Matéria
atualizada em 19 de outubro de 2023.
Estação
PIRAPETINGA
Estação terminal do Ramal
Ramal
de Pirapetinga: Km
298,958 (1960).
Altitude: 146m.
Estação
inaugurada em: 1880.
Estive
no local em: 20
de março de 2022.
Uso
atual: Estação
demolida. Em seu lugar existe hoje uma praça pública.
Situação
Atual – Trecho
declarado erradicado, sem trilhos.
E. F. Pirapetinga (1880-1883)
E. F. Leopoldina (1883-1964)
A ESTAÇÃO - MINHA VISITA À CIDADE:
Completando
mais um Ramal da Estrada de Ferro Leopoldina, visitei em 20 de
março de 2022 a cidade de Pirapetinga,
onde ficava a Estação final do Ramal
de mesmo nome, já demolida.
Minha
visita aconteceu num domingo, o que naturalmente dificulta um pouco as
pesquisas em busca de informações, mas ao chegar na praça da rodoviária, tive a
oportunidade de conversar com um taxisita que confirmou ser ali o local onde
ficava a antiga Estação. Ou seja, após demolida, no local foi construída a
praça pública e a rodoviária municipal bem ao lado.
Enfim,
praticamente não existe vestígios de que um dia o trem passou por
ali.
Eis que em setembro de 2023 recebi este registro simplesmente espetacular dos amigos do IPHAN mostrando que a Estação – ou a primeira delas – ficava do outro lado da praça, com a plataforma de embarque do lado esquerdo da mesma. Ao lado da Estação, existia um galpão para o abrigo e pequenos reparos das Locomotivas e vagões. Pode ser que uma “segunda” Estação tenha sido construída onde existia o antigo galpão, o que despertou em mim o desejo de esclarecer esta dúvida: Existiram afinal duas Estações em Pirapetinga?
Acima, com o auxílio do Google Maps, localização de onde ficava a possível "segunda" Estação de Pirapetinga nos últimos tempos da ferrovia por lá. Em preto, o leito ferroviário em direção a Caiapó. Pela foto do IPHAN, a primeira Estação de Pirapetinga seria do lado oposto da linha preta.
HISTÓRICO:
Segundo cita Ralph Mennucci Giesbrecht em sua página www.estacoesferroviarias.com.br ...“Em 1876, foi dada a concessão para o Major Antonio Alves Pereira da Silva construir uma ferrovia ligando a estação de Volta Grande a Santana de Pirapetinga."
Segundo o "Estudo Descriptivo das Estradas de Ferro do Brazil, de Cyro Diocleciano Ribeiro Pessoa Junior, Imprensa Nacional, 1886, p. 331", a Estação de Pirapetinga foi aberta em 1880. Porém, o autor não dá uma data precisa, apenas citando que a linha foi completada em 1880, sendo a Estação de Pirapetinga aberta no mesmo ano da anterior, que até então foi ponta de linha (a de Santa Clara, depois chamada de Caiapó).
Já Edmundo Siqueira fala que foi aberta "no princípio de
1880". O Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil (1960) aponta
uma data (1874) completamente errada para as três estações do ramal, e José
Mauro Pires Silveira cita em sua obra que a estação foi inaugurada em
1880.
Após a sua desativação em 1964, a Estação foi demolida e em seu lugar construída uma praça pública tendo ao seu lado a estação rodoviária da cidade.
5 comentários:
Uma pena terem demolido a estação...
Só as cidades que preservaram esses prédios históricos sabem o grande valor que eles tem.
É a história que se perde...
José Eustáquio.
Legal a foto! Sou motorista de caminhão e as vezes ia a Pirapetinga. Por ver alguns cortes na terra sempre fui curioso pra saber se chegou trem na cidade, na época cheguei a ver trens passando por Volta Grande e Recreio, bons tempos.
Juliano Ferreira
Estes ramais (batentes) foram os primeiros a serem exterminados .....Mar de Espanha. Trajano de Moraes, entre outros....hoje faz falta para turismo e estes pequenos ramais seriam o ideal ....meu pai trabalhou uns 3 anos neste ramal e levava estopa para casa para acender fogão a lenha e umas galinhas do trecho para casa....cachos de banana....era uma festa....ganhava-se dinheiro e se divertia. E nasceram duas irmãs nesta cidade ...acredito que trabalhou em 58, 59 e 60. Voltando para Porto Novo.
Claudio Gil
Que fotografia top,parabéns mais uma vez,por trazer essas relíquias em imagens para nós
Lamentável a cultura brasileira.sempre destruir a história de coisas e lugares apagar da memória o que foi criado, desenvolvido e não cultivar ou preservar o que se criou.
Rafael A. Lopez
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