Matéria atualizada em 19 de outubro de 2024.
Acima, mais um belíssimo registro fotográfico do acervo do IPHAN, a Estação de Nogueira nos primeiros tempos da ferrovia.
Abaixo, "ontem & hoje" no belo registro de Jorge A. Ferreira Jr. num ângulo aproximado ao da foto acima.
Acima e abaixo, registros que fiz em janeiro de 20217.
Abaixo, bela foto exposta no Centro Cultural Estação Nogueira.
Abaixo, mais quatro registros que fiz em janeiro de 20217.
Abaixo, a Estação de Nogueira em belíssima Tela. Artista desconhecido.
Estação NOGUEIRA
Correas
Município: Petrópolis
Linha do Norte
– Km 71,682 (1960)
Altitude: 685m.
Estação inaugurada
em: 10 de junho de 1908.
Estive no local em: 06 de janeiro de 2017.
Uso atual: Centro Cultural Estação Nogueira.
Situação Atual
– Desativado em 1964,
o Ramal está erradicado e sem trilhos.
E. F. Leopoldina (1908-1964)
E. F. Leopoldina (1908-1964)
HISTÓRICO:
Em janeiro de 2017, continuando minhas “andanças” pela Estrada de Ferro Príncipe Grão Pará, cheguei à Estação Nogueira.
Confesso que tinha enorme expectativa em conhecê-la, já que muitos amigos e historiadores ferroviários já haviam visitado e traziam sempre informações empolgantes e fotos sensacionais. Tanto que mesmo sem ter visitado Nogueira antes, nossa página já tinha três belas postagens sobre ela e sobre o Centro Cultural Estação Nogueira, que podem ser vistas nos seguintes link's:
http://otremexpresso.blogspot.com.br/2016/06/novas-noticias-da-estacao-nogueira.html
http://otremexpresso.blogspot.com.br/2016/06/estacao-nogueira-locomotiva-baroneza-ii.html
http://otremexpresso.blogspot.com.br/2016/06/estacao-nogueira-hoje-belissimo-centro.html
Em janeiro de 2017, continuando minhas “andanças” pela Estrada de Ferro Príncipe Grão Pará, cheguei à Estação Nogueira.
Confesso que tinha enorme expectativa em conhecê-la, já que muitos amigos e historiadores ferroviários já haviam visitado e traziam sempre informações empolgantes e fotos sensacionais. Tanto que mesmo sem ter visitado Nogueira antes, nossa página já tinha três belas postagens sobre ela e sobre o Centro Cultural Estação Nogueira, que podem ser vistas nos seguintes link's:
http://otremexpresso.blogspot.com.br/2016/06/novas-noticias-da-estacao-nogueira.html
http://otremexpresso.blogspot.com.br/2016/06/estacao-nogueira-locomotiva-baroneza-ii.html
http://otremexpresso.blogspot.com.br/2016/06/estacao-nogueira-hoje-belissimo-centro.html
Abaixo, a maquete da Estação Nogueira, uma das belíssimas peças expostas no Espaço Cultural.
A ESTAÇÃO:
Visitei a Estação de Nogueira em janeiro de 2017. Mas em 2024, recebi dos amigos do IPHAN mais um belíssimo registro dos primeiros tempos da ferrovia - foto em que realizei o trabalho de restauração - apresentada na abertura desta matéria.
Em 2017, após percorrer o Ramal de São José do Vale do Rio Preto, resolvi estender minha viagem de pesquisas chegando à Estação Nogueira por volta das 15h00 sendo muito bem recebido por Glória V. Moreira, bibliotecária do Espaço Cultural, que me apresentou todas as salas temáticas e explicou com detalhes os projetos culturais desenvolvidos no belíssimo espaço. O legal de tudo isso é que a todo momento éramos interrompidos por novos visitantes, comprovando o sucesso do Centro Cultural.
O que dizer?
Por fora, uma Estação belíssima, entorno bem cuidado, a elegante Baroneza II exposta ao lado da Estação com grande imponência.
Por dentro, um belíssimo acervo resgatando a importância histórica da ferrovia num espaço cultural de valor incalculável, encantador!
Por fora, uma Estação belíssima, entorno bem cuidado, a elegante Baroneza II exposta ao lado da Estação com grande imponência.
Por dentro, um belíssimo acervo resgatando a importância histórica da ferrovia num espaço cultural de valor incalculável, encantador!
Valeu a visita!
Quero deixar registrado também a atenção, a simpatia e profissionalismo de Glória.
Assim que cheguei e me apresentei, contei-lhe dos lugares que já tinha passado naquele dia, as histórias, belezas e encantos da Estrada de Ferro Príncipe Grão Pará, além do meu trabalho na página otremexpresso.
Enquanto saí para as fotos externas ela já recebia outros visitantes, lhes prestando informações, mas o legal mesmo é que ela contava aos visitantes as histórias que havíamos conversado há pouco sobre o antigo ramal de São José do Vale do Rio Preto, do qual Nogueira fazia parte.
Pude presenciar este momento e confesso que fiquei extremamente agradecido por ver um trabalho que realizo com grande paixão ser levado a outras pessoas que também amam a história da ferrovia em nossa região e em nosso País.
Na sequência abaixo, o interior do organizadíssimo Espaço Cultural, com peças de extrema importância e beleza.
Na sequência abaixo, toda a imponência da Locomotiva Baroneza II, exposta ao lado da Estação Nogueira.
Estação
Nogueira - BREVE HISTÓRICO em texto de João Sérgio da Silva e Junior e Marcos
Vinicius L. Carvalho da Silva.
"O bairro Nogueira nasceu da Fazenda Nogueira, que era propriedade do Sr.
Domingos de Souza Nogueira, português, industrial e empreendedor. A ele se deve
em grande parte a construção da Estação Ferroviária de Nogueira, inaugurada em
10 de junho de 1908, entre Itaipava e Cascatinha. Instalada na linha da
Leopoldina Railway, antiga Estrada de Ferro Príncipe do Grão-Pará, a estação
tem sua construção retangular em alvenaria de tijolos aparentes, telhado em
duas águas de inclinações diferentes e vãos em verga reta. As fachadas são
realçadas, havendo um alpendre com estrutura de ferro e madeira, voltado para a
linha do trem, cobrindo a plataforma de embarque e desembarque de passageiros e
cargas. Esta estação se distingue das demais existentes no município de Petrópolis
pelo fato de suas paredes externas não serem rebocadas e pintadas. Para
festejar a construção da Estação de Nogueira como importante melhoramento
local, o Sr. Domingos Nogueira ofereceu um grande almoço às pessoas convidadas
a assistirem a inauguração, e a superintendência da Cia. Leopoldina gentilmente
colocou um trem especial à disposição dos convidados. A Estação Ferroviária de
Nogueira, assim como as demais, tinha como finalidade promover as operações
relativas à circulação dos trens, ao uso do material rodante e as relações
entre ela e o público no que dizia respeito ao transporte. Na estação operavam
Agentes, Auxiliares de Agentes, Cabineiros, Guarda-chaves, e vários outros
trabalhadores. Esta era utilizada para o transporte de passageiros que moravam
no interior e para o transporte de cargas como: gado, café, leite, legumes e
verduras, além de comunicação através do telégrafo, aparelho para comunicação a
distancia usado para diversos fins, entre outros, telegramas particulares. Os
trens da linha Grão-Pará circulavam em dois horários, um pela manhã, passando
por Nogueira em direção a Três Rios as 08:44 hs, e outro a noite seguindo para
Petrópolis às 18:51 horas (o fluxo de trens poderia aumentar de acordo com o
número de passageiros e quantidade de cargas). As locomotivas, também
conhecidas no interior como "mata-sapos", transportavam além de
cargas, vagões de passageiros muito confortáveis, cada um com quarenta assentos
estofados e encosto de palhinha. Havia um toalete bem pequeno em cada ponta, os
vidros das janelas eram filetados com desenhos em jato de areia, o charme sobre
os trilhos, que passaram durante décadas por Nogueira e sua Estação. O que se
conhece pouco da estrada é o trecho rural, pois a aristocracia descia na
Estação Leopoldina, no centro de Petrópolis, não passando por Cascatinha,
Correas, Nogueira, Itaipava e Pedro do Rio, que na época eram apenas grandes
fazendas, e assim não havia muito para ver, salvo as poucas vezes em que o
Imperador seguia até a Fazenda das Águas Claras, propriedade de seu amigo,
Guilherme de Souza Leite, o Barão de Águas Claras, importante cafeicultor da
época. Mesmo sem muitos registros históricos, é possível afirmar que o trem
auxiliou o povoamento e desenvolvimento dessas regiões, já que as estradas de ferro
conduziam em seus trilhos, além de cargas e passageiros, o progresso até as
regiões mais distantes. No tempo em que a ferrovia não chegava a Juiz de Fora,
era por aqui que Minas Gerais enviava sua produção de café para o porto do Rio
de Janeiro e dali para o exterior. O caminho que era feito pelo trem é até hoje
conhecido, e chamado de "Estrada Mineira". As relações entre a
estação e sua linha foram harmônicas, até 5 de maio de 1964, último dia da
viagem do trem nesta região, deixando sua marca no presente, e a lembrança
remota do sonho progressista, que durante décadas impulsionou o desenvolvimento
do País".
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