quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Estação PARADA DONA ELÍDIA - Mais uma descoberta na Linha do Litoral.

Acima, a Plataforma feita com pedras de mão foi o que havia sobrado da antiga Parada Dona Elídia. Registro de Paulo Neiva em 2024.

Abaixo, em ângulo aproximado, registro de agosto de 2025. A antiga plataforma também foi destruída. Registro de Da Silva em agosto de 2025.


Nas três fotos abaixo... "a Plataforma feita com pedras de mão foi o que havia sobrado da antiga Parada Dona Elídia, também destruída logo depois de visita de Paulo Neiva Pinheiro em 2024.


Cenário da destruição em 2025, foi o que Da Silva Junior encontrou.


Paulo Neiva Pinheiro e a Parada Dona Elídia: "Só consegui encontrar a Parada com a ajuda do amigo também pesquisador Pedro Rezende, que me enviou fotos das páginas do seu Livro ‘G1- Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, uma edição mais atualizada, posterior a 1960." 


Em agosto de 2025 Da Silva Junior visitou o local e não encontrou mais nada. Destruíram tudo!




inhuma


Estação PARADA DONA ELÍDIA


parada-dona-américa


Município: Mimoso do Sul-ES

Linha Do Litoral - Km 404,028 (1960)

Altitude:   ?

Estação inaugurada em: 1963 (?)

Estive no local em:  Ainda não visitei a Estação. Fotos dos amigos Paulo Neiva Pinheiro e Da Silva Junior.

Uso atual: Demolida. Na data da visita de Paulo Neiva só restava a plataforma, também destruída posteriormente para a construção de uma estrada.

Situação Atual – Tudo destruído. Os trilhos do pátio simplesmente desapareceram. 


E. F. Leopoldina ( ? -1975)

RFFSA (1975-1996)

FCA (1996 - ...)


HISTÓRICO DA LINHA: 

Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht...  “O que mais tarde foi chamada "Linha do Litoral" foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia construído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim, foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. No início dos anos 80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória. A partir de 1996 a linha funcionou para cargueiros por mais alguns anos sendo operada pela FCA. ”


A ESTAÇÃO:

Paulo Neiva Pinheiro esteve na Parada Dona Elídia em 2024 trazendo seu relato...

“A Parada Dona Elídia provavelmente foi construída após os anos 60, pois nas primeiras edições do livro ‘G1- Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960’ ela não aparecia listada. Deve ter sido construída para atender a fazenda que mantém até hoje um curral bem próximo da antiga Parada Ferroviária, onde provavelmente embarcava e desembarcava não só produtos agrícolas como também cargas vivas (animais como bois, vacas, cavalos, etc…).  A Parada tinha, além de uma plataforma feita com pedras de mão, uma cobertura feita com suportes de madeira. Não se sabe a data de sua construção e de sua demolição. Será que o nome ‘Dona Elídia’ seria uma homenagem do fazendeiro à sua esposa? Ou seria o nome da Fazenda? Também não consegui apurar. A Parada está localizada na área rural de Mimoso do Sul, entre as Estações Ferroviárias de Dona América e Inhuma. A encontrei meio que por acaso enquanto a buscava, e encontrada logo na 2ª tentativa! Fiquei muito feliz com mais esse achado, que só ocorreu com a ajuda do amigo também pesquisador Pedro Rezende. Ele me enviou fotos das páginas do seu Livro ‘G1- Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960’, que é uma edição mais atualizada, posterior a 1960, onde a Parada já aparece listada. As quilometragens das Estações nesta página aprecem com divergências e nela, a Parada Dona Elídia está a 404,028 km do ponto inicial. Ela também aparece listada no livro ‘Sistema Ferroviário do Brasil -SFB 82’ de 1982 com outra quilometragem. Também não encontrei fotos antigas dela na internet. É praticamente desconhecida por muitos. Bem próximo a ela estavam as ruínas de um centenário pontilhão. A linha foi saqueada. Removeram todos os trilhos, não sei como não levaram a viga de ferro do antigo pontilhão também. Na verdade, dei sorte de encontrá-la em 2024 ainda no lugar, porque meses depois de minha visita quebraram tudo! Foi demolida pra abrir estrada…”


Da Silva Junior esteve na Parada Dona Elídia em agosto de 2025 trazendo seu triste relato...

“Aqui desaguava a produção da Fazenda de mesmo nome da Parada. Dona Elídia foi a mulher do Cel Clarindo, dono das terras na época que recebeu os trilhos da EF Leopoldina. Nela também embarcava/desembarcava a produção agrícola da Fazenda Pastinho. Em frente a PE existia uma escola de nome José Romeno. Infelizmente um infeliz passou a máquina ao abrir uma Estrada de rodagem e destruiu o que sobrava da Parada. Sua plataforma foi arrancada! Não sobrou um vestígio sequer! Há alguns metros do local onde ficava a Parada tem também a ruína de um antigo pontilhão. Todos os trilhos foram furtados e a faixa de domínio da Ferrovia virou estrada, fatos que comprovam o desleixo dos governantes com nossas Ferrovias. Fazem o que querem... destroem tudo e nada acontece.”


Nas duas fotos abaixo feitas em 2024, a Plataforma feita com pedras de mão era o que havia sobrado da antiga Parada Dona Elídia. Ela também foi destruída posteriormente. 


Acima e abaixo, a base da estrutura da cobertura da Parada, feita com suportes de madeira.


Da Silva Junior e as ruínas do centenário pontilhão. O que sobrou da ferrovia no local.




Paulo Neiva também registrou as ruínas do centenário pontilhão que ficava bem próximo ao local da Parada Dona Elídia. 


Na sequência abaixo, em 2024 a linha já havia sido foi saqueada. Removeram todos os trilhos! "Não sei como não levaram as vigas de ferro do antigo pontilhão também."







Acima e abaixo, tristes registros... um dia a Linha do Litoral passou por aqui...



Acima e abaixo, páginas de Guias da Estrada de Ferro onde a Parada Dona Elídia aparece.


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