domingo, 11 de agosto de 2024

Estação PARADA D'ÁGUA - Infelizmente nada restou da antiga Parada Ferroviária.

 Portão de acesso à Fazenda da Pedra. A Parada d’água ficava bem próxima à Fazenda.

Paulo Neiva ainda encontrou o leito ferroviário por lá.


A bela sede da Fazenda da Pedra também tinha sua própria Parada Ferroviária, que ficava 828 metros da Parada D’água.


O desbravador ferroviário Paulo Neiva diante de mais uma descoberta.





 

Estação PARADA D’ÁGUA

 

javarena

 

 Município: São Fidelis-RJ ?

Linha de Campos a Miracema – Km 342,200

Altitude:  20m

Estação inaugurada em:  ?

Não estive no local:  Fotos de Paulo Neiva Pinheiro em 2024.

Uso atual: Demolida.

Situação Atual – Tráfego suspenso. Com trilhos. 


E. F. Santo Antônio de Pádua (1880-1884)

E. F. Macaé a Campos (1884-1887)

E. F. Leopoldina (1887-1975)

RFFSA (1975-1996)

FCA (1996-....)




HISTÓRICO:

A história da Linha de Campos a Miracema teve início com duas ferrovias: uma ligando Campos a São Fidélis, aberta em 1° de agosto de 1891 e outra; a E. F. Santo Antônio de Pádua, com uma concessão de 1879, que unia a Estação de Luca (São Fidélis) a Santo Antônio dos Brotos (Miracema), ferrovia esta aberta em 1880, inicialmente de São Fidelis até Santo Antônio de Pádua, chegando finalmente até Miracema em 1883.

Em 1891, as duas ferrovias já estavam unidas ligando Miracema a Campos, ambas já pertencendo à Leopoldina. 

Antes de chegar a Miracema, o Trem passava pela Estação de Paraoquena, de onde partia o Ramal de Paraoquena - que interligava a Linha de Campos a Miracema à Linha do Manhuaçu pela Estação de Cisneiros.

O trecho Paraoquena-Miracema foi o primeiro a ser desativado. No ano de 1980, Trens mistos ainda carregavam passageiros de Recreio a Campos, mas nos anos seguintes, o transporte de passageiros teve fim. A linha permaneceu ativa para cargueiros da FCA por mais algum tempo, transporte este que também foi suspenso.

Nos últimos tempos do transporte de passageiros, os Trens – passageiros ou cargueiros - seguiam direto de Cisneiros, na Linha do Manhuaçu, pelo Ramal de Paraoquena até Campos, passando pela Estação Parada D'Água.


A ESTAÇÃO:

E o amigo pesquisador e “desbravador” ferroviário segue fazendo novas e grandes descobertas: Desta vez, a até aqui desconhecida Parada D'Água! Segue seu relato:

"A Parada d’Água ficava muito próxima - a exatos 828 metros - de outra Parada Ferroviária, a Parada Fazenda da Pedra – que existia na fazenda de mesmo nome. Na Parada d’Água existia uma grande Caixa d’Água metálica para abastecer as Locomotivas, por esta razão era chamada de Parada d’Água.

Simplesmente nada restou da antiga Parada, nem mesmo sua plataforma de embarque. Também não consegui achar a base da dita Caixa d’Água que, segundo informações, após erradicação do ramal passou a ser utilizada pelo dono da Fazenda da Pedra em sua propriedade por algum tempo, fato que inclusive foi citado na página Estações Ferroviárias, do respeitado pesquisador Ralph Mennucci Giesbrecht.

O fato é que estive na referida fazenda a fim de encontrá-la, o que infelizmente não consegui. Acredito que ela já possa ter sido vendida como sucata, tendo em vista que deve ter se tornado inútil (furos e corrosão) devido a sua centenária idade.

Coincidentemente próximo ao local da Parada existe uma empresa que tem uma enorme caixa d’Água metálica, essa bem moderna."


Possíveis restos da demolição da antiga Parada D’Água.


Coincidentemente próximo ao local da Parada D’Água existe uma empresa que tem uma enorme caixa d’Água metálica, essa bem moderna.





6 comentários:

Anônimo disse...


Uma honra para mim poder contribuir com esse grande trabalho!!!
Paulo Neiva Pinheiro

Anônimo disse...

Parabéns pelo trabalho do senhor Paulo Neiva Pinheiro, que desbravando com seu trabalho tudo de mais importante ocorrido na RFFSA , com suas informações sobre Estações, que com a Privatização, ficaram em sua maioria, abandonadas pelo descaso dos responsáveis. Recentemente, NEIVA descobre também uma Estação Parada d'água, numa fazenda perto de São Fidelis, totalmente destruída pelo tempo, e ainda alguns trilhos de linhas férreas, por ali transitadas por trens no referido trecho. Sinceramente 30 anos e oito meses servindo a ferrovia, estou extasiado por essa descoberta do Paulo Neiva. Muito importante para os amantes da Ferrovia neste país, principalmente a um Agente de Estação, que através dos livros de instruções regulamentares sobre sua atividade de tais funções seria um dever meu. Abraços
Jose Carlos Bissonho

Anônimo disse...

Jose Carlos Bissonho, fico feliz por gostar desse tipo de descobertas e de buscas. Estamos sempre buscando desvendar alguns mistérios sobre nossas ferrovias, demanda tempo e coragem para entrar em lugares que estão tomados pelo mato mas no fim das contas é gratificante poder trazer o que muitos julgavam estar praticamente perdido ou inexistente…
Paulo Neiva Pinheiro

Anônimo disse...

Amigo Neiva, essas foram partes de minha vida. Pais, tios, todos ferroviários desde 1938 quando meu pai teve que abandonar em virtude da revolução mineira que tomou todos os trens de passageiros de BH Juiz de Fora invadindo os lugarejos, meu pai trabalhava na Estação de Vila Nova a 30 kms de Campos dos Goytacazes RJ, assim sendo foi considerado abandono de emprego. Graças a Deus foi para comerciantes e vencemos a luta. Segundo ele, eu nem era nascido. Todavia o DNA foi mais forte! Aposentei-me como Agente de Estação, graças a Deus.
Jose Carlos Bissonho

Anônimo disse...


Jose Carlos Bissonho, essa estação de Vila Nova se chamava Morro do Coco eu a conheço bem e já estive lá para fazer registros. Eu morei próximo dela! Eu morei em Morro do Coco por 1 ano e 8 meses, conheço as estações e paradas todas dessa região.
Paulo Neiva Pinheiro

Anônimo disse...

Que bom, Paulo Neiva! Conheço quase todos os moradores de lá. Adilio Ferreira, falecido. Toninho da loja; irmão de Orbilio, Herval, etc. Sou filho e meus pais são de Vila Nova já falecidos juntos do Pai nosso Senhor. Minha família são Bissonho muito antiga de lá e hoje moro em Campos. Fui funcionário da RFFSA 30 anos e oito meses quando aposentei-me em 1988.
Jose Carlos Bissonho