Acima e nas fotos abaixo, a estrutura da antiga cobertura e parte da Plataforma da pequena Parada Timbó perdida no meio do mato.
Abaixo, uma construção nos moldes de uma Casa de Turma localizada próxima à Parada Timbó.
As instalações do antigo Engenho podem ser vistas à distância devido à sua enorme chaminé.
E o desbravador ferroviário Paulo Neiva Pinheiro desvendando mais um mistério - a Parada Timbó - apresentada no Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil.
Parada TIMBÓ
Município: São Fidelis-RJ
Linha de Campos a Miracema – Km 378,928
Altitude: 32m
Estação inaugurada em: ?
Não estive no local: Fotos de Paulo Neiva Pinheiro em 2024.
Uso atual: Demolida.
Da antiga Parada só restou a plataforma.
Situação Atual – Tráfego suspenso, totalmente coberta pelo mato.
E. F. Santo Antônio de Pádua (1880-1884)
E. F. Macaé a Campos (1884-1887)
E. F. Leopoldina (1887-1975)
RFFSA (1975-1996)
FCA (1996-....)
HISTÓRICO:
A história da Linha de
Campos a Miracema teve início com duas ferrovias: uma ligando Campos a
São Fidélis, aberta em 1° de agosto de 1891 e outra; a E. F. Santo
Antônio de Pádua, com uma concessão de 1879, que unia a Estação de Luca
(São Fidélis) a Santo Antônio dos Brotos (Miracema), ferrovia esta aberta em
1880, inicialmente de São Fidelis até Santo Antônio de Pádua, chegando
finalmente até Miracema em 1883. Em 1891, as duas ferrovias já estavam unidas
ligando Miracema a Campos, ambas já pertencendo à Leopoldina.
Antes de chegar a Miracema, o
Trem passava pela Estação de Paraoquena, de onde partia o Ramal de
Paraoquena - que interligava a Linha de Campos a Miracema à Linha
do Manhuaçu pela Estação de Cisneiros.
O trecho Paraoquena-Miracema foi
o primeiro a ser desativado. No ano de 1980, Trens mistos ainda carregavam
passageiros de Recreio a Campos, mas nos anos seguintes, o transporte de
passageiros teve fim. A linha permaneceu ativa para cargueiros da FCA por mais
algum tempo, transporte este que também foi suspenso.
Nos últimos tempos do transporte
de passageiros, os Trens – passageiros ou cargueiros - seguiam
direto de Cisneiros, na Linha do Manhuaçu, pelo Ramal de Paraoquena até Campos,
passando pela Parada Timbó.
A
ESTAÇÃO:
Ainda passavam raros Trens cargueiros pela Parada Timbó, mas os Trens de passageiros deixaram de passar por ali desde o início da década de 1980.
Segundo Paulo Neiva... “Perdida e abandonada no meio do mato na zona rural de São Fidelis-RJ, nas proximidades do Engenho do Timbó, está a Parada Timbó. A Parada foi criada para atender ao Engenho, que está muito próximo à linha do Ramal. Por ser grande produtor de aguardente, a Parada servia para escoar sua produção. As instalações do antigo Engenho podem ser vistas à distância devido à sua enorme chaminé. Após o falecimento do proprietário, os filhos deixaram o Engenho se arruinar. Hoje a linha não funciona, nem tampouco o antigo Engenho.
A inauguração da Parada Timbó não tem
data definida e sua agência postal durou poucos anos. A Parada, que tinha plataforma e cobertura feita de
trilhos retorcidos, está abandonada junto à linha no meio do matagal. O mato é
tanto que praticamente nem dá para ver a sua estrutura completa, somente
algumas partes dela. Não existem fotos antigas disponíveis na internet dessa
parada ferroviária. Também não se sabe a data de sua construção. O que se sabe
é que ela está lá covardemente abandonada no meio do matagal e só é possível
achá-la quem conhece a sua quilometragem, que encontrei descrita no livro G1 - Guia Geral das Estradas de Ferro do
Brasil.”
Sobre o local, o Engenho e a Parada,
Paulo Neiva conseguiu a seguinte informação:
“O local foi sede do antigo Engenho
Timbó, adquirido em 1984 por Augusto Moret Barcelos, produtor da Wiskana, a
cachaça de São Fidelis na atual Destilaria de Aguardente Timbó
Ltda."
Fonte: Livro G1 - Guia Geral das
Estradas de Ferro do Brasil de 1960.
Acima e abaixo, as instalações do antigo Engenho e sua enorme chaminé.
Abaixo, mais alguns registros daquela que parece ter sido uma Casa de Turma, localizada próxima à Parada Timbó.
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