Trem passando pela já Parada Vieira Braga.


Nas cinco fotos abaixo, a Parada Vieira Braga, na bela e tranquila comunidade rural de mesmo nome.






Abaixo, três belos registros da Parada Vieira Braga feitos por Carlos Latuff em 2006, quando os Trens já não passavam mais por ali.








Acima e abaixo, “cacos” de telhas que possivelmente já cobriram a Parada. 






Acima e abaixo, prédio que deve ter servido aos ferroviários da via permanente como Casa de Turma.



Construções que remontam ao tempo da ferrovia. 

A pequena, simples e bela Capela da comunidade Vieira Braga localizada na pracinha da Parada.




Um comentário:

Anônimo disse...

Sempre fico feliz em poder contribuir de alguma forma com esse grande trabalho que é a sua página!
Paulo Neiva Pinheiro