quarta-feira, 18 de setembro de 2024

ESTAÇÃO ERNESTO MACHADO - Enfim um prédio preservado na Linha de Campos a Miracema.

Acima e abaixo, a bela Estação Ernesto Machado, hoje sendo usada como moradia.


Bem cuidada e preservada. Enfim uma!


A linha ainda está lá passando rente à Estação.


A Estação ainda em atividade. Belo registro do acervo de Hugo Caramuru.


Paulo Neiva Pinheiro e a Estação Ernesto Machado atualmente. Novos e importantes registros.





santo-antonio-da-posse

 

Estação ERNESTO MACHADO

 

 ateniense

 

 

 Município: São Fidelis-RJ

Linha de Campos a Miracema – Km 352,508

Altitude:  21m

Estação inaugurada em:  ?

Não estive no local:  Fotos de Paulo Neiva Pinheiro em 2024.

Uso atual: Moradia.

Situação Atual – Tráfego suspenso. Com trilhos. 

 

E. F. Santo Antônio de Pádua (1880-1884)

E. F. Macaé a Campos (1884-1887)

E. F. Leopoldina (1887-1975)

RFFSA (1975-1996)

FCA (1996-....)





HISTÓRICO:

A história da Linha de Campos a Miracema teve início com duas ferrovias: uma ligando Campos a São Fidélis, aberta em 1° de agosto de 1891 e outra; a E. F. Santo Antônio de Pádua, com uma concessão de 1879, que unia a Estação de Luca (São Fidélis) a Santo Antônio dos Brotos (Miracema), ferrovia esta aberta em 1880, inicialmente de São Fidelis até Santo Antônio de Pádua, chegando finalmente até Miracema em 1883. Em 1891, as duas ferrovias já estavam unidas ligando Miracema a Campos, ambas já pertencendo à Leopoldina.

Antes de chegar a Miracema, o Trem passava pela Estação de Paraoquena, de onde partia o Ramal de Paraoquena - que interligava a Linha de Campos a Miracema à Linha do Manhuaçu pela Estação de Cisneiros.

O trecho Paraoquena-Miracema foi o primeiro a ser desativado. No ano de 1980, Trens mistos ainda carregavam passageiros de Recreio a Campos, mas nos anos seguintes, o transporte de passageiros teve fim. A linha permaneceu ativa para cargueiros da FCA por mais algum tempo, transporte este que também foi suspenso.

Nos últimos tempos do transporte de passageiros, os Trens – passageiros ou cargueiros - seguiam direto de Cisneiros, na Linha do Manhuaçu, pelo Ramal de Paraoquena até Campos, passando pela Estação Ernesto Machado.



A ESTAÇÃO:

Ainda passavam raros trens cargueiros pela Estação Ernesto Machado, mas os trens de passageiros deixaram de passar por ali desde o início da década de 1980. 

Não se sabe a data exata de sua inauguração.

Segundo Paulo Neiva... “A Estação está belíssima – como pode ser visto nas fotos – uma das poucas do ramal bem cuidadas, hoje sendo usada como moradia. O bucólico lugarejo é demasiado acanhado, tanto que cheguei nele por volta do horário do almoço e procurei por um restaurante para almoçar e para meu espanto me informaram que ali não havia nenhum!

Creio que seus tempos áureos foram mesmo durante o período em que a ferrovia estava ativa. Hoje mais parece um lugarejo esquecido no tempo.”


"Tenho 52 anos e quando menino ouvia meu pai (falecido em 2002 com 89 anos) contar uma história de um tal "Zé que não dança". Meu pai era de São Fidelis e acho que nasceu em Ernesto Machado, onde o tal "Zé Que Não Dança" teria vivido. Teria sido um assassino e quando o mataram, seu corpo foi queimado numa grande fogueira com lenha comprada pelas viúvas dos homens que ele havia matado. História interessante, seria verdadeira?" (Joadir Monteiro da Roza, Rio de Janeiro, RJ).


Belo registro entre os anos de 1971 e 1972, tempo em que ainda tinha duas linhas férreas ao lado da Estação.


Cobertura da plataforma sustentada com trilhos retorcidos assim como a da Estação de Santa Cruz, que é de 1902. Teriam sido construídas na mesma época?


Acima e abaixo, a plataforma da Estação e os dois portões de carga para armazenar café.


Pedras do acabamento da plataforma trabalhadas à mão.


E a linha linha ainda está lá, resistindo ao abandono.



Os portões de cargas da Estação - essa tinha dois - fato raro no ramal a julgar pelo seu porte. Provavelmente são originais da época da construção.


A janela, provavelmente também original da época da construção.


A Estação de Ernesto Machado, em 01/2004. Foto Gutierrez L. Coelho.


A Estação em julho de 2008. Foto Ricardo Quintero de Mattos.


Um comentário:

Anônimo disse...

Para mim é sempre uma grande honra poder contribuir com esse magnífico trabalho!
Paulo Neiva Pinheiro