Acima, seguindo a quilometragem fornecida pelo Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960 e medido por Paulo Neiva usando o Google Maps, ele encontrou apenas uma estrutura/base de concreto bem em frente à fazenda que deveria dar nome ao local - Lusitano.
Abaixo, trilho fincado no provável local da Parada Ferroviária
Lusitano.
Acima e abaixo, em 2022 a Linha do Litoral ainda estava intacta no local.
Abaixo, a estrutura/base de concreto que Paulo Neiva encontrou bem em frente à fazenda que deveria dar nome ao local - Lusitano. Não podemos afirmar que se tratava da Plataforma da Parada Ferroviária, mas que é bem intrigante, isso é...
Estação PARADA LUSITANO
guriri
Município: Campos dos Goitacazes–RJ
Linha do Litoral – Km 297,180
Altitude: 9m
Estação inaugurada em: ?
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos de Paulo Neiva Pinheiro.
Uso atual: Demolida.
Situação Atual – Tráfego suspenso. Com trilhos.
E. F. Macaé a Campos (1875-1887)
E. F. Leopoldina (1887-1975)
RFFSA (1975-1996)
FCA (1996 - ...)
HISTÓRICO DA LINHA:
Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht... “O que mais tarde foi chamada "Linha do Litoral" foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia construído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim, foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. A linha funciona até hoje para cargueiros e é operada pela FCA desde 1996. No início dos anos 80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória.”
A ESTAÇÃO:
O amigo Paulo Neiva Pinheiro visitou a Estação PARADA LUSITANO em 2022, quando fez as fotos aqui apresentadas. Segue seu relato...
“A Parada Lusitano era usada para embarque não só de pessoas, mas também de produtos agrícolas produzidos na localidade. Ficava na localidade de Dores de Macabú, Distrito de Campos dos Goytacazes-RJ. Estive no local em 2022 e não achei nenhum vestígio dela. Infelizmente não sobrou quase nada dessa Parada Ferroviária, que devia ser uma pequena plataforma de concreto nos moldes tradicionais; creio eu. Seguindo a quilometragem fornecida pelo Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960 e medido por mim usando o Google Maps, encontrei apenas uma estrutura/base de concreto bem em frente à fazenda que deveria dar nome ao local (Lusitano), próximo a um trilho fincado no possível local da Parada. O nome da localidade hoje é Luzitânia, pelo menos assim está escrito no Google Maps. Não se tem a data da construção dessa Parada Ferroviária, nem tampouco a de sua demolição e a empresa que a construiu. Desconfio que sua principal função era atender a uma grande fazenda que fica de frente para ela, possivelmente a fazenda que também deu nome à Parada e à localidade. No Livro Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960 podemos ver ela listada no Km 297,180.”
O Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960 que lista
a Parada Ferroviária Lusitano.
A Parada Lusitano e sua quilometragem grifada de vermelho por Paulo Neiva.
Ao fundo podemos ver o trilho fincado e uma ruína de concreto
que pode ter pertencido à Parada Ferroviária existente no local.
A fazenda que creio ser a “fazenda Lusitano”, que pode ter
dado seu nome à parada e à localidade, bem ampla e com capela própria, como de
costume nas grandes fazendas da região.
Casa possivelmente da época em que a Parada funcionava.
Acima e abaixo, a Linha do Litoral ainda estava preservada em 2022. Pelo menos ali o roubo de trilhos ainda não havia se iniciado.
Acima e abaixo, pedaço de concreto jogado na área onde ficava a antiga Parada e pedras encontradas no local que poderiam ter sido sim da
antiga Parada que já foi demolida.

Nenhum comentário:
Postar um comentário